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domingo, 22 de dezembro de 2019

Feliz Natal !


Para todos os filhos da escola que me visitem desejo um
Feliz Natal e um Ano Novo cheio de prosperidades !!!

sábado, 10 de agosto de 2019

A terceira dimensão !

1416.64 - José Salvador da Paula

Partiu sem dizer adeus. Aveiro não é muito longe, mas nunca mais o vi desde o nosso encontro naquele restaurante de self-service na Gafanha da Encarnação, onde ele morava.
Recruta de Setembro de 1964, ele devia ter a mesma idade que eu. Foi comigo para Moçambique na CF8, em 1965, regressámos em 1968 e desde então nunca mais lhe pus os olhos em cima. Tivemos muito pouca convivência e pouco soube a seu respeito.
Soube, na altura desse convívio que eu próprio organizei, que ele tinha tido um acidente - salvo erro caiu de um andaime nas obras - e movimentava-se numa cadeira de rodas, desde então.
Muito sofreu e fez sofrer a família, durante essa fase da sua vida de incapacitado físico. Agora recebeu a guia de marcha para a terceira dimensão e já não sofre mais, pelo menos assim pensamos nós que cá ficamos.
Paz à sua alma, Deus lhe dê o descanso eterno !!!

quarta-feira, 24 de julho de 2019

O Cabo Martins!

Na «Revista da Armada» deste mês de Julho, na coluna dos falecidos, aparece o nome de um filho da minha escola, - 8554.62 - Joaquim Rosa Martins - que assentou praça na EAM, em Vila Franca de Xira, mas acabou como fuzileiro. Concorreu, fez o Curso de Fuzileiro Especial e partiu para a sua primeira comissão no DFE11. Pouco depois de regressar à Metrópole voltou para África incorporado no DFE3 e, finalmente, quase no fim da guerra, ainda fez uma última comissão na CF9.
Concorriam a fuzileiros aqueles que tinham ideia de fazer carreira na Marinha e procuravam ser promovidos mais rapidamente, uma vez que a Classe de Fuzileiros era nova e tinha muitas vagas por preencher. Acabado o curso recebiam as divisas de Marinheiro e dois anos mais tarde as de Cabo. A seguir, frequentar o Curso de Sargentos já requeria algum saber e nem todos lá conseguiam chegar. Foi o caso deste filho da minha escola que, pelo anúncio do seu falecimento, descobri que nunca passou de Cabo.
Agora recebeu a guia de marcha para o Reino de S. Pedro, onde as divisas não têm qualquer valor e para ter direito a um bom lugar e tratamento de excepção tem que mostrar um currículo pleno de boas obras e bom comportamento em geral na sua passagem pela Terra.
Descansa em paz, camarada !!!

sábado, 20 de julho de 2019

Perdeu a guerra ...!

... contra o bicho ruim que mais vítimas causa na humanidade, o cancro. Foram muitos anos a lutar contra ele, mas acabou por perder a última batalha, no passado dia 17, e com isso a vida.


Conheci o António Páscoa na Primavera de 1965, quando ambos começámos a frequentar o Curso de 1º Grau, na Escola de Fuzileiros. Eu tinha regressado de Moçambique, depois de 30 meses de comissão e ele de Angola, onde passara cerca de um ano na CF1.
Depois do curso, alistámos-nos, voluntariamente, na CF8 que estava a ser formada e no mês de Outubro, já com as divisas de Marinheiro nos ombros, embarcamos no Niassa rumo a Lourenço Marques. Ali passámos o primeiro ano de comissão e depois rumámos ao Lago Niassa, onde decorreu mais um ano no nosso tempo de comissão nessa Unidade de Fuzileiros. Antes de embarcarmos no Vera Cruz, de regresso a Lisboa, ainda decorreram mais dois meses passados no Quartel da Machava, a casa dos Fuzileiros, em Moçambique.
Só há cerca de 8 anos retomei o contacto com ele, através dos convívios anuais da Companhia de Fuzileiros Nº 8. Desde então encontrámos-nos várias vezes e recordámos os bons tempos vividos em conjunto. Agora, isso não mais será possível, ele recebeu a guia de marcha para a última viagem, aquela de onde ninguém regressa, e eu fiquei para trás, à espera que a minha vez chegue.
Adeus, Cabo Páscoa, que Deus tenha piedade da tua alma e te reserve um bom lugar junto a ele !!!

sábado, 25 de maio de 2019

A CF8 ficou mais pobre!

