sábado, 28 de fevereiro de 2009
A Grande Seca!
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
INGLÊS PELOS COTOVELOS!
Certo dia eu, e João Camarada, num dos bares da cidade de LM, encontramos um Sul-africano, rapaz mais ou menos para a nossa idade. Depois de um pouco de conversa, desconcertada, entre nós e o Bife, este mandou vir uma rodada de Laurentinas, claro está que, isso deu para nós convivermos umas quantas horas, juntos. Até aí tudo normal, só que o grande problema era o facto de não se dar uma para caixa no inglês. Mas lá por causa disso a conversa não deixou de ser bem animada, logo houvesse umas cervejitas a regá-la! O nosso novo amigo falava para nós, e por nós, como se fosse-mos ingleses que compreendia-mos tudo, e nós que estava-mos na nossa terra (?) tínhamos que tentar falar o inglês para ele se quiséssemos! Graças a Deus que o camarada, João Camarada, sabia mais de carros na altura do que eu sei nos dias de hoje, então está-se mesmo a ver que, a conversa rodou à volta de carros e mais carros e com carros à mistura por todo lado; foi um nunca mais acabar! Falava-se duma marca de carro e nosso bife desenvolvia a conversa que nós íamos alimentando cada vez mais com o acenar das nossas cabeças, como se estivéssemos a compreender todo o emaranhado linguístico! Para de seguida se falar noutro, e assim sucessivamente.
Deixo isto agora, à imaginação dos escolas que lerem este artigo, a imaginarem o desenrolar de toda a conversa, destes dois camaradas, com o vizinho Sul-Africano!
Belos tempos!
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
FAMÍLIA DE LOUVAR!
No meu caso, éramos seis filhos sendo quatro rapazes os mais velhos. Eu, sendo o segundo mais velho, mas porque fui voluntário ainda com 17 anos para a Marinha, como todos vós sabeis, fui o primeiro de casa a ingressar nas Forças Armadas. Infelizmente o meu irmão mais velho foi voluntário para o exército como miliciano. Digo voluntário, porque tendo os pés chatos foi-lhe proposto, poder ficar livre de cumprir o serviço militar. Para ele seria um desânimo total, o não poder cumprir a tropa como todos os outros. Ali e na hora, pediu ao médico inspeccionador, se mesmo assim poderia ingressar na tropa. O médico perguntou-lhe se estava mesmo interessado em prosseguir, mesmo com mais dificuldades no caminhar; respondeu de imediato que sim, e lá foi. Tirou o curso de minas e armadilhas, foi para a Guiné. Estava lá há um mês ou dois quando, no dia que morre o Presidente Kennedy em Texas, USA, morre o meu irmão também, numa emboscada. Para mim foi chocante, ao ponto de ter andado desorientado por umas quantas semanas, muitas vezes ia dar comigo a chorar lá pelos cantos da Rádio Naval.
Para a minha mãe, foi a morte total de sua alegria para o resto da vida, tal sofrimento, vem a abrir as portas para a maldita doença do cancro que, nela se instalou e a vem a vitimar 22 anos depois.
O irmão que me procede vai como cabo escriturário para a Angola, regressando sem envolvimento em combate. O mais novo conseguiu evitar as Africas, pela simples razão de que foi considerado amparo de mãe.
Claro, de maneira alguma quero comparar as duas famílias mas, contudo, não quero descurar o facto de que parte a parte o sofrimento é ilimitado. Mais tarde se me for permitido, darei seguimento ao assunto o qual tem elo de ligação quanto à evolução dos acontecimentos que comigo se desenrolaram na Companhia 2 de Fuzileiros.
Sem Mais, a todos um grande abraço.
Artur/Leiria"
domingo, 15 de fevereiro de 2009
O prometido é devido!
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Companhia Nº 2 de Fuzileiros
BALADA DE "SNOW AND ICE!"
Por: Artur – Leiria # 15683
Cronicando…
Do azul cinzento do céu!
Branca e leve branca e fria!
Há quanto tempo a não via.
E que saudades Deus meu!
Aí, na terra do tio Sócrates, é certamente um flagelo, um “ai Jesus” de se levar as mãos à cabeça! Logicamente, tudo tem uma razão de ser. O contacto com ela aí, não deixa de ser sempre novidade, uma vez que só é uso cair nas montanhas mais altas, a vossa habituação a ela é mínima em todos os aspectos, basta comprovar que, sendo eu oriundo da região centro, mais não vi, do que a geada matinal no inverno, vindo só a vê-la quando, como imigrante na Alemanha, (ver foto inserida) em 1966, aos 22 anos de idade! Todavia, no respeitante à vossa condução, nas estradas portuguesas, com muitas curvas e de grandes inclinações jamais permitirão uma condução segura! É preciso coragem para se atreverem a um balanço destes! Infelizmente, o preço muitas vezes é elevado com tantos acidentes envolvendo feridos e até mortos… no aspecto positivo é a apreciação paisagística e a aquisição de lindas fotos com a objectiva!
Olho através da vidraça
Pôs tudo da cor do linho!
Passa gente e quando passa
O passo imprime e traça
Na brancura do caminho.
