nma-16429.blogspot.pt é o meu novo blog. Seleccionem o link correspondente na coluna da direita e visitem-me!

sábado, 31 de dezembro de 2011

Reveillon de 1967/1968!

Aproveito para transcrever aqui um comentário deixado Pelo Sarg. Moisés Almeida (posto que tinha naquela data) no Blog do Páscoa ( http://figueiraminha.blogspot.com/ ) por se enquadrar no espírito deste blog e da quadra que atravessamos.

À direita o Jordão e o Páscoa
Dos tocadores já não recordo os nomes

Cobué!.. Ano 1967, parece que eu também andava por lá!..
Já agora gostava de saber os nomes dos músicos e acompanhantes para ver se me faz alguma luz.
Quanto ás crianças...serão filhotes de um grupo de presos (á solta) que o Destacamento,que foi embora lá nos deixou?..
Várias comissões, muita gente, muitos nomes, deixam alguma confusão. Só me lembro que fui para lá na vez do Sarg.Figueiredo (a seu pedido por ter a familia em Metangula). O pessoal era do pelotão dele criando mais confusão nas identificações.
Éramos um DFE e um Pelotão, mais um telegrafista e um cozinheiro. Quando o DFE foi embora para Porto Amélia, ficamos lá apenas 1 Sargento e 20 Praças. Tinhamos um posto de transmissões, 1 unimog, 1 lancha e quatro botes, armamento, munições, 1 machamba. O combustivel para cozinhar e fazer o pão era a lenha, 
tarefa quase diária.
Montaram-se novos postos de vigilância, pescava-se no lago á granada, para não passar fome, havia caçadores que saiam em grupos , tornando-se em autênticas patrulhas de segurança intermédia.
De vez em quando lá vinha a LDM trazer mantimentos e era uma festa.
Muito mais havia a dizer do Cobué, mas fico-me por aqui, salientando apenas que para mim foram uns meses chatos!.. Bastará lembrar que dos 6 sargentos existentes, acabei por ficar sozinho, mas tudo se resolveu.
Um abraço amigo, neste ANO, no próximo se verá, sempre caríssimo Páscoa!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Muito estranho!

Publiquei a foto do Garcia, com desejos de Boas Festas para os filhos da escola, e não consegui um único comentário! Toda a maralha da Companhia 2 gostava do Garcia! Será que nenhum passou por aqui?
Duvido!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Boas Festas!

Não sou utilizador da internet, mas nem por isso me esqueço dos meus camaradas e Filhos da Escola. Aproveitando as facilidades que me são dadas pelo administrador deste blog quero desejar a todos umas Festas Felizes, especialmente com muita saúde que é o que mais importa aos jovens da nossa idade.
E que o Ano Novo entre com melhor cara do que aquilo que parece em perspectiva!

Cliquem para ampliar imagem

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Stress Pós-traumático ou de Guerra!

Não me perguntem o que é, pois não saberia responder. A tensão nervosa a que estive sujeito, o medo de pisar uma mina ou levar um tiro na tola, também me puseram os nervos em franja e, já na vida civil e depois de casado, me fizeram acordar encharcado em suores e partir, a soco, a mobília que havia à minha volta.
Isso durou alguns poucos anos e passou. Ainda hoje, quando ouço um grande estrondo, abano da cabeça aos pés e tenho uma primeira reacção de me abaixar. É isso o Stress de Guerra? Então há muito devia ter pedido a reforma à Marinha de Guerra Portuguesa, como Deficiente de Guerra, e abotoar-me a uma boa maquia, paga pelos cofres do Estado. Afinal não é isso que fizeram e fazem os espertos que continuam a viver à custa do erário público?
Em vez disso lutei com todas as minhas forças por singrar na vida civil, fui de novo sujeito aos ataques do inimigo, na vida profissional, e voltei a sofrer de stress, desta vez Stress Profissional, que abala o sistema nervoso tanto ou mais que o outro. Terminada também essa luta, agora como reformado, há quase 10 anos que luto para me ver livre dessa escravatura e acho que posso considerar-me quase curado.
Ontem ouvi o Passos Coelho referir a hipótese de dentro de 20 anos as reformas dos trabalhadores portugueses serem cerca de metade do que são hoje. Ora, a minha expectativa de vida deve andar entre 1 dia e 20 anos. Será que devo preocupar-me com a miséria que ele preconiza e começar, de novo, a sofrer de stress? E como lhe chamaria desta vez? Stress de Miséria?

Alterações - Aviso à navegação!

Também aqui alterei o sistema de comentários, já tentei entrar e comentar, mas não o consegui. Vou publicar esta mensagem e ver se depois consigo comentar para fazer o teste.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Escola de Fuzos ou N.A.S.A.?

Recebi autorização para comemorar as Bodas de Ouro da minha recruta na Escola de Fuzileiros. Entre outras coisas exigiram-me uma lista de todas as pessoas que pretendem lá entrar nesse dia, para além das matrículas dos carros em que se farão deslocar.
Fico a pensar se haverá perigo de invasão, risco de espionagem ou outra coisa que faça aquela gente que hoje ocupa a Escola temer que um grupo de velhadas com 70 anos já feitos assalte e ocupe o lugar! Pensam que aquilo é a NASA ou quê!
Ou será só para se fazerem de importantes?
Não será o caso de lhes lembrarmos que bem nos custa pagar os impostos que pagamos para lhes garantir o ordenadinho no fim do mês?
Oh que cambada esta!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Bodas de Ouro!

Os Filhos da Escola de Março de 1962 celebram as suas «Bodas de Ouro» no dia 31 de Março do próximo ano. Iniciei uma campanha para fazer com que todos os que ainda têm alguma saúde se desloquem à nossa «Escola» nesse dia. Peço a todos aqueles que lerem esta mensagem, quer sejam filhos desta escola ou de qualquer outra, que espalhem esta notícia aos quatro ventos, para ver se chega ao conhecimento de todos.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ser velho é uma foda!

