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segunda-feira, 30 de março de 2009

A Pedra do Feitiço!

Ontem recebi um comentário a falar na «Pedra do Feitiço» e numa operação lá realizada em que houve mortos e feridos do lado dos fuzileiros. Nunca ouvi falar nisso e vou investigar. Interessa-me saber tudo sobre esses acontecimentos, principalmente num ano em que também eu lá estava, na «Terra dos Nyanjas».

domingo, 29 de março de 2009

A melhor esquadra de fuzileiros!

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Qual era a melhor esquadra de fuzileiros que andava pelo Niassa em 1967, qual era?
A minha, claro!
Em primeiro lugar, a companhia do comandante do pelotão, Tenente Ribeiro, atesta a importância da esquadra a que se juntou para almoçar. Era apenas uma ração de combate, mas a fome não nos permitia exigir muito naquela altura.
Depois, a contar da esquerda para a direita (como mandam as regras) eu (je, moi-même) o grande chefe.
A seguir a mim o Brandão (por alcunha o Cabo do Rancho) cheio de físico, como podem ver e meu guarda-costas.
E por último o Neiva, natural de Esposende (meu vizinho portanto) e filho da terra do nosso chefe de secção, o Cabo (mais tarde Sargento) Patrão.
Como é fácil de ver (para os entendidos claro) falta o quarto elemento da esquadra. Era o que estava por trás da objectiva da máquina fotográfica, o Zé Carlos Rodrigues, mais conhecido por «Gato», devido à cor dos seus olhos.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Na Tabanca!

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Vou arriscar-me a dizer asneiras, mas quero exercitar a memória e tentar recordar a identificação de cada um daqueles que aparece nesta fotografia. Ainda não tive oportunidade de a mostrar a ninguém, nem conheço nenhum filho da escola, de Setembro de 64, que tenha estado na CF8 e use a internet, para podermos trocar opiniões. Por isso aí vai a minha primeira tentativa e se houver quem me corrija, melhor ainda.
A contar da esquerda para a direita:
7947.62 - O Budens (Filho da minha Escola)
2046.64 - J.Teixeira
1475.64 - J.Martins (Já falecido)
1856.64 - Ezequiel Silva
E de cócoras, o meu vizinho de Vila do Conde:
1931.64 - Américo Laranjeira

quinta-feira, 26 de março de 2009

O Zé!

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Alguém se lembra deste puto?
Não acredito que se lembrem!
Nem eu, que convivi com ele um ano inteirinho, me lembrava já!
Ontem recebi a visita do Américo que me trouxe esta fotografia, entre outras, do tempo da CF8, em Metangula, onde se pode ver o miúdo que armava em fuzileiro (como podem ver pela farda) e nos acompanhava para todo o lado.
Que será feito dele, quarenta e dois anos depois?

quarta-feira, 25 de março de 2009

O Pencónis!

