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quarta-feira, 30 de março de 2016

Turras? Quantos? Onde?


Tudo o que consigo ver nesta fotografia é o cu de uma rapariga Nyanja que tem sobre si dez pares de olhos gulosos. Uma secção de fuzileiros com total desleixo no que respeita às questões de segurança. Mulher, ou a falta dela, era um dos maiores problemas que as nossas tropas enfrentavam, naqueles tempos da Guerra Colonial e bastava haver uma por perto para se esquecerem todos os procedimentos de segurança.
Felizmente, a CF8 foi para a guerra e regressou com um ferido ligeiro apenas, um tornozelo perfurado por um estilhaço de uma mina, o que é, para todos os efeitos, o que mais nos importa recordar. O resto é passado e já completamente esquecido!
P.S. - Escolhi esta fotografia por nela aparecerem uma quantidade de camaradas que na sua maior parte nunca compareceram a um dos convívios organizados por mim.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Tiro com morteiro!


Até podia ser no tempo da CF2, pois todos eles fizeram parte dessa Unidade de Fuzileiros, mas, de facto, esta foto foi tirada no tempo em que a CF8 esteve na Radionaval da Machava, talvez no ano de 1966. Tal como aconteceu comigo, o Valter, o Paixão e o Tony Trincão repetiram na Companhia de Fuzileiros Nº 8 a comissão que já tinham feito na primeira Companhia de Fuzileiros que foi destacada para Moçambique, cerca de dois anos antes de começar a luta armada, a Nº 2.
A imagem retrata um dia de instrução em que o tiro com morteiro foi o objecto da aula que se seguiu a esta pose para a fotografia. Dos três é o Paixão que está em melhor posição neste momento. O Valter está mal física e moralmente, enquanto que o Tony já partiu deste mundo, há cerca de 7 anos. Eu faço as despesas da conversa e vou-me aguentando como posso, valha.me isso!

quarta-feira, 2 de março de 2016

O Mano Chico!

O que seria ele antes de ser fuzileiro? Eu não sei, mas talvez o Moisés que privou com ele mais de perto me saiba esclarecer. O que eu sei é que com aquele aspecto franzino e a falta de cabelo, ele parecia mais o nosso pai que um camarada de armas. Em 1965 foi incorporado na Companhia de Fuzileiros Nº 8 e seguiu comigo para Moçambique. Era um bom homem, nunca ouvi fosse quem fosse queixar-se de ter sido prejudicado pelo «Sargento Fonseca».
Hoje, ao abrir a Revista da Armada, foi o primeiro nome que me saltou à vista, 3884(55) Francisco Duarte Fonseca, na lista dos falecidos. Sei que ele morava (ou morou) na zona da Cova da Piedade/Cacilhas, mas nunca consegui saber a morada dele para o convidar a juntar-se a nós nos convívios anuais. Agora já não interessa mais, pois não poderá ... mesmo que quisesse muito.
Não sei se no outro lado, onde o S. Pedro é quem manda, também se juntam os amigos em convívio, mas se isso acontecer é ele que agora tem que esperar por mim. Ao Mano Chico, era assim carinhosamente tratado por todos, desejo que descanse em paz!