O meu pai trabalhou toda a vida como um mouro. Entrou para a escola com 7 anos e aos 8 a minha avó foi lá buscá-lo e entregou-o a um patrão para ter cama, mesa e roupa lavada garantida em troca de pequenos trabalhos que a sua idade lhe permitia fazer.
Aos 11 anos morreu-lhe o pai e como não havia mais ninguém para "alombar" com as despesas do funeral, foi o seu patrão quem pagou pondo o respectivo valor a débito na sua conta. O passadio era fraco, as roupas não passavam de trapos velhos aproveitados daquilo que tinha como destino o lixo. Mal se apanhou com a conta saldada, e já tinha mais de 16 anos, abalou sem olhar para trás e sem agradecer ao empregador. Jurou que naquela casa não entraria mais. E cumpriu a promessa.
Aos 65 anos propôs ao patrão continuar a trabalhar enquanto tivesse forças, mas no pós-25 de Abril e com o camarada Vasco no poleiro, o patrão disse-lhe que o melhor era ir para casa e gozar os 3.300$00 que lhe eram oferecidos pelo governo.
Assim fez, mas não arrumou as ferramentas do seu ofício. Até depois dos 80 anos dava prazer vê-lo pegar num machado e rachar um camião de lenha em meia-dúzia de horas. Eu que andava pelos 50 e ocupava o cargo de director numa empresa multinacional, olhava para ele com inveja.
Pouco depois começou a faltar-lhe a vista e as forças e teve que dar a mão à palmatória. Sentava-se pelos cantos, de manhã à noite, e entretinha-se a falar com quem por ele passava, na maioria pessoas da sua faixa etária. Não gostava da vida que tinha nem do futuro que antevia e sempre que nos sentávamos um pouco a falar das vicissitudes da vida, lá vinha ele com a tal afirmação, «ser velho é uma foda!».
Sofreu um AVC um pouco antes dos 90 e morreu um ano depois. Nunca me esqueci destas suas palavras e, conforme a minha idade vai avançando, mais compreendo o que ele queria dizer. Eu ainda não cheguei aos 70, o meu esqueleto está uma autêntica "nassa" e já só ando tocado a comprimidos. Um dia destes recebi um mail com a imagem que vos mostro abaixo e pareceu-me apropriado trazê-la aqui para ilustrar esta história da minha vida real.
As rodinhas que nos ajudam a movimentar durante
a nossa vida. Infelizmente eu estou quase à última!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mentirinha de merda - foi no que deu!

Um tipo foi à Casa da Sorte e dirigiu-se à empregada dizendo que queria jogar na lotaria.
- Olhe, não tenho a menor ideia sobre quais números escolher para comprar uma cautela. Pode ajudar-me? 
- Claro, respondeu ela, vamos lá. Durante quantos anos frequentou a escola? 
- 8 
- Perfeito, temos um 8.  Quantos filhos tem? 
- 3 
- Óptimo, já temos um 8 e um 3. Quantos livros você já leu até hoje? 
- 9 
- Certo, temos um 8, um 3 e um 9.  Quantas vezes por semana faz amor com sua mulher? 
- Caramba, isso é uma coisa muito íntima - diz ele. 
- Mas você não quer ganhar na lotaria? 
- Está bem, 2 vezes.
- Só? Bom, deixe lá. Agora que já temos confiança um com o outro, diga-me: quantas vezes já levou no cu?
- Qual é, minha!? - Diz o homem, zangado - Sou muito macho!
- Não fique chateado. Vamos considerar então zero vezes.
Com isso já temos todos os números: 83920.
O tipo comprou o bilhete que correspondia ao número escolhido.
No dia seguinte foi conferir o resultado: o bilhete premiado foi o 83921.
- F... da P...! Por causa de uma MENTIRINHA de MERDA não fiquei milionário! 


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Off record...

Bitches 'til the End! Man, I'll tell ya, women can be cold until the end!

The doctor, after an examination, sighed and said,
- I've got some bad news. You have cancer, and you'd best put your affairs in order.
The woman was shocked, but managed to compose herself and walk into the waiting room where her daughter had been waiting.
- Well, daughter, we women celebrate when things are good, and we celebrate when things don't go so well. In this case, things aren't well. I have cancer. So, let's head to the club and have a Martini.
After 3 or 4 martinis, the two were feeling a little less somber. There were some laughs and more Martinis. They were eventually approached by some of the woman's old friends, who were curious as to what the two were celebrating. The woman told her friends they were drinking to her impending end,
- I've been diagnosed with AIDS.
The friends were aghast, gave the woman their condolences and beat a hasty retreat. After the friends left, the woman's daughter leaned over and whispered,
- Momma, I thought you said you were dying of cancer, and you just told your friends you were dying of AIDS! Why did you do that?'
- Because I don't want any of those bitches sleeping with your father after I'm gone.
And THAT, my friends, is what is called, «Putting Your Affairs In Order».

THOUGHT FOR THE DAY....
Women are like phones: They like to be held, talked to, and touched often. But push the wrong button and your ass is disconnected.

PS: Caso haja alguém interessado na tradução eu, ou o Tintinaine poderemos fazê-lo.

Solidariedade bloguística!

O administrador do blog «BARCO À VISTA» pede para lerem com a maior atenção o seguinte pedido de informação - http://barcoavista.blogspot.com/2011/11/pedido-de-informacoes.html

sábado, 3 de dezembro de 2011

A Fábrica do Biscoito!


Todos os interessados sabem que, no tempo das caravelas, foi criada em Vale de Zebro, no estuário do rio Coina, a Fábrica do Biscoito e os Moinhos de Maré que a abasteciam de farinha. Era preciso levar provisões para as longas viagens ao sabor do vento e nada melhor que aqueles duros biscoitos que eu tão bem conheci nas «Rações de Combate».
A eclosão da Guerra Colonial transformou a Fábrica numa escola para formar Fuzileiros. E a represa de água que fazia mover os moinhos de maré transformou-se na Pista de Lodo que tantas dores de cabeça deu a tanta gente.


Veio o 25 de Abril, acabou-se a guerra em África e a Escola de Fuzileiros e a respectiva Pista de Lodo passaram a ser motivo de brincadeiras e filmagens mais ou menos engraçadas para animar programas de televisão e encher o Youtube. A velha mística dos fuzileiros, arrastada na lama no pós-25 de Abril, tinha-se praticamente evaporado.


Agora, todos estes anos depois, aconteceu a «Dívida Pública», veio a «Troika» governar o país e dizem-nos que não temos dinheiro nem para mandar cantar um cego. Pior que isso, dizem-nos que a dívida é tão grande que vamos ter que endossá-la aos nossos filhos e netos.
Cabe-me o direito de aqui expressar livremente a minha opinião e parece-me oportuno dizer que o mais sensato seria "desarmarmos" as Forças Armadas, uma vez que não há dinheiro para lhes pagar o Pré e, afinal, vivemos num país pacifíco que não pode nem quer entrar em mais nenhuma guerra.
E poderíamos então reabrir a «Fábrica do Biscoito» em Vale de Zebro. Fazer biscoitos parece-me um negócio rentável e andamos tão precisados de exportações!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Só para provar que estou vivo!