Quem não se lembra do Silvino Branco (16400), o «Penconis»? Nariz adunco, típico de judeu (onde ele fazia descansar o boné), um pouco amarrecado, enfim, uma figura a não esquecer.
Em todos os grupos de amigos há sempre um que faz rir os outros, por tudo e por nada, uma espécie de bobo da corte. Durante a recruta, na Escola de Fuzileiros, ambos pertencíamos ao 2º Pelotão. Azar dele, por ser gago, não conseguia pronunciar os "C" e os "Q" e quando lhe perguntavam o número, respondia "_uatrocentos", pondo, de imediato, toda a gente a rir. Quando formava o pelotão, ele ficava na primeira fila e eu na segunda, mesmo por trás dele. Ou seja, eu era um espectador previlegiado de todas as palhaçadas que ele arranjava. Ao seu lado direito formavam o 16402, o 16403 e o Eduardo (16404), a quem pusemos a alcunha de «Bolacha Americana» devido ao seu aspecto rechonchudo. Era outro palhaço e que passava a vida a meter-se com o Silvino, para divertimento do resto da malta.
Imaginem a cena seguinte:
1) O pelotão em formatura à espera de ordens e com o Sargento Bicho, na posição de "descansar", em frente e de costas para a formatura.
2) O 16404 estende um braço por trás das costas dos seus colegas e pespega um valente beliscão numa nádega do 16400.
3) O 16400, que já sabe de onde vêm aqueles ataques, vira-se para a sua direita e diz: «oh _uatrocentos, seu _abrão do _aralho, estás a_ui estás a levar uma _abeçada nos _ornos».
4) Risada geral de todo o pelotão.
5) O Sargento Bicho vira-se para trás e avisa: oh quatrocentos põe-me esse boné para trás e cala-te, senão a coisa ainda vai acabar mal para ti.
6) Foi o _abrão do _uatrocentos e _uatro que me belis_ou o _u.
Claro que era impossível evitar que toda a gente se risse e a formatura transformava-se numa bandalheira total. Não raras vezes acabavam os dois de castigo, em sentido em frente à formatura, a que se seguiam os castigos da praxe, proibição de sair de licença. E tinham muita sorte, pois o sargento Bicho era um espectáculo de pessoa e, na maior parte das vezes, deixava passar aquilo tudo sem grandes consequências.
Durante os seis meses de recruta e ITE foi uma palhaçada total com aqueles dois marmelos, ajudados por outros que se lhes juntavam para fazer rir a malta, a toda a hora. Como não podia deixar de ser, terminaram o Curso sem aproveitamento e foram corridos da Marinha.
Anos mais tarde, depois de regressar da minha primeira comissão em Moçambique, contaram-me que o Silvino tinha ingressado na Força Aérea e, com o posto de Cabo Especialista, continuava ainda na vida militar, naquele ramo das Forças Armadas. Dos outros «palhaços» nunca mais ouvi falar.

terça-feira, 24 de março de 2009

Uma cara bonita!

O Valter foi meu camarada tanto na comissão de 62/65 na CF2, como na comissão de 65/68 na CF8. Hoje não sei o que faz para viver, mas anda sempre tão atrapalhado que nem tempo tem para escrever duas linhas aos amigos. Nunca se dignou sequer deixar um curto comentário neste blog, para mostrar que está vivo.

Quero no entanto dedicar-lhe este post. Por intermédio dele conheci esta menina que podem ver na foto. Viajava connosco no Infante D.Henrique quando regressávamos da primeira comissão. Com os seus reconhecidos dotes de conquistador, o Valter foi-a rodeando e tentando conquistar, mas a coisa não correu bem. Acabei por ficar em ligação com ela e a sua família e vivemos um curto capítulo das nossas vidas em comum, durante os seis meses do ano de 1965 que passei em Portugal. Depois regressei a Moçambique, de onde ela era natural, e nunca mais a vi. Como o Valter ficou em Lourenço Marques depois da nossa segunda comissão, hei-de perguntar-lhe se ele a voltou a encontrar ou sabe que destino ela levou.

Tantos anos se passaram! Tantas recordações!

Fuzileiros, Moçambique, Cobué!

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No meu último post (futebóis à parte) falava do Américo que mora em Vila do Conde, muito perto de mim, portanto. Agora vou mostrar-vos a cara dele, muito embora com as barbas que ostenta, não se veja muita coisa dela.
Na foto acima, tirada em 1967 no Cobué, podem ver-se 3 militares do Exército que estavam de visita às nossas instalações, acompanhados por dois fuzileiros que faziam as honras da casa. Dos militares do Exército recordo o Porto (primeiro da esquerda) e o Gabriel Moreira (o mais baixinho, entre mim e o Américo) que, tal como eu, é oriundo de Macieira, concelho de Barcelos e tinha vindo visitar aqui este seu filho da terra. O 3º elemento era um camarada deles e não recordo o seu nome. Pertencendo à CF8, o Américo, o das barbas, estava estacionado no Cobué e eu em Metangula. Eu tinha ido ali, na lancha Castor, fazer um serviço qualquer e, sabendo da minha chegada, o Américo apresentou-se com os amigos e filhos da terra para me fazer uma visita. Naquele fim de mundo encontrar um filho da terra, naquelas alturas de grande isolamento, era um acontecimento digno de registo.

