Esta semana, na terça-feira, foi dia de aniversário do Agostinho Maduro, filho da minha escola que que vive lá lá longe nas terras ricas e frias do Canadá. Mandei-lhe a minha mensagem de parabéns e ele retribuiu com uma chamada telefónica que nos manteve ao telefone por mais de meia-hora.
Falamos de nós e da família, da saúde e das maleitas que nos afligem. E, como não podia deixar de ser, falamos dos filhos da escola que são para nós como irmãos. O Agostinho tem sempre uma enorme curiosidade sobre os passos que eu dou na procura dos desaparecidos e desta vez a conversa versou, entre outros, sobre dois "voluntários" que supostamente fizeram comissão com ele no DFE4, em Angola.
O primeiro era o 16375 - Vitor Bastos que dava pela alcunha de «Casa-Pia». Não fui ainda capaz de o localizar para desfazer as dúvidas levantadas sobre a sua carreira na Marinha. No livro dos Fuzileiros que me tem servido de bíblia ele aparece como membro do DFE4, enquanto que na lista do organizador dos convívios desta Unidade aparece o 16573 - Francisco António Ferreira, levando-me a crer que haja uma falha na recolha dos nomes para o livro. A ver vamos como acaba a história.
O segundo era o 16272 - António José Pereira que dava pela alcunha de «Protestante» e que se evaporou por completo depois de duas comissões, uma em Angola e outra em Moçambique, e por mais que tente não consigo encontrar ninguém que saiba por onde andará ele. O Agostinho esteve a contar-me aquela história da granada que caiu "descavilhada" dentro do bote em que faziam patrulha e que o Zé Neto apanhou para atirar borda-fora para salvar a vida da equipa, explodindo-lhe na mão e levando-lhe um braço. Eu já conhecia essa história, mas não fazia a mínima ideia que a granada que causou este infortúnio ao Zé Neto tinha caído do cinturão do Protestante que agora procuro. Coisas da vida e ... da guerra!
E depois de meia-hora de conversa, mais uma vez parabéns ao filho da escola e ... até ao ano!
E a vocês que lêem isto ... bom fim-de-semana!
Recordo bem o Camarada Neto, que estava na Escola de Fuzileiros nos idos de 1965/66, suponho que tinha o posto de Cabo, e não era fácil passar despercebido, juntavam-se grupos á sua volta para saber como lhe tinha acontecido aquela tragédia.
ResponderEliminarUma braço
Virgílio