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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Há muito, muito tempo!


Hoje encontrei esta fotografia no meio das minhas velhas recordações dos tempos da Marinha. Foi tirada no Algarve, na zona de Faro, durante os exercícios de fim do Curso de 1º Grau, no verão de 1965. Estávamos acampados no meio de um campo de milho e usávamos a água desta nora para fazer a barba e outras coisas ligadas à nossa higiene pessoal. Ao fim de 50 anos estas recordações parecem tão distantes como o planeta Marte. Se não tivesse a fotografia para o provar até eu próprio começaria a duvidar se de facto estive ou não no Algarve nessa altura.
Mas depois de muito espremer a massa branca do cérebro começam a surgir as imagens das nossas marchas debaixo de um sol tórrido de Julho por entre figueiras, alfarrobeiras e romãzeiras. E depois as noites passadas nos grandes botes de borracha (americanos) de pangaia em punho remando na Ria Formosa tentando surpreender o inimigo que se acoitava entre os juncos das ilhotas.
E lembro-me de ter visto nessa altura, pela primeira vez na minha vida, a água do mar a arder. Chama-se assim a um fenómeno que faz a água brilhar quando se arrastam os nossos dedos com alguma força pela água do mar, durante a noite. Também os salpicos das pangaias, ao entrar e sair da água, produzem o mesmo efeito.
Foi há muitos anos, mas afinal ainda me recordo de alguns pormenores!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

De férias na guerra!


A viagem de Lourenço Marques até Nacala a bordo do Império não podia ter corrido mais mal. Atafulhado de tropa com destino ao norte de Moçambique, não houve lugar nos beliches para o pessoal da CF8. Mandaram-nos arrumar a tralha onde fosse possível (não esquecer que naquele tempo andávamos sempre com a maca às costas) e dormir nos corredores ou no convés. Refilamos, confrontamos o nosso 2º Comandante com a nossa condição de pessoal da Marinha e a prioridade  que isso nos deveria garantir, mas nada adiantou. Para mim, em particular, foi mais um degrau na ladeira que tinha começado a descer desde o dia em que saímos de Lisboa.
Como vingança resolvemos levar do navio tudo aquilo que nos pudesse ser de alguma serventia. Eu carreguei com as toalhas de banho a que consegui deitar a unha. E que jeito me fizeram depois, em Nacala, naqueles fantásticos 17 dias que lá passámos à espera do transporte que nunca mais aparecia. O avião para nos levar até Vila Cabral nunca mais chegava e nós íamos aproveitando o tempo o melhor que podíamos. Era só praia, comer e dormir. E depois acabámos por ter que fazer a viagem de comboio até ao Catur.
Do Catur até Metangula foi uma saga que aqui já descrevi e não quero repetir. Viagem de alto risco, mas que acabou por correr bem, não houve incidentes com o IN nem acidentes de percurso. Podia ter sido bem pior. Pouco tempo depois, uma Companhia do Exército foi emboscada nesse percurso e teve tantas baixas que acabou por regressar à Metrópole para curar as mazelas dos que salvaram o físico, mas ficaram com a moral em frangalhos.
Felizmente, este ex-combatente escapou ileso e continua por cá para vos contar estas histórias.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Não há boa pescaria sem engodo!


Aqui está uma mão cheia de filhos da minha escola (Março de 1962) no dia em que comemoramos os 50 anos da nossa incorporação na Armada. Quantos deles aparecerão na Quinta Nova, no próximo dia 9 de Junho, para comemorarem mais um ano de vida? Daqui em diante, cada ano mais que possamos contar é uma vitória e merece ser comemorado condignamente, por isso aparece!
Se o Fernando «Évora» ler este post, chamo-lhe a atenção para o Sérgio Rego que aparece do lado esquerdo da foto, de gravata vermelha.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A foto prometida!


Fuzos ao volante pelas estradas da Europa. Quando algum membro da "família" se cruza com eles dá duas buzinadelas de saudação e viaja/regressa no tempo até à Escola de Fuzileiros e á sã camaradagem daqueles tempos. Os fuzileiros foram uma verdadeira família para muitos jovens na era conturbada da Guerra Colonial e isso não esquece nunca.
Boa viagem »Filho da Escola»!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Fazer pressão é o segredo!


Como está chegar a altura de um novo convívio, vamos lá começar a mentalizar as massas que é preciso irem tratar do reumático para se poderem apresentar na melhor forma, quando chegar o dia.
Ainda faltam 4 meses, mas o tempo passa depressa e a nossa velocidade já não é a de outrora.
Como nota especial devo confessar que escolhi a cara do Hipólito para ilustrar esta mensagem (além do A.Augusto, Vasco e Magalhães, é claro) por ter sido ele o primeiro a responder afirmativamente ao convite que lhe enviei por mail.
Vamos a isso pessoal. Toca a passar palavra. Filhos da Escola de Março de 1962, honoráveis septuagenários, reúnem-se em convívio mais uma vez, no próximo mês de Junho. Mais pormenores logo que os haja.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

E esta, hein!

Acabei de receber esta foto do Belmiro Correia com uma pergunta muito simples de responder.
- Conheces este lugar?
É claro que é simples, mas só para quem esteve lá!


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Matutando na vida!


Não há ninguém que reconheça esta praça?
Ele hoje tem:
Menos cabelo
Mais barriga
Necessidade de usar óculos
E muitos anos mais a pesar-lhe em cima dos ombros
A foto foi tirada em 1967 junto ao pequeno cais das bombas de água, por baixo da Torre do Farol. Havia por ali uns quantos jacarés pequenotes (menos de 1 metro de comprimento), mas ninguém lhe passava cartão nenhum.
Não se nota pela descontracção do fotografado?
E quem é ele afinal?