Parada com fuzos é outra loiça!

Tiveram saudades de mim!

O Filipe tinha-me pedido vezes sem conta para eu tirar daqui o sinal de stop, pois gostava deste blog e não concordava com a minha decisão. Resisti até onde pude, mas hoje resolvi dar-lhe razão.
Tem surgido comentários, de vez em quando, ás mensagens antigas e eu nem sempre me apercebia disso. E porque fechar a cancela aos que querem entrar não é coisa que eu faça, cá estou eu de novo para vos fazer companhia.

domingo, 21 de agosto de 2011

Ponto de encontro!


Decidi deixar este blog em segundo plano
e criar um novo que tem por objectivo substituir
este e todos os outros que vinha mantendo até agora
O endereço novo, onde podem (e devem) visitar-me é:

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Hoje foi «Dia do Fuzileiro» na Póvoa!

Pois é verdade! Ás 10.30 horas tocou o meu telefone (andava eu atarefado na cave da minha casa à caça dos ratos que resolveram invadi-la) e adivinhem que estava do outro lado da linha. O António Azevedo (2025/64) nem mais nem menos que tinha decidido vir a banhos para esta mui conhecida estância balnear. Que gostava de me ver, que estava ali deitado na areia de papo para o ar e coisa e tal.
Pois claro que pousei a vassoura e adiei a faina dos ratos por algumas horas. Peguei no meu VTB (veículo tocado a broa, também conhecido por ginga ou bicicleta) e pus-me a caminho da praia. Com a ajuda do telemóvel, ferramenta indispensável hoje em dia, lá o consegui localizar no meio de milhares de outros banhistas que tinham resolvido, tal como o Azevedo, escolher este dia para vir até à minha terra apanhar um pouco de sol. Sol é uma maneira de dizer, pois o nevoeiro era tão denso que não se via nada 2 metros à frente do nariz. Mas é uma questão de paciência e de saber esperar, porque enquanto eu e o Azevedo íamos desbobinando as nossas histórias o nevoeiro foi-se desvanecendo e dando lugar ao sol que começou a queimar-me a careca.
Foi o sinal para eu perceber que estava na hora de me pôr a caminho de casa, pois se aproximava a hora do rancho e nessa função não são permitidos atrasos. Chegado a casa tinha um peixinho assado no forno à minha espera que, com a ajuda de dois copos de branco, escorregou pela goela abaixo... sem espinhas!
Com o estômago reconfortado e a hora da sesta pela proa já os olhos piscavam de sono e nada mais havia a fazer senão deixar a natureza seguir o seu curso. Estiquei-me ao comprido e preparei-me para abandonar o mundo por uns instantes.
Mas não estava escrito que eu dormiria a sesta neste dia. Toca de novo o telefone. Quem seria desta vez? Talvez o Filipe que muitas vezes me liga de Paris, mais ou menos a esta hora. Mas não, não era o Filipe, mas sim outro fuzileiro, o António Querido, que estava de passagem pela Póvoa e requeria a minha presença.
Desta vez decidi-me pelo veículo a GPL e lá vou eu a caminho da praia. Lá chegado, paro em frente do restaurante que me tinha sido indicado como ponto de referência e vejo o Páscoa no passeio a olhar para mim. Antes de o poder cumprimentar, toca de novo o meu telefone e... sim, desta vez era o Filipe que queria trocar dois dedos de conversa comigo. Acenei ao Páscoa fazendo-lhe sinal para se aproximar e acabei por lhe passar o telefone para ele cumprimentar o filho da minha escola que ele conhece apenas através dos blogs, como comentador.
Despachada a chamada do Filipe e feitos os devidos cumprimentos à família do Páscoa, pusemos-nos a caminhar pela orla marítima, em direcção ao centro da Póvoa, no intuito de ver se avistávamos o Azevedo que estava ali por perto a torrar ao sol. De novo com a ajuda do telemóvel foi fácil fazê-lo vir ao nosso encontro e passamos uma horinha juntos a pôr a conversa em dia e aproveitamos ainda para beber um copo, fazendo um brinde à nossa saúde e pedindo ao S.Pedro que espere por nós, sentado e com muita calma, pois do nosso lado não há grande pressa em comparecer a esse encontro!

domingo, 14 de agosto de 2011

SCP 1 - QUELFES 1

Esta mensagem é só e apenas
para o meu amigo Philippe
que vive em Paris
mas qualquer um
pode comentar!
O clube da tua santa-terrinha veio até Lisboa e pôs em cheque a nova super-equipa do treinador Domingos impondo-lhe um "vergonhoso" empate. Não sei se te dê os parabéns por isso ou se tens dor de corno pelo clube do Leão e ficaste ressabiado com o atrevimento dos moços que impediram o Leão de rugir como todos esperavam. Por outro lado, se torces pelos algarvios quero dar-te as boas vindas ao grupo dos empatas que começam o campeonato com 1 ponto e muito desânimo. Se não sabes quem são, então toma nota:
Benfica
Sporting
Braga
Gil Vicente
Olhanense
Rio Ave
Amanhã veremos como fica ordenada a classificação geral, mas para início de conversa e com estes 6 «empatas» já vamos bem aviados!

sábado, 13 de agosto de 2011

Reduzir a despesa do Estado!

O Blog da CF2 já foi denunciado como impróprio para ser visitado por gente de bem. Com a notícia que se segue, deixa lá ver se este segue pelo mesmo caminho.