Um passo em frente!

Bem, o jogo do Benfica-Sporting ficou para trás e temos que pensar noutra coisa. Nos últimos dias não se fez outra coisa a não ser assistir às mesmas parvoíces do costume com os meios de comunicação social a deitar achas para a fogueira e alimentar o incêndio.
Gente com os ânimos exaltados diz e faz asneira que se farta!
Vamos deixá-los com os seus problemas e tratar dos nossos.

sábado, 21 de março de 2009

Uma morteirada!

Nada como uma salva de morteiro para dar início à festa! Os jogadores já estão equipados e o ritmo cardíaco começa a dar sinais de aceleração. O estádio começa a encher-se e não tarda nada vão aparecer os artistas em palco. O Nuno Gomes andou toda a semana a distribuir sorrisos e encher as primeiras páginas dos jornais desportivos. Será que vai jogar? E marcar um golo?
A ver vamos! Se o Benfica ganhar é uma festa. Se perder ... já estou habituado!
(Se calhar não devia dizer isto!!!)


Hoje é que vão ser elas!

Duas brasas de se lhe tirar o chapéu! Uma é loira e a outra morena, mas sem o mínimo sinal de defeito!
A bola, essa é redonda! A rapaziada do Benfica gosta pouco de correr atrás dela. Talvez se lhe pusesse esta loiraça na baliza do Sporting, em vez do Rui Patrício, a coisa desse certo e eles acertassem no buraco!
Amigo Luis, hoje estamos em confronto! Um tem que ganhar e festejar. O outro fica à espera para o próximo ano. Que remédio!
A malta já grita e salta no Estádio do Algarve. Que ganhe o melhor!

CF2 - Convívio!

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No edifício que podeis ver acima, começarão a reunir-se, dentro de menos de uma hora, os filhos da escola membros da CF2 (1970/1972). Graças ao esforço do Sequeira e mais alguns filhos da escola que o ajudaram juntar-se-ão ao almoço de hoje, pelo menos, meia centena de filhos da escola que serviram debaixo do mesmo estandarte que eu.
Parabéns pela organização e que corra tudo pelo melhor.

O Américo!

Como atrás referido, um dos contactos que o Azevedo me forneceu foi o do Américo Laranjeira. Telefonei-lhe e marcamos um encontro. Nesse encontro, entre outras coisas, combinamos encontrar-nos de novo para ver que rumo dar a este assunto. Ligou-me na semana passada para nos encontrarmos, mas eu não estava por cá, tinha ido para Trás-os-montes. Ficamos de nos encontrar brevemente, mas isso ainda não aconteceu, talvez por culpa minha, pois nunca mais lhe liguei. E moramos a cerca de 5 kms um do outro!
Estava esperançado que fosse ele a tomar a iniciativa, mas como não aconteceu nada, até agora, vou ter que ligar-lhe eu. Ficou de arranjar-me o contacto do Ezequiel que, segundo ele, mora no concelho de Loulé. Dava-me jeito ter alguém, verdadeiramente, interessado lá para o lado dos Algarves, para servir de ponto de contacto entre os filhos da escola.

sexta-feira, 20 de março de 2009

A CF8 em desfile!

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Com o 1º Tenente Jaime Barata Botelho no comando, como lhe competia. Bem tentei identificar algumas das caras desta foto, mas sem qualquer sucesso. Paciência!

O Filho do Senhor Major!

