Quando estive em Moçambique, em comissão na CF8, havia um Fuzileiro Especial conhecido pela alcunha de «Santo Tirso» que tratava por tu a MG42. Não me recordo a que Destacamento pertencia, e nunca participei com ele em qualquer operação. Mas era voz corrente que ele tinha mais facilidade em manejar aquela máquina infernal que muitos outros a manejar a G3.
Passava a bandoleira por cima do ombro esquerdo, agarrava-se ao punho e ao guarda-mão com quantas forças tinha e apertava o gatilho, sem descanso. Varria tudo à sua frente, até em corrida, se fosse necessário avançar dessa forma.
Uma vez que «a máquina» engolia munições a uma velocidade meteórica, costumava andar com uma fita de 300 munições que trazia enrolada à cintura e pendurada no ombro. Quando a festa começava, desenrolava a fita e atirava-a para o meio do chão. O sistema de disparo da arma encarregava-se de puxar por ela. E raramente encravava.
Quando as coisas ficavam feias, ter um «maluco» daqueles na Equipa dava um jeito do caraças! Ai que não dava!
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