Na entrevista de ontem à noite na TV que pôs frente a frente o Ministro das Finanças e a muito experiente jornalista Judite de Sousa, o assunto era a «Redução da Despesa do Estado». A Judite bem insistiu com o seu entrevistado, mas ele foi fugindo com o cu à seringa e acabou por confessar que isso não é coisa para se discutir em público.
O que ela queria era levar a conversa para os BMW's e outras máquinas de luxo que fazem parte da frota do nosso governo, para as mordomias concedidas aos «Boys» que alinham na classe governante, para os salários dos gestores das empresas públicas acima de 20.000€ e outras coisas similares. Mas o Ministro não se deixou conduzir para esses terrenos e a entrevista acabou por se esvaziar de conteúdo.
No entanto é sabido que o grosso da despesa do Estado, cerca de 70%, é salários. Para haver uma redução a sério só mesmo atacando essa grossa fatia dos 70%, porque mexendo na fatia dos 30% pouco resultado daí advirá.
Uma das maiores fatias, saída desses 70%, é para pagar as Forças Armadas e de Segurança, no activo e na reforma. Tanto quanto sei Portugal não está em guerra nem pensa entrar em nenhuma nos tempos mais próximos.Que tal então a ideia de eliminar todas as Forças Armadas de uma penada só?
As Forças de Segurança, GNR e PSP, e a Protecção Civil deveriam chegar para as despesas. Ao fim e ao cabo, tudo o que temos que fazer é controlar uns ladrõezecos que infestam o território nacional, uns mais encapotados que outros, e perseguir uns espanholitos que teimam em continuar a roubar-nos o pouco que resta dos nossos pesqueiros.
Uns aviõezitos, uns helicópteros e mais uns quantos navios patrulha devem chegar para fazer esse serviço e o resto passa-se a patacos. E poupa-se uma fortuna na manutenção.
Do mesmo modo é preciso pôr um travão na frota automóvel ao serviço de todas essas forças. A PSP é para andar a pé a patrulhar as ruas. A GNR e a Protecção Civil podem partilhar meia-dúzia de jipes para se fazerem transportar pelo interior desertificado do país e tomarem conta dos ladrões e dos incendiários. «Bombas descapotáveis» como a que se vê na imagem acima não fazem falta nenhuma.
A Brigada de trânsito, se for decidido que deve existir, tem que ser ensinada a fazer uma vigilância preventiva e não andar armada em «Bando do Zé do Telhado» apenas preocupada em assaltar a carteira dos condutores que circulam pelas nossas estradas.
E é preciso não esquecer que, depois de tudo isto entrar nos eixos, ainda continua a ser preciso reduzir os ordenados de toda essa gente em cerca de um terço, para que fiquem, mais ou menos, equiparados aos do sector privado que é, em última análise, de onde vem o dinheiro para pagar os salários de todos os servidores da coisa pública.
Ora muito bem, este é o tipo de conversa que o Ministro não pode discutir abertamente em frente das câmaras de televisão. Nem sequer tem a mais pequena ideia como poderá ser feito. E tem quase a certeza que ninguém vai querer tirar essa castanha do lume.
Assim sendo ...!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O adeus ao Rodolfo!

Cumpre-me mais uma vez o triste dever de vos comunicar o falecimento de um outro filho da nossa escola, o Rodolfo Santos (16841/8477). Aconteceu já em 26 de Novembro de 2009, mas só agora tomei conhecimento, através de notícia veiculada pelo Fernando (Évora) Maudslay da Companhia Nº3 de Fuzileiros, 1ª Comissão na Guiné.
Fazendo um pouco de história, sobre o Rodolfo, posso dizer-vos que fez duas comissões seguidas na Guiné, a primeira na CF3 e a segunda na CF9, em que foi acompanhado por muitos outros filhos da nossa escola. Regressado da Guiné, em 1968, seguiria, ainda antes do fim desse ano, para Angola incorporado da CF8. Acabada essa comissão regressou à Metrópole, onde se manteve por dois anos, partindo de novo para Angola, em 1972, incorporado na CF4, de onde regressaria pouco antes do Natal de 1974, ou seja, muitos meses depois do 25 de Abril e já com a Guerra Colonial terminada.
As duas últimas comissões foram feitas já com as divisas de cabo nos ombros e assim continuaria por mais 8 anos, até 1982, ano em que decidiu abandonar a Marinha.
Regressou então à terra que sempre mencionou como sua, com grande orgulho, o Buçaco, onde viveu até que o seu fígado desistiu de o acompanhar nalgumas das loucuras em que se metia. E com o fígado em greve não há ninguém que resista. E assim viu o Rodolfo chegada a sua hora de partir para outra vida que ninguém sabe dizer se é melhor ou pior que aquela que aqui fomos obrigados a viver.
Esperemos que seja melhor!

sábado, 6 de agosto de 2011

Navegar à vela!

O Virgílio anda à procura de uma boa imagem da Sagres II (não Sagres I, como alguns por engano a ela se referem), depois nomeada Santo André e actualmente Rickmer Rickmers. Eu juraria que já, em tempos, publiquei fotos alusivas ao nosso Navio-Escola, mas não consegui localizá-las numa pesquisa rápida que fiz.
Fica aqui uma imagem de um dos irmãos gémeos, também construído nos mesmos estaleiros da Alemanha, para matar saudades.


E também uma pequena imagem dum outro veleiro que eu acredito ser a nossa Sagres. Procurando bem no site da Marinha ou no Blog da Reserva Naval, quase de certeza que haverá por lá coisa melhor que isto, mas aqui está o meu contributo.


E já agora, porque não um video do Navio-Museu em que se transformou o velho casco que nós, marinheiros de naus e caravelas feitas de pau de pinheiro, não quisemos ou não soubemos recuperar para nós mesmos e que ficaria muito melhor ao pé da Torre de Belém do que no sobre-lotado porto de Hamburgo.

Efemérides!

Esta semana, na terça-feira, foi dia de aniversário do Agostinho Maduro, filho da minha escola que que vive lá lá longe nas terras ricas e frias do Canadá. Mandei-lhe a minha mensagem de parabéns e ele retribuiu com uma chamada telefónica que nos manteve ao telefone por mais de meia-hora.
Falamos de nós e da família, da saúde e das maleitas que nos afligem. E, como não podia deixar de ser, falamos dos filhos da escola que são para nós como irmãos. O Agostinho tem sempre uma enorme curiosidade sobre os passos que eu dou na procura dos desaparecidos e desta vez a conversa versou, entre outros, sobre dois "voluntários" que supostamente fizeram comissão com ele no DFE4, em Angola.
O primeiro era o 16375 - Vitor Bastos que dava pela alcunha de «Casa-Pia». Não fui ainda capaz de o localizar para desfazer as dúvidas levantadas sobre a sua carreira na Marinha. No livro dos Fuzileiros que me tem servido de bíblia ele aparece como membro do DFE4, enquanto que na lista do organizador dos convívios desta Unidade aparece o 16573 - Francisco António Ferreira, levando-me a crer que haja uma falha na recolha dos nomes para o livro. A ver vamos como acaba a história.
O segundo era o 16272 - António José Pereira que dava pela alcunha de «Protestante» e que se evaporou por completo depois de duas comissões, uma em Angola e outra em Moçambique, e por mais que tente não consigo encontrar ninguém que saiba por onde andará ele. O Agostinho esteve a contar-me aquela história da granada que caiu "descavilhada" dentro do bote em que faziam patrulha e que o Zé Neto apanhou para atirar borda-fora para salvar a vida da equipa, explodindo-lhe na mão e levando-lhe um braço. Eu já conhecia essa história, mas não fazia a mínima ideia que a granada que causou este infortúnio ao Zé Neto tinha caído do cinturão do Protestante que agora procuro. Coisas da vida e ... da guerra!
E depois de meia-hora de conversa, mais uma vez parabéns ao filho da escola e ... até ao ano!
E a vocês que lêem isto ... bom fim-de-semana!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Fuzileiros no Facebook!

