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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

FAMÍLIA DE LOUVAR!


É mais do que merecido, é mais do que justo, é uma honra para mim ter a liberdade de poder expressar num post o meu sentir sobre a tua louvável família! Não era fazer-vos justiça, um simples blogue, mas sim um merecido “post” a reconfirmar mais uma vez o excepcional valor que nós e a Pátria vos reconhecemos! Desta forma, se me é permitido, quero reintroduzir o artigo: “Família de Louvar”, por mim antes elaborado, e o teu tão generoso elogio de retribuição à minha !
Obrigado amigo.
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É admirável o envolvimento de quatro jovens da família do Carlos, na Ditosa Briosa. Eis, talvez a razão porque ele vive o ambiente da Marinha na mais alta dimensão! Faço ideia lá em casa, o envolvimento dos seus pais, e toda família, no dia-a-dia de quatro marujos! Ali, com certeza que se vivia, falava e até se discutia, sobre tudo o que era Marinha, Marujos, Fuzileiros, Comissões e não só. Simplesmente louvável! (…)
No meu caso, éramos seis filhos sendo quatro rapazes os mais velhos. Eu, sendo o segundo mais velho, mas porque fui voluntário ainda com 17 anos para a Marinha, como todos vós sabeis, fui o primeiro de casa a ingressar nas Forças Armadas. Infelizmente o meu irmão mais velho foi voluntário para o exército como miliciano. Digo voluntário, porque tendo os pés chatos foi-lhe proposto, poder ficar livre de cumprir o serviço militar. Para ele seria um desânimo total, o não poder cumprir a tropa como todos os outros. Ali e na hora, pediu ao médico inspeccionador, se mesmo assim poderia ingressar na tropa. O médico perguntou-lhe se estava mesmo interessado em prosseguir, mesmo com mais dificuldades no caminhar; respondeu de imediato que sim, e lá foi. Tirou o curso de minas e armadilhas, foi para a Guiné. Estava lá há um mês ou dois quando, no dia que morre o Presidente Kennedy em Texas, USA, morre o meu irmão também, numa emboscada. Para mim foi chocante, ao ponto de ter andado desorientado por umas quantas semanas, muitas vezes ia dar comigo a chorar lá pelos cantos da Rádio Naval.
Para a minha mãe, foi a morte total de sua alegria para o resto da vida, tal sofrimento, vem a abrir as portas para a maldita doença do cancro que, nela se instalou e a vem a vitimar 22 anos depois.
O irmão que me procede vai como cabo escriturário para a Angola, regressando sem envolvimento em combate. O mais novo conseguiu evitar as Africas, pela simples razão de que foi considerado amparo de mãe.
Claro, de maneira alguma quero comparar as duas famílias mas, contudo, não quero descurar o facto de que parte a parte o sofrimento é ilimitado. Mais tarde se me for permitido, darei seguimento ao assunto o qual tem elo de ligação quanto à evolução dos acontecimentos que comigo se desenrolaram na Companhia 2 de Fuzileiros.
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Sem Mais, a todos um grande abraço.
Artur/Leiria"

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