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quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Questão dos mortos durante a comissão!

Por várias vezes, o Filipe Cruz, lá dos confins onde se encontra, se tem referido aos mortos em campanha (não quero dizer combate, pois quem morreu em acidentes ou por doença, morreu também em serviço) que foram sepultados no local onde faleceram e cujos restos mortais nunca foram repatriados.
Aproveitei o meu reencontro com os camaradas durante a festa do «Dia do Fuzileiro» para trocar algumas impressões sobre este assunto. Estou convencido que nenhum fuzileiro morto durante a Guerra do Ultramar foi abandonado no terreno ou sepultado em lugar menos próprio. Estive à conversa com vários filhos da escola que fizeram comissões em Angola e na Guiné e também eles são da opinião de que todos os mortos tiveram um enterro digno e em lugares devidamente identificados. Quero acreditar que assim aconteceu.



Ao passar no Museu do Fuzileiro e reparar na placa com o nome dos camaradas tombados em combate, resolvi fotografá-la para trazer aqui o assunto e perguntar ao Filipe se ele se refere à não exumação dos restos mortais e trasladação para os cemitérios das suas residências, ou se, pelo contrário, pensa ou sabe que alguns tenham sido deixados para trás. Acho que isto é um assunto que vale a pena discutir aqui, tentando esclarecê-lo dentro do possível. Pior que não saber a verdade é não querer sabê-la!

6 comentários:

  1. Isto artigo tambem me toca pelo facto de ter perdido um irmao na Guine. Elaborarei mais tarde.
    Saude.
    Leiria

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  2. Um Fuzileiro nao é um cao (mesmo estes nao se abandonam).Eu nao falei em abandonar no mato mas sim: longe de seus familiares! Qual era os custos de os trazer pra Metropole? Nao ficaria mais barato do que pagar viagens aos graudos que faziam a guerra do ar condicionado e vinham à Metropole quando queriam!
    Todos os navios tinham capacidade suficiente para (nao digo repatriar),porque se a minha memoria é boa nos diziamos que a Patria era indivisivel das provincias ultramarinas!

    Agora sou eu que faço uma pergunta : é que o numero de mortos pela " Patria3" era superior aos retornados? E o "BOCHECHAS" troxe-os todos e deu-lhes cama,comida e nao sei que mais.
    Hoje Portugal tem uma divida de 93% de sua riqueza,os 7% que restam,seria o preço das transladaçoes.
    A Patria protege que Ela te abandona!

    Obrigado Camarada,por teres focado este assunto.Apenas tenho a lamentar que te tenhas precipitas-te no teu pensamento e disseste o que eu nao disse!
    Um abraço a todos e muito em especial para as vitimas desta guerra de merda,

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  3. BOCHECHAS, O vígaro que nos começou a Roubar!
    Hoje apelidado de herói!

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  4. Uma boa oportunidade para agitar as turvas águas que ainda é a chamada descolonização (para mim, abandono despudorado).
    Atesto que o "bochechas" tudo fez para calar os que poderiam falar; os mortos, não falavam. Seguramente...

    Abraços
    Santos Oliveira

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  5. Muito bem camarada Filipe.Na verdade não se pode pronunciar repatriar aos militares que morreram julgando estarem na sua Pátria, tenha sido em acidente,doença e porque não em combate.No entanto, nenhum fuzo ficou para trás, é bem verdade,mas o pouco interesse por eles demonstrado e o menospreso com que os olharam no período revolucionário,foi uma injustiça que ainda hoje marca profundamente os vivos que por lá passaram e desonra todos os que nos deixaram, por lutarem por Portugal.

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  6. Tanto quanto sei o Rosa 1356/67 do DFE9 e morreu em combate não foi repatriado porque a familia não quis. Só não sei onde foi enterrado, mas creio que ficou em Metangula.
    Luis

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