domingo, 30 de novembro de 2008
Armas actuais em comparação!
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http://www.youtube.com/watch?v=2v3zCcvOb_E
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Bom fim de semana!
O Leiria e o Barreiro!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Marujos e Amigos
Fuzileiros Especiais
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Professor Ricardo Ferraz
Pois, o Professor Ricardo Ferraz faleceu há cerca de dois anos. Soube que teve um acompanhamento condigno no seu funeral por parte do Corpo de Fuzileiros e também de representantes do Sporting. Para o lembrar e levar ao conhecimento dos nossos camaradas e demais visitantes deste blog, testemunhamos o nosso apreço e homenagem ao Marinheiro e ao preparador de várias escolas e gerações fuzileiros.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Um dia em Lisboa
Este dia em Lisboa foi agradavelmente passado na companhia do nosso filho da escola, Agostinho Maduro e Mimi, sua mulher. Estávamos a meados de Abril do corrente ano e o dia bonito, com muito Sol. Fomos até Cascais e almoçamos por lá. Estivemos nos Jerónimos e calcorreamos Lisboa como uns jovens ávidos de ver todos os seus encantos e novidades. Do Terreiro do Paço a Rua da Madalena, Igreja de S. Vicente, Sé Velha, miradouro da Santa Luzia;, do Castelo de S. Jorge até a Praça da Figueira, Rossio, Restauradores, Chiado, Largo do Carmo, do Camões ao Trindade... Foi um dia em cheio. Valeu a pena e tudo vale a pena ...
Este vídeo circulou no blog anterior a este que deixou de existir. Dado o seu interesse, procedi à sua republicação. Espero que gostem, até porque Lisboa - capital do nosso País - é na verdade muita bonita!
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Encontros e Convívios. Primavera 2008
É o sonho da vida que se renova e ao renovar-se se transforma num sonho ainda mais doce e nessa medida mais puro. Todos nós nos transfiguramos com o passar da idade; com a experiência de vida. Somos pais, tios ou avós…Umas vezes, já não temos as mesmas certezas, nem o pragmatismo de outrora; outras vezes, é o coração que parece mandar mais do que a razão, e manda sempre que uma criança sorri!
Os nossos encontros e convívios são as aventuras de sonhos contados e a promessa de novos sonhos que há-de vir!
As imagens do vídeo que se segue foram a nossa Primavera de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
Passeio Lisboa-Cascais
O passeio começou precisamente pela visita ao Palácio Nacional de Queluz que, passo a publicidade, vale a pena visitar não só por se tratar de um monumento nacional como pela sua história e beleza.
No caso do Comandante Pascoal Rodrigues e a esposa era uma visita que fazia todo o sentido histórico. Havia uma ligação da família Real Portuguesa ao Brasil. Depois, a coincidência do Fuzileiro nº 1, da época actual, residir há vários anos no Brasil e da sua esposa e filhas serem brasileiras.
O Palácio de Queluz (antiga Casa do Infantado por Alvará Régio de D. João IV de 1664) foi residência oficial da Família Real em 1794 e D. Pedro IV nasceu nele em 12-10-1798.
Em 1807 a Família Real parte para o Brasil, escoltada pelos fuzileiros portugueses. D. Pedro vem a ser o primeiro Imperador do Brasil e só por razões históricas muito fortes retornou a Portugal, vindo a falecer no mesmo quarto onde nascera em 1834.
sábado, 22 de novembro de 2008
Aonde param estes filhos da escola?
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Um homem só não vale nada!
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Almoço do 1º Encontro do DFE4 de 2005
A realidade agora é outra: trata-se do regresso a Lisboa e a Vale de Zebro, 40 anos depois ( 1965-2005). Agora, a continuação das fotos do nosso almoço:
Almoço do 1º Encontro do DFE4 de 2005
A entrada do Restaurante – José Trigo e Galvão (controlo…);
Panorâmica geral do interior
Almirante Leiria Pinto, Almada e Frei Paiva Boléo
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Frei Paiva Boléo. Outros combates!
O 2º tenente Paiva Boléo foi Imediato do 4º Destacamento em Angola (1963-65), e quando o Comandante Pascoal Rodrigues regressou a Lisboa, substituiu-o no Comando. Quer numa quer noutra das situações foi sempre igual a si próprio. Irrequieto no sentido de que nunca dava descanso ao pessoal. As operações pelo mato adentro, à procura do inimigo, eram uma constante. Muito capim se desembaraçou com os braços, se desbravou com o corpo e se pisou com os pés até se alcançar os objectivos assinalados nos mapas pelas coordenadas previamente traçadas. Geralmente, o inimigo já lá não morava; nunca morou ou já se tinha ido embora; ou as informações não eram fidedignas. Qualquer que tenham sido os motivos que nos levava por esse capim fora, e pelas picadas infindáveis, a verdade é que nós, no DFE4, nunca fomos atacados no Norte de Angola. Provavelmente porque não nos acomodávamos às situações ou porque assim aconteceu.
