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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Heróis - Fuzileiros - Moçambique!

O Américo Pinho foi contactado por uma senhora que mora em Singapura e é filha de um dos nossos camaradas caído em combate em Moçambique. Possivelmente, tudo que ela quer é saber se a memória do seu pai é lembrada por algum dos ex-combatentes que foram seus camaradas, de recruta, de Unidade, ou que tenham estado em Moçambique ao mesmo tempo que o seu pai. Para responder a essa pergunta fui consultar o "Livro dos Fuzileiros" que é a minha única ferramenta de trabalho e decidi fazer um resumo de todos os mortos, em Moçambique, durante a Guerra do Ultramar. Assim servirá para ela e para quem estiver interessado neste tipo de informação.
Como poderão ver pela fotografia que junto, na placa existente no Museu do Fuzileiro aparecem apenas 12 nomes, enquanto que na minha lista são 23. E porquê? Porque segundo os dados recolhidos pelo autor do livro, só aqueles 12 morreram de facto em combate. Os outros morreram em acidentes, quer durante as operações quer fora delas, havendo ainda outros que morreram em acidentes fora de serviço. Segundo a minha maneira de ver a coisa, todos eles morreram porque alguém os enviou para lá por causa da guerra. Se tivessem ficado sossegadinhos, em suas casas, talvez ainda hoje fossem vivos.



01 – 4132 - Alexandre da Silva Martins – 2º Sarg – DFE1 – 01 JUN 65

02 – 1029/64 – Dionísio Lázaro da Silva Santos – 2º Gru – DFE12 - 21 AGO 65

03 – 6355 – Manuel Magrinho Caixeirinho – Cabo – DFE5 – 23 MAI 66

04 – 9626 – António Pereira Ferreira Novo – Mar – DFE9 – 21 FEV 68

05 – 6495 – Adelino Octaviano Stoca Ruas – Mar – DFE1 – 24 MAR 68

06 – 540/66 – Manuel Ferreira da Silva – 1º Gru – DFE1 – 24 MAR 68

07 – 1310/66 – Valdemar Fernandes Carvalho – 1º Gru – CF4 - 31 AGO 68

08 – 9315 – António Lino Jorge – Mar – DFE9 – 17 JAN 69

09 – 5874 – Manuel José Póvoa Martins – 2º Sarg – DFE9 – 17 JAN 69

10 – 4882 – Manuel Joaquim Borges – 1º Sarg – DFE4 – 26 AGO 69

11 – 1356/67 – José Serpa da Rosa – 1º Gru – DFE9 – 27 FEV 70

12 – 1412/68 – Maximiano Marques Sabroso – 1º Gru – CF1 – 16 FEV 71

13 – 2582/69 – Narciso Jorge dos Passos – 2º Gru – DFE7 – 25 FEV 71

14 – 1437/69 – João António Machado – 1º Gru – DFE2 – 01 OUT 71

15 – 2155/68 – António Manuel Sertório – Mar – DFE11 – 14 JAN 72

16 – 1498/65 – Francisco José Mira Cardoso – Mar – DFE11 – 13 MAR 72

17 – 171/67 – António José Parreira Salgueiro – Mar – DFE9 – 16 MAR 72

18 – 277/69 – António Rodrigues de Campos – Mar – CF10 – 10 FEV 73

19 – 997/71 – Joaquim dos Santos Batista – 1º Gru – C.Naval – 25 AGO 73

20 – 560/70 – Joaquim Cardoso Figueiredo – 1º Gru – CF9 – 26 SET 73

21 – 794/70 – Joaquim da Silva Correia – Mar – DFE3 – 10 DEZ 73

22 – 97/68 – Manuel Brito Rega – Mar – CF10 – 05 MAR 75

23 – 1062/70 – Luis Manuel Diogo Carneirinho – Mar – DFE10 – 03 MAI 75

4 comentários:

  1. Falta a identificação do falecido para avançar com a ajuda.Marinha,
    Fuzileiro, ou outros ramos?
    Aproveito para informar que a CF2
    Moçambique 1970/72 comemorou mais
    um aniversário num almoço de convivio na Associação FZ(AFZ)no passado Sábado 17NOV.
    Abraço Fuzo.

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  2. Ontem mesmo falei (via Skype) com um elemento da CF2 (Alfredo Espinho) o qual me informou que de ano para ano, nota-se uma menos afluência de camaradas, assim como o nosso Comandante Silveira Pinheiro que por motivos de saúde não compareceu... De qualquer das maneiras deu para matar saudades... Um abraço a todos.

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  3. O falecido a que me refiro na mensagem é o número 5 da lista, ou seja, o Adelino Ruas.

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  4. Oportuna e pertinente observação. Por acidente ou em combate, se não os tivessem mandado para lá não figurariam hoje na lista dos mortos.Será justo no entanto lembrar que alguns ofereciam-se como voluntários para ir, dos quais um ou outro tombava. Tenho presente, entre mais, o mar. FZE Salgueiro (cuja imagem depois de morto me marcou para sempre), que após uma comissão na Guiné se ofereceu para Moçambique porque queria ir buscar dinheiro para se casar. A irreverência próppria da juventude (muito bem aproveitada por quem domina o Mundo, em seu proveito) e o fascínio pela aventura não deixam de ser aproveitadas pelos profissionais das guerras. Voluntários ou compelidos, esse facto não invalids a ideia central deste diálogo: se não houvesse lá guerra não teriam ido; não tendo ido, possivelmente ainda hoje cá andariam.

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