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quarta-feira, 24 de julho de 2019

O Cabo Martins!

Na «Revista da Armada» deste mês de Julho, na coluna dos falecidos, aparece o nome de um filho da minha escola, - 8554.62 - Joaquim Rosa Martins - que assentou praça na EAM, em Vila Franca de Xira, mas acabou como fuzileiro. Concorreu, fez o Curso de Fuzileiro Especial e partiu para a sua primeira comissão no DFE11. Pouco depois de regressar à Metrópole voltou para África incorporado no DFE3 e, finalmente, quase no fim da guerra, ainda fez uma última comissão na CF9.
Concorriam a fuzileiros aqueles que tinham ideia de fazer carreira na Marinha e procuravam ser promovidos mais rapidamente, uma vez que a Classe de Fuzileiros era nova e tinha muitas vagas por preencher. Acabado o curso recebiam as divisas de Marinheiro e dois anos mais tarde as de Cabo. A seguir, frequentar o Curso de Sargentos já requeria algum saber e nem todos lá conseguiam chegar. Foi o caso deste filho da minha escola que, pelo anúncio do seu falecimento, descobri que nunca passou de Cabo.
Agora recebeu a guia de marcha para o Reino de S. Pedro, onde as divisas não têm qualquer valor e para ter direito a um bom lugar e tratamento de excepção tem que mostrar um currículo pleno de boas obras e bom comportamento em geral na sua passagem pela Terra.
Descansa em paz, camarada !!!

sábado, 20 de julho de 2019

Perdeu a guerra ...!

... contra o bicho ruim que mais vítimas causa na humanidade, o cancro. Foram muitos anos a lutar contra ele, mas acabou por perder a última batalha, no passado dia 17, e com isso a vida.


Conheci o António Páscoa na Primavera de 1965, quando ambos começámos a frequentar o Curso de 1º Grau, na Escola de Fuzileiros. Eu tinha regressado de Moçambique, depois de 30 meses de comissão e ele de Angola, onde passara cerca de um ano na CF1.
Depois do curso, alistámos-nos, voluntariamente, na CF8 que estava a ser formada e no mês de Outubro, já com as divisas de Marinheiro nos ombros, embarcamos no Niassa rumo a Lourenço Marques. Ali passámos o primeiro ano de comissão e depois rumámos ao Lago Niassa, onde decorreu mais um ano no nosso tempo de comissão nessa Unidade de Fuzileiros. Antes de embarcarmos no Vera Cruz, de regresso a Lisboa, ainda decorreram mais dois meses passados no Quartel da Machava, a casa dos Fuzileiros, em Moçambique.
Só há cerca de 8 anos retomei o contacto com ele, através dos convívios anuais da Companhia de Fuzileiros Nº 8. Desde então encontrámos-nos várias vezes e recordámos os bons tempos vividos em conjunto. Agora, isso não mais será possível, ele recebeu a guia de marcha para a última viagem, aquela de onde ninguém regressa, e eu fiquei para trás, à espera que a minha vez chegue.
Adeus, Cabo Páscoa, que Deus tenha piedade da tua alma e te reserve um bom lugar junto a ele !!!