Do ponto de vista disciplinar, o pessoal mantinha o seu nível: cumpria todas as ordens que militar e hierarquicamente lhes eram exigidas e respeitavam o seu Imediato.
Também ele era disciplinado e uma pessoa correcta, como se costuma dizer, tinha bom íntimo. Acho até que o tenente Paiva Boléo era generoso.
Tinha lá as suas coisas…era um tanto picuinhas, miudinho… Aliás, o apelido de guerra de «O Gafanhoto», primeiro e de «Picadas» depois, é ou era um pouco reflexo da sua meneira de ser! Creio que não era só o Guilhermino que pertencia a FNAC – Frente dos Apanhados pelo Clima. Creio que todos nós contribuimos com uma quota. Assim já deve ficar mais bem composto e talvez o Frei Paiva Boléo não me mande penitenciar…
Depois do regresso de Angola, a maioria do pessoal só voltou a encontrar-se 40 anos depois: 5 de Março de 2005. Neste 1º Encontro foi prestada Cerimónia Religiosa pelo Frei Paiva Boléo, coadjuvado pelo Capelão Licínio do Corpo de Fuzileiros.
Foi uma cerimónia inédita em que não faltaram alguns instrumentos usados na guerra como a G-3 e a granada, expostas numa mesinha ao lado, para mostrar e explicar depois a alguns dos presentes. Assim, foi referido que A G-3 e a granada eram as nossas companheiras de guerra e a levávamos para todo o lado; até dormíamos com elas (só não se fazia amor…).
A este propósito, um filho do nosso camarada Fernando Bento de Sousa (16399, no blog 4DFE-fuzileiros descreve, de uma forma elucidativa, as impressões e a intervenção do frei Boléo:
Conheci esse homem, no dia em que acompanhei o "16399" a Vale de Zebro. À primeira vista mais um "Fuzo" com uma barriga e barba. Então foi-me apresentado como tendo sido o Imediato do DFE4, e agora era Sacerdote missionário na Bélgica. Pareceu-me de imediato que todos aqueles Ex. Fuzos o admiravam. Findas as Honras Militares, lá fomos nós para a Missa.Será que foi uma missa, ou um reviver do passado, de todos aqueles homens? Reviver, pois lá estavam a G-3, a "Amante" e a Granada.Nunca imaginaria, se visse aquele homem, aquele Sacerdote num qualquer altar, sem o conhecer, ver a sua destreza em lidar com a G-3. Quem diria que ele foi Oficial FZE!As histórias, por ele contadas comoveram a assistencia, pois lá encontravam-se as esposas destes homens.Ouvir o Imediato, contar a visita do Alm. Américo Tomáz, e as medidas por ele tomadas, ao impedir que as nativas, não fossem saqueadas, para não colocar mais pólvora na fogueira....
Mas o que mais me impressionou, foi ele contar, que um Fuzo Negro, que estava destacado num posto avançado, no desespero da sua solidão, um dia deu um tiro em si próprio, na cara. Trazido no "Zebro" para Stº António do Zaire, o médico que o recebeu, não o queria tratar.Não me custou imaginar que aquele Oficial FZE, ao ver a situação de recusa por parte do médico, em tratar aquele Soldado, tenha puxado da Walter, e tenha dado a escolher ao médico, entre tratar o paciente, ou levar um tiro na cabeça. Acredito que ele o tivesse feito.
Frei Paiva Boléo, penso que seja um grande HOMEM.
Gostei de o conhecer!
Nós que estávamos ali não éramos a brigada do reumático, nem temos nada a ver com isso, muito embora já se tenha algum reumático…
A nossa presença ali na missa - lembrou Frei Paiva Boléo - era em nome de alguém, da família ou até de um País... No nosso caso era em nome do pai (…do filho e do espírito santo. Ámen)
Era a primeira vez, desde há quarenta, que estava agora aqui connosco a celebrar a eucaristia. Agora noutras circunstâncias!
Hoje com outras armas e outros combates. Seguidamente, revela-nos uma inconfidência de há vários anos. Por que razão tinha ido para Padre! - Porque passara centenas de horas nos postos do Zaire e Cabinda a observar que a maioria de nós jovens, sendo crentes tinha uma ideia tão triste de Deus; tão pouco crente.Que era mais própria de ateus do que de cristãos. Também, quando andou a percorrer o País foi essa a ideia com que ficou dos crentes.
Para mim, foi mais uma referência humana que guardo com estima.
Um grande abraço para si,
domingo, 16 de novembro de 2008
Amizade. Filhos da Escola.
O João Sequeira Garcia (16 298), revelou-se ser um deles desde o tempo da recruta e do I.T.E. na Escola de Fuzileiros, em Vale de Zebro. Tínhamos as camaratas próximas, na Caserna de todos nós. Naturalmente, conversávamos os assuntos relacionados com a idade e a nossa condição de voluntários na Armada e nos Fuzileiros. Tínhamos sido incorporados em Março de 1962, e atendendo as nossas idades (entre os 16 e 18 anos) tínhamos o estatuto de alunos. Os mais velhos - três ou quatro anos - não tinham o estatuto de alunos mas eram igualmente voluntários. Aliás, era lema na Marinha que: para a Marinha só iam voluntários. Lembram-se disso? Uns e outros, desde que pertencentes à mesma incorporação, designam-se por filhos da escola.
