Fora do contexto que vivemos no Niassa, durante os 10 anos da Guerra Colonial, a palavra coluna não passa de um substantivo feminino que serve para designar ... aquilo em que estão a pensar.
Falar de Coluna, em Moçambique, o mais certo era sermos levados a pensar no antigo capitão do Benfica. Mas não é disso que se trata, do que vos venho falar hoje é das colunas de abastecimento de víveres que chegavam pelo Caminho de Ferro até à Estação do Catur e que depois era necessário distribuir por todo o distrito do Niassa.
O Exército carregava com tudo para o Quartel de Vila Cabral e de lá procedia ao abastecimento das suas unidades, espalhadas um pouco por todo o lado até à fronteira do Tanganika. Por seu lado, a Marinha seguia em direcção a Meponda, carregava tudo para as Lanchas de Desembarque que transportavam as mercadorias para Metangula e Cobué.
A Scania-Vabis que se vê na imagem andava numa roda viva, entre Meponda e o Catur, com dois fuzileiros da Companhia Nº 8 a servir de condutor e ajudante. Celebrizaram-se nessas funções, o Licínio, o Alturas, o Conquistador (com estes dois últimos a aparecer na imagem acima) e ainda um grumete barra 64 de quem não recordo o nome. De vez em quando (não recordo exactamente com que frequência) o pessoal revezava-se e seguia para o Catur uma nova equipa ao volante da Scania.
Minas e emboscadas eram o maior risco para as colunas de abastecimento, mas o pessoal do Exército fazia uma boa protecção e não me recordo de qualquer problema grave acontecido com o nosso pessoal ou os nossos carros.
O Exército carregava com tudo,
ResponderEliminartambém a Marinha o mesmo fazia
do tacho se via negro o fundo
quando dentro dele nada havia!
Boa amigo Eduardo.
ResponderEliminarGostei dos seus versos.
Grande abraço.