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sábado, 11 de dezembro de 2021

Domingos (16691)!

 

Recebeu a Guia de Marcha e quando assim acontece não há volta a dar, quem manda pode e a nós cumpre-nos obedecer. Tal como tantos outros filhos da minha escola (Recrutamento de Março/1962) que já entregaram a alma ao criador. Dos cerca de 300 mancebos que iniciaram a recruta nesse longínquo mês de Marco, na Escola de Fuzileiros, em Vale de Zebro, já só restam cerca de metade. Eu tenho-os visto partir, um após o outro, e vou ficando para trás para apontar tal facto no Livro de Ocorrências.
O Domingos foi um dos mais fiéis cumpridores do dever de responder à chamada, sempre que nos juntámos nos nossos almoços anuais de convívio. A partir de uma certa altura, eu deixei de comparecer e ele talvez tenha feito outro tanto, mas isso já não sei dizer.
Pelos dados que consegui reunir, ele fez duas comissões, a primeira na CF1, na sua segunda saída para o Ultramar (por volta de 1965) e a segunda na CF3 (por volta de 1969). Houve uma série de comissões em Pelotões de Reforço ou Comandos Navais que não estão, convenientemente, registadas, por isso não ha grande certeza nestes dados, mas isso agora também pouco interessa. Como a grande maioria dos nossos filhos da escola ele deve ter nascido no ano de 1941 e partiu, portanto, com 80 anos feitos, uma bonita idade que nem todos atingem.
Resta-me apresentar condolências aos familiares e amigos e pedir a Deus que lhe reserve um lugar à sua direita. Descansa em paz, filho da escola!

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Lembranças em dia de aniversário!

 

Valter e Almeirim

O Valter faria, hoje, 76 anos de ainda fosse vivo, mas nem aos 75 chegou, o cancro levou-o antes disso. Descansa em paz, amigo!

Meio por acidente, esbarrei-me com esta foto, hoje, dia de aniversário do Valter (em primeiro plano), em que aparecem 3 filhos da escola no Convívio das CF2 e CF8, em 2014. Infelizmente, todos são já falecidos, a marcha do tempo é inexorável. Fiquei cá ei para ir relatando estas coisas.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Mudar o chip!

 As minhas últimas publicações foram sobre a morte de camaradas, contando aos que cá ficam a história dos que já lhe puseram um ponto final. Isto faz-me pensar que quando chegar a minha vez não terei ninguém para fazer o relatório. Talvez um dia motive um dos meus filhos a ler estas coisas e lhe dê a minha password para poderem entrar e contar-vos que também eu recebi a "Guia de Marcha" para o último destacamento.

Bem, o assunto de hoje é - Açorianos com quem me cruzei na Briosa.


No recrutamento de Março de 1962, tanto quanto me lembro, havia dois açorianos, o 16231 - Agostinho Teixeira Maduro (na foto) e o 16244 - Manuel Adriano Almeida Sousa. O primeiro juntou-se ao DFE4 e seguiu para Angola. Fez uma única comissão, saiu da Marinha e emigrou para o Canadá, onde se encontra feliz da vida na companhia da sua esposa, ainda hoje. O segundo alinhou na CF3 e foi para a Guiné. Não tenho a certeza, mas acho que fez também uma única comissão, levou baixa e regressou aos Açores, onde viveu a sua vida até que a morte o vei buscar, era ele ainda muito novo.

O Agostinho Maduro, o tal que vive no Canadá, tem-se mantido em contacto comigo, desde que eu comecei a organizar os convívios. Arranjou o meu número de telefone, perguntou-me se me lembrava dele e tivemos uma longa conversa. Isto foi, há cerca de 15 anos, e desde então temos falado uma data de vezes. No Natal e aniversários trocámos sempre mensagens e felicitações. Na semana passada fez-me uma chamada de video (via Facebook) e pusemos as notícias em dia. Foi ele que ontem completou 77 anos e me contou que o duplo 7 significa sorte a dobrar para nós os dois.

Depois, em 1965, ingressei na CF8 com destino a Moçambique e levei comigo dois camaradas provenientes dos Açores. Dois bons rapazes, filhos da escola de Setembro de 1964, um voluntário e outro recrutado. Tanto quanto sei, ambos saíram da Marinha, depois dessa comissão, e vivem, hoje (felizes da vida) um deles, o mais novo, nos Estados Unidos e o mais velho na sua terra natal. Este mantém-se em contacto comigo através do Facebook, ferramenta que não vale grande coisa, mas serve para nos manter em estreito contacto. Sem ele já nos teríamos esquecido uns dos outros! 

domingo, 4 de abril de 2021

O meu amigo e camarada Elvas!


Faleceu Óscar Santos, aos 80 anos, vítima de doença prolongada.

Óscar Santos nasceu em janeiro de 1941, foi fuzileiro, fundador da Associação Social Humanitária de Elvas- AASHE e colaborou e participou no programa da Rádio ELVAS “Tardes do Museu.”
A Rádio ELVAS apresenta as sentidas condolências à família enlutada.
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Este é o comunicado que retirei do Facebook e que me apanhou, totalmente, de surpresa. É verdade que já o não via há-de haver 8 anos, mas ele aparecia com muita frequência nas cerimónias da Marinha e não faltava a um convívio de fuzileiros. Vi dezenas de fotografias dele, sempre sorridente e com aspecto de vender saúde, publicadas pelo Mário manso no Facebook. Não me chegou qualquer notícia da sua doença prolongada que é referida acima.
O Óscar era filho da minha escola, Recrutamento de Março de 1962, e um grande camarada. Tirou o curso de Fuzileiro Especial e partiu para África, como combatente da Guerra do Ultramar. Não conheço os pormenores da sua carreira na Marinha, mas sei que a sua primeira comissão foi no DFE5 e nos anos de 1970 e 1971 esteve em Moçambique na CF2, portanto, fez, no mínimo, dez anos de Marinha e deve ter saído no posto de Cabo.
Mas é assim a roda da vida, nunca pára de girar e, de vez em quando, apanha um dos nossos camaradas. Resta-me apresentar as minhas sentidas condolências à sua família e amigos e esperar que Deus, na sua infinita misericórdia, lhe reserve um lugar à sua direita. Um dia lá o espero encontrar!