O Deus intemporal e imutável
Durante mais de mil anos, a concepção clássica de Deus (Santo Agostinho, Santo Anselmo e S. Tomás de Aquino, bem como filósofos do Judaísmo e do Islão) dominou o pensamento acerca de Deus na Europa Ocidental.
A concepção clássica diz-nos que Deus é não-material, sem quaisquer tipos ou limites, não é composto por partes, é intemporal, imutável e impassível (não é afectado de forma alguma pelo que quer que seja). Estes termos muito abstractos derivam de um modo muito elegante da afirmação básica de que Deus é “simples”, de que não é de modo algum divisível. Todo o Universo, do princípio ao fim, tem que brotar de Deus num único acto intemporal.
Dizem na verdade que o Universo tem um propósito e é inteligível, e brota de um ser ao qual termos como “propósito” e “inteligência” são aplicáveis apenas de formas que não conseguimos imaginar.
Quando veneramos semelhante Deus (…) temos que estar simplesmente a apreciar e a testemunhar reverentemente o poder inesgotável e a perfeição imutável de Deus.
Só Deus é supremamente desejável e ilimitado, e a oração é o reconhecimento consciente desse acto, quando tentamos testemunhar e sentir tanto quanto possível a perfeição divina.
Iluminismo – É a época histórica europeia em que os filósofos rejeitaram a autoridade religiosa e colocaram a Razão no lugar de Deus, como autoridade suprema que conduziria a paz e tolerância universais.
Defende Keith Ward que o Racionalismo, a crença de que existe uma razão para tudo e de que a podemos descobrir através do raciocínio, não é, de modo algum, anti-religioso. Na verdade, todas estas pessoas ( Descartes, Leibniz e Espinosa – XVII e XVIII) pensavam que podiam provar a necessária existência de Deus. É muito natural que um racionalista pense que todo o Universo é produto da Razão, e que é essa Razão senão Deus.
Conclui o autor:
Assim, não é o racionalismo que desgasta a crença em Deus. É precisamente a falta de confiança na Razão que o faz.
Francis Bacon ( 1561-1626) : a morte da metafísica
Um dos grandes pioneiros na formulação de uma nova abordagem científica da Natureza, escreveu que a ciência, ao contrário da filosofia, proporcionava conhecimento cumulativo que era útil para “o alívio da condição social do homem”. A filosofia apenas parece oferecer discussões intermináveis, sem nada que satisfaça a fome e a sede. A ciência estava destinada à vitória. Trazia concórdia, um aumento crescente no conhecimento e, mais tarde, as máquinas a vapor e a televisão, os autoclismos e o pão fatiado.
O raciocínio experimentalista deixa a Natureza despersonalizada, despida de todos os sinais de uma personalidade subjacente, quer sejam deuses gregos, o Deus hebraico, o Motor Imóvel de São Tomás de Aquino ou o Espírito hegliano.
Hipóteses científicas e questões existenciais
Talvez Deus não esteja destinado a uma hipótese científica.
Durante mais de mil anos, a concepção clássica de Deus (Santo Agostinho, Santo Anselmo e S. Tomás de Aquino, bem como filósofos do Judaísmo e do Islão) dominou o pensamento acerca de Deus na Europa Ocidental.
A concepção clássica diz-nos que Deus é não-material, sem quaisquer tipos ou limites, não é composto por partes, é intemporal, imutável e impassível (não é afectado de forma alguma pelo que quer que seja). Estes termos muito abstractos derivam de um modo muito elegante da afirmação básica de que Deus é “simples”, de que não é de modo algum divisível. Todo o Universo, do princípio ao fim, tem que brotar de Deus num único acto intemporal.
Dizem na verdade que o Universo tem um propósito e é inteligível, e brota de um ser ao qual termos como “propósito” e “inteligência” são aplicáveis apenas de formas que não conseguimos imaginar.
Quando veneramos semelhante Deus (…) temos que estar simplesmente a apreciar e a testemunhar reverentemente o poder inesgotável e a perfeição imutável de Deus.
Só Deus é supremamente desejável e ilimitado, e a oração é o reconhecimento consciente desse acto, quando tentamos testemunhar e sentir tanto quanto possível a perfeição divina.
Iluminismo – É a época histórica europeia em que os filósofos rejeitaram a autoridade religiosa e colocaram a Razão no lugar de Deus, como autoridade suprema que conduziria a paz e tolerância universais.
Defende Keith Ward que o Racionalismo, a crença de que existe uma razão para tudo e de que a podemos descobrir através do raciocínio, não é, de modo algum, anti-religioso. Na verdade, todas estas pessoas ( Descartes, Leibniz e Espinosa – XVII e XVIII) pensavam que podiam provar a necessária existência de Deus. É muito natural que um racionalista pense que todo o Universo é produto da Razão, e que é essa Razão senão Deus.
Conclui o autor:
Assim, não é o racionalismo que desgasta a crença em Deus. É precisamente a falta de confiança na Razão que o faz.
Francis Bacon ( 1561-1626) : a morte da metafísica
Um dos grandes pioneiros na formulação de uma nova abordagem científica da Natureza, escreveu que a ciência, ao contrário da filosofia, proporcionava conhecimento cumulativo que era útil para “o alívio da condição social do homem”. A filosofia apenas parece oferecer discussões intermináveis, sem nada que satisfaça a fome e a sede. A ciência estava destinada à vitória. Trazia concórdia, um aumento crescente no conhecimento e, mais tarde, as máquinas a vapor e a televisão, os autoclismos e o pão fatiado.
O raciocínio experimentalista deixa a Natureza despersonalizada, despida de todos os sinais de uma personalidade subjacente, quer sejam deuses gregos, o Deus hebraico, o Motor Imóvel de São Tomás de Aquino ou o Espírito hegliano.
Hipóteses científicas e questões existenciais
Talvez Deus não esteja destinado a uma hipótese científica.
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