O Facebook pegou de estaca!
E há dúzias de «escolinhas» que se tornaram fãs deste meio de comunicação moderno, rápido e gratuito. Até eu próprio (que sou mais amigo de Blogs que do dito FB) o tenho usado também para enviar mensagens e fazer contactos com vários camaradas com quem não tenho outro meio de me comunicar. E assim é que está certo, as tecnologias ao nosso serviço para nos facilitar a vida.


Numa dessas minhas passagens pelo referido meio de comunicação, encontrei esta fotografia que foi tirada no norte de Moçambique e mostra uma personagem que eu já referi nestas colunas mais que uma vez, o Valdemar Vigário (de camuflado e boina), fadista nortenho que continua a animar a cidade do Porto com a sua voz e a sua guitarra e com quem me encontrei em 1967, aquando da minha passagem por Nampula.
Não fazia a mínima ideia que ele tivesse estado em Metangula, mas juraria que esta fotografia foi lá tirada e daí a mistura de camaradas da Marinha e do Exército. Sim, porque o Valdemar pertencia à tropa (como nós cosutmávamos dizer) do "Arre-Macho".

sábado, 30 de julho de 2011

Para mostrar que andei por aqui!

Custa-me assistir a isto!

A falta de resposta da 3ª Repartição leva-me a crer que já ninguém sabe por onde andam as papeladas referentes à "Marinhagem" dos velhos tempos. Pode até ter acontecido que os ratos tenham já roído parte desses velhos papeis que (do ponto de vista de alguns) dão mais trabalho do que valem.
Ora, eu sou da opinião que o período que medeia entre a perda de Goa (1961-12-19) e a independência de Angola (1975-11-11) tem um significado especial para a Marinha de Guerra Portuguesa no contexto da Guerra do Ultramar, também chamada Guerra Colonial. E assim sendo, devia o Arquivo Histórico da Marinha tomar a seu cargo a preservação de todo e qualquer documento que, de algum modo, esteja relacionado com este assunto/período.
Os historiadores hão-de querer espiolhar todos os documentos existentes sobre o assunto e dentro de um século, quando não haja já nenhuma memória viva desse período, serão os documentos escritos a sua única fonte de informação. E eu considero importantes os dados bibliográficos de todos aqueles que foram chamados a dar o seu contributo em prol da Pátria, quer voluntária quer involuntariamente, durante esses escabrosos 14 anos.
A esta distância no tempo, o problema começa a perder importância e já há quem tenha varrido isso da sua memória. Mas para os pais que perderam os filhos, para os filhos que nunca conheceram os seus pais e para as viúvas que perderam os seus maridos, vendo-se obrigadas a criar sozinhas os seus filhos órfãos, sabe Deus com que dificuldades, foi uma enorme tragédia que só a morte apagará das suas memórias.
É, por isso, minha convicção sincera que estes registos deviam ser informatizados ou, no mínimo, micro-filmados para os salvar da mais que provável destruição que acabará por acontecer se isso não for feito. Não é difícil nem custa muito dinheiro fazer isso. Como recursos podiam usar-se, em primeiro lugar, o software que foi desenvolvido para o Registo Civil, introduzindo-lhe a necessária adaptação, e, em segundo lugar, o pessoal da "Lista dos Supra-numerários" que o governo não sabe para onde mandar nem que trabalho lhe distribuir.
Quantos homens prestavam serviço na Armada em 1961-12-31?
Quantos foram admitidos desde aí até ao fim do ano de 1975?
Quantos participaram e quantos ficaram à margem desse conflito?
Quantos morreram ou ficaram estropiados (física ou moralmente)?
Quando abandonaram a Armada e que Posto atingiram?
Estas e outras perguntas ficarão sem resposta se não forem preservados os documentos a que eu pedi para ter acesso e que, por qualquer obscura razão que não consigo atingir, não me é concedido.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Efeitos da crise!

Com o preço a que a gasolina chegou e a falta de dinheiro no bolso dos portugueses, este será o cenário mais provável dentro de pouco tempo. Preparem-se!

terça-feira, 26 de julho de 2011

O Protestante!

Fui repescar esta foto, já aqui publicada há perto de três anos relacionada com a história do DFE4 de Angola (1963/1965) para vos mostrar a cara do António José Pereira de quem tenho andado, ultimamente, à procura.
Filho da Escola de Março de 62, o seu número de matrícula na Armada era o 16272. Se alguém souber o que é feito dele, agradeço mo comuniquem num simples comentário.
Alternativamente podem também enviar uma mensagem por e.mail para o meu endereço que aparece no topo da página.
Qualquer um dos meios serve! 

Visita ao cemitério de Valpaços!

Foi hoje o dia em que voltei a passar em Valpaços e, como tinha prometido, lá fui a caminho do cemitério para prestar a última homenagem ao filho da escola (16565) que faleceu na última passagem de ano. Faltavam-lhe apenas 5 dias para celebrar o 70º aniversário , mas o coração atraiçoou-o não o deixando chegar lá.
Ia esperando sossegadamente que chegasse a hora de ouvir as 12 badaladas anunciando a entrada do Ano Novo quando a máquina resolveu emperrar e o António (Tótó para os amigos) entrou em sofrimento. Chamou-se o INEM, usaram o desfibrilhador sem resultado, correram até ao Hospital de Mirandela, mas já não havia nada a fazer. O coração tinha parado e o nosso camarada partira já para «as verdes pradarias de Manitu».
Tinha enviuvado em França, em 1997, e deixado lá sepultado o corpo da sua mulher, regressando a Portugal. E tinha manifestado o desejo de lá ser sepultado também quando a sua hora chegasse. A companheira com quem passou estes últimos anos, morando na zona de Valpaços, cumpriu a sua última vontade e após o funeral fez seguir o corpo para França para ser sepultado de acordo com o seu desejo.