No 11 de Março de 1975 o Major Rosa Garoupa aliou-se ao General Spínola para tentarem pôr fim ao governo comunista do Vasco Gonçalves. Uns dias depois foi preso, tal como a maioria dos aliados de Spínola depois de este ter fugido para Espanha. Quando vi o nome dele nos jornais da época pensei logo que tinha forçosamente que ser o pai daquele «filho da mãe» que me fez a vida negra em Moçambique. E era!
O pai nunca tive o prazer de conhecer, nem sequer vi uma fotografia sua nos jornais, mas ao filho conheci-o logo no dia em que a CF8 formou pela primeira vez para receber instruções, no Corpo de Marinheiros do Alfeite. A cara dele não augurava nada de bom. Houve logo um engraçadinho, ao fundo da formatura, que disse em voz baixa: - "A fronha dele parece a frente de uma Berliet Tramagal!"
E assim foi! Ao segundo dia de viagem, a bordo do Niassa (aquele incrível ninho de ratos), já estávamos em greve e em guerra aberta com ele. Ao fim de seis meses de comissão, greve geral que resultou em castigos disciplinares para todas as praças graduadas da Companhia, 5 dias de detenção para os Marinheiros e 10 dias para os Cabos.
Aqueles que tinham como objectivo seguir a carreira militar, amocharam e nunca mais levantaram cabelo. Os que, como eu, se estavam marimbando para a carreira continuaram a infernizar a vida do bicho, tal e qual como ele fazia connosco. Ao sentir-se enfrentado ele deve ter feito a sua «lista negra», onde acredito ter ocupado sempre o 1º lugar. Claro que fiz muita asneira, pela vida fora, e aquele período não foi excepção. Com a idade de 21 anos também não era de esperar outra coisa. E ele passou o tempo a dar-me caça, foi-me dando corda até eu me enforcar. Uns poucos dias antes de embarcarmos, de regresso à Metrópole, catrapimba, 12 dias com gravata!

quinta-feira, 19 de março de 2009

«Teles» - O Careca!

Não posso abordar o assunto «CF8» sem mencionar duas pessoas que foram os anjos negros da minha segunda comissão e as causas próximas da minha incursão no Artigo 62º e posterior expulsão da Marinha.
O primeiro, e mais importante devido aos galões que usava, era conhecido por «Peixe Garoupa».
O segundo, cabo fuzileiro e um pouco mais antigo que eu, em conluio com o primeiro, arranjou-me «12 dias com gravata» e, por essa razão, abro as hostilidades dedicando-lhe esta simples quadra.
»»
Não ter pelo na cabeça, é doença
Não ter caracter é pior, coisa reles
Ter falta das duas coisas, é azar
Mas era assim o «amigo» Teles
««

quarta-feira, 18 de março de 2009

O Azevedo!

Alguns dias após o reencontro, via telefone, com o 2025 recebi um novo telefonema para pormos a conversa em dia. A primeira coisa que me disse foi que se chama Azevedo, pois essa coisa dos números passou à história, acabou-se o 25 e agora é apenas e só António Azevedo. Muito bem, disse-lhe eu, daqui o Carlos e daí o Azevedo, então conta lá coisas.
Falamos um pouco de tudo e nada, mas principalmente da falta de convivência entre os camaradas da CF8. Forneceu-me os números dos telemóveis do Tenente Ribeiro, o mais amigo dos oficiais subalternos, que fizeram comissão connosco, do Badaró (2013.64) e do Américo (1931.64), na tentativa de me motivar a promover um encontro entre a malta. Todos os três, Ribeiro, Badaró e Américo, moram muito perto de mim e a ideia era provocar um encontro entre nós. Com o Badaró tinha estado em Agosto do ano passado, aquando da morte do Paulino (1189.64). Do Tenente Ribeiro nunca mais tive notícias, desde que desembarcámos no cais de Alcântara, em Março de 1965. Optei, então, por telefonar ao Américo que mora a 6 kms de distância apenas e combinamos um encontro. Depois de duas horas de conversa e a olhar para fotografias combinamos encontrar-nos de novo, logo que ele me arranjasse uma lista dos nomes e moradas de todos os membros da Companhia. Garantiu-me estar em contacto com alguém que possuia essa lista. Já lá vão umas três semanas, salvo erro, e ainda não tive notícias dele. Um pouco de culpa minha também, pois, se calhar, já lhe devia ter telefonado a perguntar o que se passa.

sexta-feira, 13 de março de 2009

O 25!