Procurei em todos os cantos do meu baú e não encontrei uma foto decente do Sargento Costa para ilustrar esta comunicação do seu falecimento, esta semana (não sei o dia exacto).


Assim, decidi usar esta foto de grupo, onde ele aparece, à esquerda, por cima da cabeça do Zé Carlos (Gato) que é o primeiro, em baixo, do lado esquerdo. Os outros camaradas sargentos que aparecem nesta imagem - Patrão e Fonseca (Mano Chico) - são também já falecidos, assim como o Cabo Carlos Alberto que está ali a espreitar do lado direito. Fica no comando desta rapaziada que continua a lutar para não embarcar na última viagem, o Tenente Ribeiro que era o comandante do meu pelotão.
A foto foi tirada numa visita à fábrica de cerveja do Vale do Infulene, a 2M, e eu não apareço na foto, portanto devia estar de serviço, ou ter encontrado algo mais interessante para fazer.
Do sargento José Costa não tenho muito a dizer, nem bem nem mal. Nunca privei com ele e não me lembro de ter feito qualquer serviço, ou saída para o mato, no Niassa, com ele. Lembro-me de ele ter levado com um invólucro de munição da G3, na carreira de tiro da Machava, e ter ficado com um defeito num dos olhos.
Agora, recebeu a guia de marcha para o último destacamento da sua vida, assinada pelo punho de S. Pedro. As encrencas deste mundo ficaram para trás, que Deus lhe dê o eterno descanso.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Foi-se, sem dizer adeus!

Há cerca de duas semanas (não sei o dia exacto) o camarada Américo Pinho partiu desta vida sem aviso prévio. Rapaz bem disposto, sempre pronto para uma boa risada, ele teve uma ligação especial comigo por causa deste blog. Enviou-me uma série de fotografias da sua comissão em Angola, na Companhia de Fuzileiros Nº 1, a primeira a pisar terras de Angola, em 1962, cerca de um ano depois do início da actividade terrorista naquela província ultramarina. Fotografias que aqui foram publicadas e mereceram os comentários de alguns dos seus camaradas daquela Companhia.
Também não sei qual foi a causa da morte, pois a comunicação que a sua filha fez não falava nisso, nem isso tem grande importância, mas nunca me constou que estivesse doente. Era grumete voluntário da escola de Setembro de 1961 (não me recordo do número de matrícula, mas era pouco mais alto que o 15.555) e foi incorporado na CF1 logo que acabou o ITE.

Em Angola, durante a comissão.

Em 2017, na Escola de Fuzileiros
onde nunca mais voltará

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Mais uma baixa na CF8!

Arlindo - 4º da direita com a fita da MG42 ao ombro

Publicada que foi a «Revista da Armada» do mês de Fevereiro, tomei conhecimento da partida de mais um camarada da Companhia de Fuzileiros Nº 8, na sua comissão de 1965 a 1968, em Moçambique, o Arlindo Almeida Oliveira, NMA 7847.61 que era Cabo Fz nessa altura.
Ele tinha já feito uma comissão em Angola, na CF1, com outros camaradas que se juntaram também na CF8. Publiquei também este aviso no Facebook, na página dos «Filhos da Escola», por onde passam muitos mais visitantes do que por este esquecido blog.
Terminou a sua passagem por este mundo-cão. Que descanse em paz!