E para venerar a memória do seu companheiro de meia-dúzia de anos mandou fazer uma placa mortuária que mantém no cemitério, na campa de família, e me permitiu fazer as fotografias que aqui vos mostro.

domingo, 24 de julho de 2011

Menos um para o Cinquentenário!

Acabei de receber a notícia de que faleceu o filho da minha escola 16867/8503 Manuel do Rosário Dias. Morava na Quinta da Lomba, no Barreiro, e faleceu na semana passada. Não sei mais pormenores da ocorrência, mas espero descobrir e logo que isso aconteça voltarei aqui para vos informar.
Paz à sua alma!

sábado, 23 de julho de 2011

Marcar passo é muito chato!

Já nos tempos da minha recruta, durante as aulas de Infantaria, ia aos arames com tanto "marcar passo". Havia sempre algum nabo que não atinava com a cadência, não levantava os joelhos até onde o instrutor exigia ou não era capaz de acertar o passo. E o pelotão inteiro era obrigado a continuar naquele interminável castigo... esquerdo, direito, op, dois... esquerdo... esquerdo... atenção... alto!
Hoje também me sinto ligeiramente irritado, pois uma semana mais se passou sem conseguir adiantar um passo na minha investigação. Das ajudas que esperava não chegou nada. Da 3ª Repartição nem palavra. Continuo a achar que andam tão ocupados (embora não saiba exactamente com o quê) que deviam receber um reforço de pessoal para levar a bom termo a execução do meu pedido. E do lado dos organizadores dos convívios das várias Unidades de Fuzileiros recebi outro tanto, ou seja, nada.
Pelo meu lado passei a semana atrás do Protestante, tal como já vos dei a entender numa das últimas mensagens. Falei com o dono da Frutaria, telefonei ao Antero Pires que esteve com ele no DFE5 e nada, não tive sorte nenhuma. Contei com a extraordinária ajuda do Fernando (Évora) Maudslay que se deslocou à Junta de Freguesia de Almada, mas sem resultados positivos também. Os dois juntos peneiramos o Facebook, contactamos um monte de filhos da escola, encontramos um Fuzo com o mesmo nome e que esteve em Metangula no mesmo período e isso fez-me acreditar que tinha, finalmente, localizado o nosso homem. Puro engano, tratava-se de um filho da escola de Setembro de 63.
Falei com o Domingos Cairrão que me deu nota de mais 3 filhos da escola que são já falecidos (16344+16868+16901), mas não quis abatê-los já à minha lista sem uma segunda confirmação. Não sei é a quem hei-de recorrer para obter essa confirmação.
E assim vai a vida. Marcar passo é a alternativa que me resta!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O «Sportinguismo»!

Não encontro explicação para tal, mas é um facto que a maior parte dos filhos da escola fuzileiros que frequentam este espaço cibernético, tal como acontece também no Facebook, defendem, com unhas e dentes, as cores do Clube de Alvalade.
Com uma nova direcção, um treinador da corda e uma equipa renovada, prevejo que vamos ter uma época cheia de «provocações» para animar e encher as páginas deste Blog. O estágio da pré-época correu ás mil maravilhas, marcaram 14 golos e não sofreram nenhum (quem me dera o Benfica poder dizer a mesma coisa) e estão com a força anímica ao máximo para começar a época.
Como, independentemente das inclinações clubísticas de cada um, somos todos grandes amigos quero desejar-lhes sorte e deixo-lhes aqui um miminho para lhes provar que, embora reze para que o Benfica lhes ganhe todos os jogos, sou um amigo de verdade!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Procuro-te e não te encontro!

Há camaradas que parecem esconder-se sempre que decido procurá-los. Um destes casos é o 16272 - António José Pereira que fez uma comissão em Angola no DFE4 (1963/1965) e outra em Moçambique no DFE5 (1965/1967).
Quem primeiro me perguntou se tinha notícias dele e se sabia por onde ele andava foi o Fragata (16273), aquando da preparação do nosso convívio do ano passado, em Montemor. Fui consultar a lista dos filhos da escola (a tal que me forneceu o Ramos) e encontrei uma direcção bem clara - Avenida da Fundação, 7 - Cova da Piedade - o que me fez pensar que tinha a resposta para a pergunta que me tinha sido colocada.
Estava enganado, pois logo que pedi a um amigo para confirmar se ainda lá morava, fui informado que se tinha mudado. Ainda tentei seguir-lhe a pista, a partir da informação de que ele, depois de sair da Marinha, tinha frequentado, em Lisboa, um curso de Serralharia e Mecânica e depois aberto uma oficina na Cova da Piedade, mas não cheguei a lado nenhum.
O Fragata dizia-me que a informação devia estar errada, pois ele sempre fora "empregado de mesa" e acreditava que era na Hotelaria que ele devia trabalhar. Bem tentei, mas não cheguei a lado nenhum. Ele, pura e simplesmente, esfumou-se.
Este ano, por causa da festa do «Cinquentenário», voltei a pegar no assunto. Contactei o pessoal do DFE4, na expectativa de que soubessem dar-me notícias, mas não tive sorte nenhuma, pois também eles o não tinham conseguido localizar. Depois tentei o DFE5, mas só encontrei o da 1ª comissão, a de Angola. Voltei a ficar num beco sem saída.
Hoje deu-me para abrir o Google Maps e verificar, por curiosidade apenas, em que zona da Cova da Piedade é que ele morava e descobri que no rés do chão do mesmo prédio existe uma Frutaria - A Calipolense - cujo pessoal poderá lembrar-se dele e saber para onde foi morar. Porque não?!?


Quem já usou o «Street view» da Google Maps? Até dá para guardar a imagem e tudo. Na imagem acima não se vê muito bem, mas a Frutaria Calipolense está ali por trás daquela carrinha branca de capota azul. Se a empregada fosse bonita e estivesse à porta, até dava para descobrir a cor dos seus olhos!
Bem, voltando ao assunto que a cor dos olhos da miúda da Frutaria não é para aqui chamada, decidi telefonar-lhes a ver no que dá. Quem sabe volto a encontrar o fio da meada!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

As fotos e as histórias por trás delas!