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Serra da Abogalheira, nos arredores de Amarante. Dia de inverno, depois de uma noite com queda de neve. Um técnico de comunicações da EDP que se prepara para subir a serra e reparar uma avaria num repetidor de sinal rádio, existente no Parque Eólico que fica lá no alto. No sopé da serra um reformado tentando gozar um tímido raio de sol que espreita por entre as nuvens e matando o tempo que tem de sobra. Com receio de ficar encalacrado e só, no meio da neve, o técnico da EDP pergunta ao reformado se não gostaria de o acompanhar até lá acima. Que sim, respondeu ele e, entrando no carro, fizeram-se ao caminho. E encetaram o seguinte diálogo:
- Então, já está reformado?
- Eu já. E como descobriu isso?
- Porque estava lá em baixo, sem fazer nada, a gozar o solinho...
- É verdade. Acho que já trabalhei o suficiente na vida.
- Agora vive das recordações, não é?
- Claro, e tenho algumas boas.
- Por exemplo?
- O meu tempo de tropa, que fiz na Marinha de Guerra.
- E por onde andou nesses tempos da Marinha?
- Estive em Moçambique numa Companhia de Fuzileiros.
- Eu também tenho um irmão que era fuzileiro e que também esteve em Moçambique.
- E como se chama esse seu irmão?
- Carlos.
- Na minha Companhia também havia um Carlos que era de Vila do Conde e tinha uma mota.
- O meu irmão também tinha uma mota. Será que se trata da mesma pessoa?
- Porquê? Você também é de Vila do Conde?
- Sou.
- Então pode ser. Em que Companhia esteve o seu irmão?
- Isso não sei, mas quando chegarmos lá acima já lhe telefono e pergunto isso tudo.
- Ok.
Chegados ao topo da montanha, depois de percorrer o estreito caminho sem problemas, foi dada a necessária atenção ao equipamento de rádio que era, afinal, o motivo daquela deslocação. Depois, uma ligação telefónica para minha casa e o diálogo continuou, agora entre o meu irmão e eu.
- Bom dia!
- Bom dia!
- Sabes onde estou?
- Não faço ideia.
- No alto da Abogalheira. E sabes quem está comigo?
- Não faço a mais pequena ideia.
- Um fuzileiro que esteve em comissão em Moçambique.
- Ai sim? E quem é ele?
- Espera aí que vou passar-lhe o telefone e vocês já falam.
E depois de um pequeno intervalo para possibilitar a troca de posições no apertado espaço do posto de rádio que eu, por acaso, também já visitei por várias vezes, ouvi a sua voz que perguntava:
- Está lá.
- Estou sim, quem fala?
- Daqui fala o Azevedo. Você era fuzileiro e esteve em Moçambique?
- Era. Estive.
- Em que Companhia?
- Primeiro na 2 e depois na 8.
- Eu também era da 8. Lembra-se de mim? Sou o 25!
Depois disto seguiu-se uma longa conversa como podem adivinhar. Falamos dos velhos tempos, dos camaradas que nunca mais vimos e dos encontros que nunca tivemos. Com eles (ou devo dizer connosco?) aconteceu o mesmo que connosco, na Companhia 2, ou seja, nunca ninguém tomou a iniciativa e o tempo passou-se sem se voltarem a encontrar. Talvez um dia destes os ajude a reencontrarem-se.
Á sua pergunta, se me lembrava dele, respondi-lhe que sim. E é verdade e guardo até uma fotografia onde ele aparece, como podem ver. É aquele que está sentado, de boné na cabeça, fitando a câmara.

DITOSA BRIOSA, SETEMBRO DE 1961!