O nosso vencimento como 2º grumete era de 60$00 por mês. Foi numa altura dessas – recruta ou I.T.E. – que o meu relógio de pulso se avariou: uma corda partida ou coisa parecida. Era o meu primeiro relógio, comprado por mim antes de me alistar, custara-me 250$00. Era de origem Suíça, tinha a marca cauny prima, com 17 rubis, dourado e de calendário: a grande novidade à época. Sei que falei neste assunto ao Garcia, com a intenção de procurar alguém para me reparar o relógio. Lembro-me que, depois de indagar, ficar a saber que o seu arranjo (orçamento) importaria em 20$00; que sendo assim aguardaria pelo fim do mês. O João Sequeira disse-me logo: eu tenho dinheiro, pá! Manda já arranjar o relógio e depois pagas-me quando puderes! Assim aconteceu: o relógio foi de imediato arranjado e no fim mês paguei logo a dívida, como era meu dever. Lembro-me que no mês seguinte tive que me governar com 40 paus mas lá me aguentei. Agora o importante, o importante mesmo para mim, foi a atitude espontânea deste nosso filho da escola.
Anos mais tarde, talvez em meados de 1993, ia a passar na baixa em Lisboa, para apanhar qualquer transporte, com a minha mulher, e ouço atrás de mim uma buzina de táxi que parou depois à minha beira e perguntou-me: Ouça, você não foi fuzileiro… Olha lá, tu não eras o número 16291? Também o reconheci logo, apesar das barbas. O Garcia era industrial de Táxi (trabalhava por conta própria), morava em Sacavém e ainda me deixou um cartão com o contacto dele quando o percurso terminou. Não marcou a quilometragem nem quis aceitar cobrança. Não o procurei e devia fazê-lo. Eu,naquele momento andava muito "por baixo". A minha mulher tinha um cancro, fora operada e estava a passar muito mal com os tratamentos. Em Fevereiro do ano de 1994 faleceu. De qualquer modo, nunca esqueci os amigos. Mesmo que não eu apareça, eles estão sempre comigo.
Como terá escrito Jean de La fontaine: A amizade é como a sombra na tarde - cresce até com o ocaso da vida.
Obrigado, João Garcia!
Um grande abraço
Carga máxima!
Aspirantes a Fuzileiros
Norte de Angola
sábado, 15 de novembro de 2008
O seu a seu dono: David Sousa
Histórias. O Mix
A razão por que o Ramiro Enxuto passou a ser conhecido por MIX, é do conhecimento de todos os camaradas do DFE-4º., por ser muito guloso. Quando íamos para o mato alimentávamos da famosa ração de combate, composta por latas de conservas, bolachas rijas como cor… e umas bisnagas com doce para remate final: era a sobremesa! Lembro-me que uma dessas bisnagas tinha o nome de trimix - espécie de leite condensado - que o Ramiro devorava sempre sem nunca se enjoar: comia a dele e a dos companheiros. Daí a alcunha de mix.
Certa ocasião, o Ramiro que estava de férias na sua terra, lembrou-se também de convidar o filho da Escola Manuel Joaquim Martins (16 509) para lá ir passar uns dias com ele. O Martins aceitou. Durante aquela estada, o Ramiro Enxuto pensou em visitar o pai ao Quartel com o amigo convidado. Lá foram os dois, o pai recebeu-os bem, fez as honras da Unidade, mostrou o local da parada, os alojamentos, Refeitório, etc. Passado algum tempo, a visita chega ao fim e despedem-se. Agora, há que regressar a casa, mas como, a pé? Esta ideia não agradava nada ao Mix. Só que ele, logo que o pai virou costas, viu uma bicicleta largada na parada, junto ao Portão de Armas! não pensou duas vezes: agarrou na bicicleta e vieram os dois montados nela até casa…
Esta história foi contada pelo Martins, 40 anos mais tarde que me disse: Hé, pá... o pai do Mix não gostou mesmo nada dele ter feito aquilo. Pudera!
O Mix era de facto diferente da maioria.
A arma, G-3 que trazia consigo também já não era a de origem. Tinha-a perdido, creio que caído ao rio, e não sei se foi só uma vez...
Curiosamente, esteve em Angola - como civil - e o Almada também, mas nunca se encontrarem. Segundo o próprio Mix, depois da Independência de Angola, foi recrutado pelo MPLA. Não entrou em pormenores mas esteve para ser fuzilado, num pelotão de fuzilamento, com uma bala na câmara apontada para ele! – Contou este facto, na maior descontracção. Se bem o conheço, nem terá manifestado qualquer medo. Uma pouco naquela: que se lixe…
Todos nós gostamos de ver o Mix, que hoje mora na Figueira da Foz: É operador na Câmara Municipal e tem uma filha com nove anos e outra casada. A sua história de vida daria, estou certo, um bom romance. Quem sabe, um dia…