Na minha mensagem anterior estabeleci um link para o site da Presidência da República onde podem ser vistas estas fotografias, estas e muitas outras relacionadas com o mesmo acontecimento. Não sei se é permitido ou proibido fazer uso das mesmas, mas mesmo assim decidi destacá-las e fazer alguns comentários a propósito que podem ler de seguida.


Esta é, em especial, para o Fernando Maudslay (da CF3) que me telefonou dizendo que não tinha visto os guiões das Companhias de Fuzileiros  em desfile. Além de eu ter sido testemunha presente nesse desfile, aqui fica uma foto oficial dos serviços da Presidência para dar mais força ás minhas afirmações.


Acho que o patrão Belmiro devia dar um bónus especial à família dos fuzileiros pela tremenda publicidade que recebeu sem pagar um chavo. Não acham?


Uma parada militar de fardas brancas é outra loiça! Só há uma coisa que eu preferia que se tivesse mantido à moda antiga - o emblema metálico pregado na boina dos fuzileiros. Os primeiros emblemas eram apenas uma fateixa pequenina que enfeitava a boina de fuzileiro e ficava muito elegante. Agora é uma chapola de respeito. Para quem acha que o tamanho importa, talvez esteja bem, mas eu não gosto, ou seja, preferia a outra.

E ainda outra!

Se não conseguiram ver o clip de video da minha mensagem sobre a inauguração do monumento ao fuzileiro, talvez queiram vê-lo aqui.

Outra versão da cerimónia!

Dadas as dificuldades na visualização do discurso do Presidente da República no video que inseri na mensagem anterior, aconselho-vos a clicar no link que se segue: http://www.marinha.pt/PT/Pages/homepage.aspx
E depois é só carregar no «play»!

Trabalho de telefonista!

Hoje passei o dia a "peneirar" a lista dos filhos da escola e verificar quais os números de telefone que ainda são válidos. Marcar números, um atrás de outro, e esperar que alguém atenda para repetir sempre a mesma pergunta - estou a falar para casa do Sr. "fulano de tal"? A maior parte das vezes, não atendeu ninguém ou fui redireccionado para o Voice mail.
Na meia dúzia de vezes em que consegui entrar em contacto com os filhos da escola, todos se mostraram abertos à ideia da realização da Festa do Cinquentenário, na Escola de Fuzileiros.
Amanhã a tarefa continua. É chato pr'a burro, mas alguém tem que o fazer. Se houver alguém que queira ajudar que avance. Toda a ajuda é bem vinda. Basta haver vontade e um telefone sem limite de chamadas.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Lista encurta a cada dia!

Se as coisas continuam assim acabamos sem participantes para a festa do Cinquentenário. Na semana passada foi o Anastácio Morais, hoje foram logo dois, o Custódio (16649) e o António A.L.Anjos (16565) que me confirmaram como tendo já falecido.
O primeiro, tal como referi no Blog da CF2, sofreu uma trombose aos 61 anos de idade e veio a falecer 4 anos depois, na terra onde viveu quase sempre, Penalva do Castelo, depois de sair da Marinha.
O segundo, que eu há muito procurava sem qualquer resultado, faleceu durante o reveillon do passado ano de 2010, em circunstâncias que ainda não consegui apurar em detalhe. No registo do seu óbito diz-se que «apareceu cadáver», o que me leva a crer que foi encontrado morto em casa, como ultimamente parece estar muito em moda, em Portugal.
Ele foi emigrante em França, casou-se lá em 1971 e veio a enviuvar em 1997. Não faço ideia de como viveu os seus últimos anos de vida e de viuvez, mas pelo registo do óbito faz-me pensar numa vida solitária, sem afectos e sem família.
Ultimamente tenho passado em Valpaços com alguma frequência e penso aproveitar a próxima oportunidade para investigar um pouco esta história que sendo a dos filhos da minha escola, é a minha também. Segundo os registos do livro do Comandante Baena, ele fez apenas uma comissão em Angola, no DFE6, tendo abandonado depois a Marinha e partido para a emigração.

sábado, 9 de julho de 2011

Para o ano há mais!

Depois de todas as fotografias que vos mostrei e das histórias que vos contei, resta-me dizer as últimas palavras e fazer as despedidas atá ao próximo ano, tal como fez o Comandante da Escola, pedindo desculpa por alguma coisa que tenha corrido menos bem e prometendo aprender com a experiência deste ano para que no próximo a festa seja ainda melhor.
Ele pode prometer isso, pois em cada ano que passa há uma nova fornada de jovens fuzileiros para refrescar e rejuvenescer o grupo. O nosso caso é que é um pouco mais triste, pois vamos ficando cada vez mais velhos, um dia já lá não apareceremos e ninguém dará pela nossa falta.
Mas é assim o mundo, as árvores caem, apodrecem e fecundam o solo para que as sementes nasçam e cresçam e cubram a Terra de novas árvores.



sexta-feira, 8 de julho de 2011

Preparar, apontar, fooooooogo!

Na mensagem anterior mostrei-vos a Carreira de Tiro onde aprendi a dar ao gatilho. Nesta mostro-vos a arma com que me ensinaram a fazê-lo, a Mauser. espingarda de repetição com capacidade para 5 cartuchos no municiador e mais 1 na câmara.
Abalei (como se diz no Alentejo) para Moçambique sem conhecer nem ter dado um único tiro com a G3. E foi na pequena Carreira de Tiro da Machava que me tornei um especialista no seu manejo. Com a arma à altura da ilharga eu era um barra com a G3. Mas arma a sério para tiro de precisão, não há dúvida nenhuma, era a Mauser.
-Ensarilhar, aaaaaaaaarmas!

Fotos com história!

Há ainda algumas fotos mais que trouxe de Vale de Zebro e vos quero mostrar também. Cada uma delas representa um bocadinho da minha (nossa) passagem pela Marinha e vale a pena olhar para elas uma vez mais.


Frontaria do actual Edifício do Comando da Escola de Fuzileiros que não existia no meu tempo.


Antigo Edifício do Comando onde existia o Gabinete do Comandante Cristino, no 1º andar (1ª janela da direita). Felizmente nunca tive que lá entrar, nem por boas nem por más razões.


Antiga Parada e lugar do Mastro da Bandeira, tal como o conhecemos em 1962. No lugar ocupado pelo autocarro que se vê na imagem, estacionou, na noite de 9 de Março de 1962, o camião com capota de lona que nos trouxera do Corpo de Marinheiros depois de realizadas as inspecções sanitárias e os exames de habilitações literárias que nos deram entrada na Armada.