Setembro de 1961, do ano de Nosso Senhor Jesus Cristo eu, com 17 tenros anos de idade, aspirante a aluno-marinheiro, vim de lá, duma terrinha dos lados de Leiria e, para que a sobrecarga dos meus pais mais leve se tornasse, lá fui à procura da tão ditosa Briosa!
Depois de inspeccionado, como todos descalço até ao pescoço e apurado, lá fui destino ao barbeiro, melão, ou antes cabeça a rapar e logo de seguida em direcção ao paiol da farda. Farda de cotim cinzenta, própria dos maçaricos, cuecas que ficavam em sentido ao colocá-las direitas sobre a cama! Uma boa, forçada banhoca, logo uma farda a vestir. Notei então, que não era mais meu, mas sim propriedade da Marinha! Pronto! Vejo-me ao espelho ao ver os meus novos colegas, filhos-da-escola, vejo-me neles ao vê-los a eles! Pois éramos e sentíamo-nos iguais - bem acinzentados de cor!
Trocamos palavras, perguntas foram feitas, respostas dadas, exclamações e interjeições vociferadas! Sei lá... Sei lá... Um sem número de coisas com entusiasmo faladas e discutidas… No fim lá fomos, cantando e rindo! Lembro vozes de comando por todo o lado. - “Oh mancebo anda cá, forma aqui ao lado deste, alinha por aquele, para a frente marcha: 1, 2, esquerdo-direito; 1, 2, esquerdo-direito.” - Era o sargento monitor a começar mais uma, entre muitas recrutas já dadas. - “1, 2, esquerdo-direito…” Lá fomos, virados a Vale de Zebro, Escola de Fuzileiros para iniciarmos toda instrução inerente aos fuzileiros!
Belos tempos a recordar!

terça-feira, 10 de março de 2009

CF8!

Tenho estado a reunir algumas fotos e outras coisas do tempo da minha comissão na CF8. Um dia destes, vou começar a trazê-las aqui. Inicialmente pensei em abrir um novo blog para publicação dessas coisas, mas parece-me melhor fazê-lo aqui para não deixar morrer este espaço. Como depois do abandono do Álvaro não apareceu ninguém realmente interessado em dar seguimento a isto, vou eu começar e ver o que daqui sai. A CF8 era maioritariamente constituída por alunos da recruta de setembro de 1964, a que possivelmente eu também pertenceria se me não tivesse oferecido mais cedo como voluntário. Issi por si só já era um elemento de forte ligação entre nós, por sermos nascidos no mesmo ano.

domingo, 8 de março de 2009

HAPPY BIRTHDAY COMANDANTE!


Singing along…
Happy birrrthday to youuu!
Happy birrrthday to youuu!
Happy birrrthday deear Caaarlos!
Happy birrrthday to youuuuu!

Cantarolando…
Parabéns a vocêêê!
Nesta data Queriiida!
Muitas felicidaaades!
Muitos anos de viiida…

Palminhas... palminhas!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Eu sou do tempo em que ...!

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... o camião que fazia a ligação Vila Cabral - Meponda era um "Scania Vabis"! E também rebentou uma mina, mas felizmente não houve consequências de maior, a nível pessoal. Como costuma dizer-se agora, "foi só chapa". 

quarta-feira, 4 de março de 2009




Foi este o estado em ficou o camião da Marinha, que ligava Vila Cabral a Meponda.
Penso que foi neste Mercedes que o filho da escola 620/69 ficou ainda pior que a carroceria.

A Morte de Nino Vieira!

Quem com ferros mata com ferros morre!
Não foi com estas palavras que o Mário Soares se expressou, mas o significado das suas palavras vem a dar no mesmo. Pessoalmente nunca estive na Guiné como combatente da Guerra do Ultramar. Passei por lá em 1962 e bebi umas cervejas, no aeroporto, enquanto reabasteciam o avião para continuarmos viagem até Luanda. Tive no entanto muitos filhos da escola que naquelas «Terras do Demo» viveram tempos difíceis, ou como se usa dizer, viveram ali as suas «Passas do Algarve». Inclusivamente o meu irmão David (1491.68) ali fez comissão no DFE4 até à Independência, em 1974.
O bicho era ruim e tinha muitos inimigos. Alguns, com toda a certeza, entre os fuzileiros que amargaram as suas comissões na Guiné. Muita gente respirou de alívio depois do dia de ontem.