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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Deixa isso p´rá lá…

A cena passa-se em Vale de Zebro, como não poderia deixar de ser! Corria o ano de 1962, da graça do Senhor, e estávamos na fase da recruta ou do I.T.E. ( Instrução Técnica Elementar) no Grupo nº2 da Escola de Fuzileiros. O autor era um filho da escola cujo nome e o número não sei. Tenho dele a imagem e as representações espectaculares que diariamente eram exibidas na caserna, e que achava o máximo!
Creio que todos os alunos da recruta de Março/62, que estavam alojados na mesma Caserna do que eu (que era ampla, com três filas de camaratas: uma do lado esquerdo, outra do lado direito e uma ao centro) se lembram. Ao fundo ficavam as casas de banho com meia-dúzia de lavatórios à esquerda e uns tantos chuveiros compartimentados à direita. Entre as camaratas havia os cacifos individuais (corpo dúplo) onde arrecadávamos os nossos apetrechos. Quando abríamos a sua porta deparávamos com um espelho fixado no seu interior, quase ao nível dos nossos rostos. Toda esta descrição - distorcida quanto possível pela memória - para uma coisa de pouca monta: expor uma dúvida. Qual a identificação do barbeiro em questão, filho da escola?
Ora bem. Um dos nossos exercícios físicos era o boxe ministrado pelo cabo Ferraz, já aqui lembrado. Fazia parte da técnica de aprendizagem exercitar a movimentação dos braços e simultaneamente imaginar um adversário à nossa frente e desviarmo-nos dos seus seus golpes, abanando e abaixando cabeça par um dos lados, e tentá-lo atingir de seguida : esquerda, esquerda-direita-esquerda…O Barbeiro (nome por que ficou conhecido o escola por ter sido colocado na Barbearia da Escola), levava muito a sério o boxe e aproveitava os tempos livres para treinar sòzinho, seguindo um ritual muito pessoal: adorava ver-se ao espelho a treinar os seus próprios movimentos, qual Cassius Clay no seu melhor ( esquerda, esquerda-direita)… De vez em quando, parava um pouco e fazia músculo com os braços, e apalpava-os com as pontas dos dedos de uma das mãos, ao mesmo tempo que cantava a célebre canção brasileira da altura:

Deixa que digam

Que pensem, que falem

Deixa isso prá lá

Vem prá cá

O que é que tem?

E eu não tô fazendo nada

Nem você também

Faz mal bater um papo

Assim gostoso, com alguém?
Deixa que digam

Que pensem, que falem…















Agora a dúvida. Qual dois era o barbeiro à época na Escola de Fuzileiros? – Francisco A Ferreira/16 573 (à esquerda) ou Joaquim C. Pinto/16582, ou nenum deles? - Alguém sabe?

2 comentários:

  1. Vaidoso como o descreves e na mesma caserna que tu ocupavas penso tratar-se do Ernesto (16602) a quem pusemos a alcunha de «O Especial»

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  2. Bom dia, filho da escola!
    Obrigado pela tua ajuda. Afinal o Barbeiro era o "Especial" e chama-se Ernesto.Olha, por acaso não tens nem sabes quem tenha uma fotografia dele para publicar e partilhar com o pessoal?
    Um abraço
    Álvaro E Dionísio/16291

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