“E que saudades Deus meu!” Digo isto porque me corre sangue luso nas veias, o que me leva a não gostar também dela! Para mim a aversão deve-se ao intenso e longo inverno destas paragens. Como exemplo temos o facto de que neste inverno, caiu um nevão logo a seguir ao Natal, acima dos 30cm, com a agravante de frios intensos e constantes, rondando os 20 graus negativos com factores de ventos a rondar os 30 graus negativos! Só hoje dia 12 de Fevereiro é que praticamente esse primeiro nevão está a descongelar. Foi sempre neve, mais neve, em cima de neve que, irá até ao fim de Março ou mais tarde ainda! Trocando isso por miúdos, quer dizer que, se tem que correr de casa para o carro, limpar os 10, 20 cm acumulados. Raspar o gelo que está por baixo sobre os vidros, tudo isto em 2/3 minutos, todos encasacados, encapuçados e enluvados, conduzir de seguida com o carro geladíssimo por uma meia hora só para aquecer, muitas vezes, ao chegar-se ao trabalho, não deu tempo para este aquecer! Corre-se para o prédio para minimizar o tempo de congelamento de orelhas ou mãos! Há situações onde se faz tudo isto várias vezes ao dia, sempre a correr dum local aquecido para outro! Já se vê que, para nós latinos é um cativeiro! Todavia os Canadianos dizem, que melhor não há, porque aqui tem-se um pouco de tudo, o que é bem verdade. A miudagem com fatos apropriados deitam-se, rolam, rebolam e atiram bolas de neve uns aos outros se possível for, o dia inteiro. Logo quando mais crescidos jogam hóquei de rua, como nós corríamos atrás da bola aí em Portugal, é um sem parar! Os mais crescidos, lá vão eles para as arenas jogando com aspirações a fazerem parte de equipas profissionais, equiparadas às ligas principais de futebol na Europa. Os canadianos são os verdadeiros heróis do hóquei no gelo no mundo! Praticamente todos os grandes clubes nos EUA e Canadá são compostos por canadianos! São campeonatos mundiais ganhos uns atrás dos outros; impressionante! Um jogo de hóquei, para quem não conhece, é excitante! Primeiro porque, praticamente, todos os desportos deste lado do hemisfério são ultra-violentos e este não foge à regra! No hóquei o equipamento desenhado para protecção contras os embates de corpo a corpo - os quais são permitidos nas regras desta modalidade - são dum custo tal que só um deles, daria para comprar o equipamento duma equipa de futebol! Esta modalidade é tão intensa que, cada jogador joga só por uns minutos, dá tudo o que pode e corre a sentar-se na linha formada para rendições constantes. A velocidade destes no ringue é, penso, talvez duas vezes mais do que o hóquei em patins, os seus embates de corpo equiparam-se a dois carneiros a lutarem pela fêmea! É falado que antes dum jogo desta intensidade é uso comerem para aí um tacho de esparguete, rico em calorias, para compensar o desgaste nestes embates! Temos presentemente, de origem Açoriana, um rapaz de nome John Tavares, que os entendidos prevêem que venha talvez a suplantar o melhor de sempre conhecido como Wayne Gresky! Oxalá - venha ele a ser como um “Cristiano Ronaldo” do hóquei destas bandas!
Além disso temos também o que se pratica na Europa, todo género de “ski” nas encostas apropriadas, assim como descidas de montanhas como Deus as criou, onde os profissionais, por amor ao desporto, vão dando as suas vidas. Já se vê que nestas terras, malucos não faltam! Por hoje tenho dito.
Bem-haja, Filhos da Escola.
Artur/Leiria
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
frelimo
Estas quatro prisioneiras a capinar, guardadas pelo cipaio são militantes da frelimo, a pide que na altura já se designava dgs rapava-lhes metade da cabeça para o caso delas darem de frosques e serem mais facilmente detectaveis e capturadas, o que era estupido, pois podiam facilmente cortar umas as outras a parte que restava e voltar para o mato. Isto fazia parte de uma guerra estupida, como todas as guerras!
HELLO, VISITORS OF THE WORLD!
sábado, 7 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Oficiais e Sargentos!
O Sargento Lagarto!
Eh pá, não sei porquê, mas gosto de recordar o Ssargento Lagarto!
Julgam que é alcunha? Não, é nome mesmo.
Nas aulas dele, era quase impossível a malta portar-se bem. Não sei se pela figura dele ou pela sua maneira de ser e se comportar, só sei que bastava a gente falar o nome dele para desatar tudo à gargalhada.Todos tinham alguma peripécia a contar em que entrava o bom do Sargento Lagarto. Até eu, que nem era nada malandro, me divertia à custa disso. Nos meus tempos de estudante nunca fui bom em Desenho, mas ali, naquelas salas de pré-fabricado, ao pé do lodo da Escola de Fuzileiros, prontificava-me a desenhar um lagarto, parecido com o da foto, no quadro negro da sala de aula, enquanto esperávamos que ele entrasse para começar a instrução. Para evitar maior encrenca, quando perguntava quem tinha feito aquilo dizíamos-lhe que já lá estava quando entramos. Nunca me lembro de ele ter feito grande caso dessa brincadeira. Limitava-se a pegar o apagador e limpara o quadro. Depois começava a aula e não mais falava no assunto.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Patrulha no Lago Niassa
Grande parte da minha comissão no Niassa foi passada nos botes e nas L.F, naveguei de lés a lés e desembarquei nas praias do Lago Comandos, GE, Paraquedistas, Exercito, GEP, o grupo do comandante Daniel Roxo homem muito calado com olhar de lince que um dia me fez o favor de oferecer um repasto de galinha do mato a quando da minha saída de Metangula. De todas as tropas que desembarquei e reembarquei os comandos eram e não sei a razão aqueles que mais gritavam ao gregório, de quando em vez lá calhava levar em cima com a ração de combate em estado liquido.