Arcada que dava para o nosso Refeitório, Paiol de víveres, Escutaria e Cozinha. Foi neste local que ouvi pela primeira vez a ordem de «formar a dois» dada pelo Sargento Trindade, logo após ter descido do tal camião com a «Maca» que me acompanharia durante seis anos e meio, com duas viagens de ida e volta a Moçambique.


Cantinho onde ficava a nossa Barbearia e os Quartos de Banho onde fiz o meu primeiro serviço de «Plantão». Já não recordo se esse primeiro serviço foi "regular" ou por castigo, mas isso agora não interessa nada.


Com as árvores como pano de fundo pode ver-se a caserna a que dávamos o nome de «Dos Recrutas» em contraposição com a outra a que chamávamos «Dos Voluntários» e que era a minha, no 1º andar, por cima do Refeitório.


E, para finalizar, o lugar que fez de nós fuzileiros que é o mesmo que dizer «Técnicos do Fuzil», a Carreira de Tiro. Aqui aprendemos a dar ao gatilho e a familiarizarmos-nos com as armas de que dependeria a nossa vida dali em diante. Relativamente poucos fuzileiros travaram conhecimento com a Mauser, espingarda de repetição de calibre 7,92 que dava um coice capaz de pisar o ombro de quem não soubesse ajustá-la devidamente ao ombro. Eu fui um desses poucos e gostei da experiência.
Esta é mais uma das valências da Escola que está completamente posta de lado, pelo que pude perceber.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Questão dos mortos durante a comissão!

Por várias vezes, o Filipe Cruz, lá dos confins onde se encontra, se tem referido aos mortos em campanha (não quero dizer combate, pois quem morreu em acidentes ou por doença, morreu também em serviço) que foram sepultados no local onde faleceram e cujos restos mortais nunca foram repatriados.
Aproveitei o meu reencontro com os camaradas durante a festa do «Dia do Fuzileiro» para trocar algumas impressões sobre este assunto. Estou convencido que nenhum fuzileiro morto durante a Guerra do Ultramar foi abandonado no terreno ou sepultado em lugar menos próprio. Estive à conversa com vários filhos da escola que fizeram comissões em Angola e na Guiné e também eles são da opinião de que todos os mortos tiveram um enterro digno e em lugares devidamente identificados. Quero acreditar que assim aconteceu.



Ao passar no Museu do Fuzileiro e reparar na placa com o nome dos camaradas tombados em combate, resolvi fotografá-la para trazer aqui o assunto e perguntar ao Filipe se ele se refere à não exumação dos restos mortais e trasladação para os cemitérios das suas residências, ou se, pelo contrário, pensa ou sabe que alguns tenham sido deixados para trás. Acho que isto é um assunto que vale a pena discutir aqui, tentando esclarecê-lo dentro do possível. Pior que não saber a verdade é não querer sabê-la!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Deambulando pelo Bairro Alto!

Em 31 de Dezembro de 1962 foi encerrado, ordens do António de Santa Comba e do Cardeal das Cerejas, o negócio mais antigo do mundo no Bairro Alto, a prostituição. Dia triste para muita gente, a começar por aquelas que dali tiravam o seu sustento e das suas famílias, mas também para os muitos frequentadores daqueles locais, a começar pelos nossos camaradas de alcache e boné branco.
Felizmente, os meus primeiros meses na Marinha e o meu baptismo de Lisboa puderam ainda contar com o Bairro Alto em pleno funcionamento e disso guardo algumas memórias na minha bagagem. Mas não é desse bairro que vos quero falar hoje. O Bairro Alto que hoje vos vou descrever nasceu em 1964, entre a recruta de Março e a de Setembro, vindo esta última a tirar os três ao «mega-empreendimento» que nasceu do outro lado do "Lodo".
O lodaçal que se estendia desde a estrada nacional que liga Coina ao Barreiro até ao estuário do rio Coina, foi cortado ao meio por uma estrada de paralelos a unir as duas metades da Escola que, de repente, passava para o dobro do tamanho e capacidade para albergar 1500 militares. A ladear essa estrada foram montados postes de iluminação e neles pendurados altifalantes para permitir que as formaturas a percorressem marchando cadenciadamente ao som da Caixa que um Marinheiro Clarim fazia soar na Parada. Uma das coisas de que me lembro ainda era da confusão criada sempre que os marchantes deixavam de ouvir um altifalante e passavam a ouvir o seguinte, com um ligeiro atraso na propagação do som, obrigando toda a gente a acertar o passo.
Formatura ás 5 da tarde, na Parada, leitura da Ordem do Dia e toca a marchar até ao Refeitório, primeiro e maior edifício do Bairro Alto, onde se seguia o jantar, servido muito cedo para permitir uma nova formatura, a das Licenças, logo a seguir.
Uma de muitas recordações que ocupavam a minha mente enquanto deambulava pelos espaços que há muitos anos não percorria, mas que permanecem quase inalterados. Não fora o edifício construído ali onde antigamente tínhamos o nosso Campo de Futebol e poder-se-ia dizer que tudo continuava na mesma.
Enquanto fazia a digestão das duas sardinhas e do pedaço de entrecosto que me tinham servido ao almoço, as minhas pernas foram-me levando na direcção do tal Bairro onde passei os seis meses mais marcantes da minha vida na Marinha, passados em Portugal Continental, na Primavera e Verão de 1965. Foi o período que mediou entre as minhas duas comissões, ambas feitas em Moçambique. Período em que foi preciso dizer adeus a muitos camaradas que me tinham acompanhado até àquela data e travar conhecimento com outros que me acompanharam dali em diante. Período de namoros e engates que pouco rasto deixaram na minha memória de tão fugazes que foram.
Muitas, mesmo muitas lembranças, algumas delas tão particulares que não podem ser partilhadas com ninguém e ficarão para sempre escondidas nas sombras desse passado já muito distante. Os altos muros que nos tentavam isolar do mundo lá fora e o desafio que representavam para nós e nos levavam a saltá-los sempre que havia uma oportunidade. As «Misses» do outro lado do muro, as saídas sem licença, as idas até Palhais só para deitar o olho a alguém do sexo oposto, um turbilhão de memórias impossível de descrever, mas que sei ser entendido por quem por lá passou como eu.
E para não vos fazer sofrer mais, aqui vai a reportagem, tipo Virgílio Miranda, daquilo que os meus olhos viram e hoje está completamente votado ao abandono.