Leiria
Exmo. Senhor Ricardo Pereira,
Li ontem, com toda a atenção, o artigo que escreveu na última edição da "Visão". Versa o excelso artigo produzido sobre o tema que agora está na moda: Quais os Portugueses que mais se evidenciaram ao longo da nossa história. Ensaia V. Exa. ao longo do mesmo artigo um conjunto de afirmações sobre Oliveira Salazar: Começa por afirmar a sua admiração pela sua inclusão na famosa "Lista", compara-o a Adolfo Hitler e termina, afirmando, que se Salazar ganhasse o concurso seria a primeira vez que teria ganho umas eleições democraticamente.
Perante o estilo leviano do artigo e a piadinha fácil, não me surpreende a comparação com A. Hitler. Surpreende-me, isso sim, que se tenha esquecido do óbvio. O tal Adolfo foi eleito democraticamente na Alemanha. E democraticamente eleito conquistou quase toda a Europa e democraticamente eleito ordenou o holocausto. Numa guerra onde morreram milhões e milhões de Europeus. Conclusão óbvia: As eleições, mesmo as "democráticas" valem o que valem. Nesta guerra não morreram Portugueses em combate.
Sabe o Exmo. Senhor a quem deve tal feito: Pois é! Ao tal que não foi democraticamente eleito.
• Sabe o Exmo. Senhor os esforços diplomáticos que foram feitos para evitar a entrada de Portugal na Guerra?
• Sabe quem gizou diariamente a estratégia? Sabe os riscos que corremos? As pressões que sofremos?
• Estimará quantos mortos morreriam se tivéssemos entrado briosamente no conflito? Muitos de nós hoje não estaríamos cá, pois os nossos pais ou avós teriam certamente tombado em combate!
• Sabe o estado em que Salazar herdou o país após a espantosa 1ª República, que é tanto admirada pela família Soares? Eleito democraticamente claro está!
• Sabe a que estado de miséria chegou o povo que em 1928 abominava os partidos políticos, os quais os considerava os criminosos responsáveis pelo estado de ruína a que o país se encontrava.
• Sabe quem delineou, pela primeira vez, a viragem para a actual U.E.?
Pois é: O tal que não foi democraticamente eleito. Vá verificar, caro amigo. Leia. Sabe quem nunca fez obra? O que mandou construir a Ponte sobre o Tejo, a barragem de Castelo de Bode, o Aeroporto da Portela. Sabe quem nunca abandonou 1 milhão de Portugueses nas ex-colónias à sua sorte/morte? Pois é, pois é. Fácil foi fazer como se fez a seguir ao 25 de Abril. Fugir é sempre fácil. Além de ser próprio dos fracos. Sabe quem morreu na miséria, tendo servido a causa pública sem receber uma atenção, uma recompensa, um prémio, uma benesse, uma jóia, um diamante? Sabe quem foi íntegro no exercício do poder? Pois é, pois é. Se V. Exa. tem dúvida que Salazar ganharia todas as eleições durante o período que esteve no poder, está muitíssimo mal informado. Leia. Estude sobre a época. Que era alérgico a elas. Sem dúvida. E com razão, a meu ver. Estude a 1ª República. Os governos que se sucederam. O desgoverno que se atingiu. Vem daí a alergia. E quanto à censura: Pois. E a informação que temos hoje? Eu prefiro a censura. Evitaria ter de ler, por exemplo, o que tão infantilmente escreveu. Numa palavra: Não escreva sobre o que não sabe. E ainda tem uma surpresa. Num país infestado pela corrupção, pela mediocridade e pela ambição desmedida pelo poder na busca da corrupção, eu voto no Salazar. E não serei o único. Garanto-lhe.
Cumprimentos do,
Pedro Mota
PS: Não tenho 100 anos. Tenho 43. Não vivi no tempo da "maldita" Ditadura. Ao invés, li e estudei muito sobre ela. Não me atrevo a sugerir tal. A ignorância neste país é desmedida. Não fuja, pois, à regra.
Como é possivel que um tipo que nao conseguio gerar uma bomba de gasolina,lhe seja renovado o contrato de 1° MINISTRO?
ResponderEliminarSenhor Emigrante; como Imigrante que também sou, não consigo descortinar a sua linha de pensamento. Agradecia que desenvolvesse o assunto em causa.
ResponderEliminarObrigado pela sua visita.
Cordiais.
Amigo Leiria,li em qualquer lado que o Camarada Socrates foi dirigente d'uma bomba de gasolina,a qual deu em "faite" por mauvaise gerence.
ResponderEliminarPor isso me pergunto: como é possivel este "às" governar um Pais e ser reeleito pela segunda vez!
Compreendeste ou como devo explicar?
Um abraço e manda sempre. Filipe
Sr. Filipe, você é como um camaleão que gosta de se camuflar debaixo de diferentes nomes, hein? Assim não vale, eu quero saber com quem falo: portanto quando usa nome diferente ponho o seu “Filipe” como assinatura no fim, valeu?
ResponderEliminarJá que estamos em conversa, foste da escola do Carlos e seguiste no destacamento # 4 para Angola com o Agostinho Maduro e o Álvaro Dionísio entre outros, verdade?
Segundo venho a notar nos teus comentários, és imigrante em França, por isso misturas nos teus ditos palavras francesas, que me deixam a ver navios, pá.
Quanto ao teu status no presente; estás reformado ou ainda trabalhas como eu, que não sei fazer mais nada.
Um abraço… et bon chance…
É assim que se diz, Filipe?
De Salazar e do seu regime, já dei para esse peditório e já não dou mais, quanto a comparações com outros regimes noutros Paises, não posso porque não os vivi, mas deste vivi o suficiente para dizer o que disse o ex-Ministro Mário Lino sobre o novo aeroporto na margem Sul, jamais.
ResponderEliminarUm abraço
Virgílio
Quem tem ouvidos, ouça
ResponderEliminarQuem sabe ler, leia
É pouco o mel que adoça
Tanta gente na colmeia
Daquilo que no texto li
Algo me diz a verdade
Ou então não compreendi?
Confesso com sinceridade
Mas o tempo não perdoa
Que mesmo o que é mais nobre
Por muito que lhe doa
Portugal é cada vez mais pobre
Crucificam-se os bons governantes
Enaltecem-se os corruptos
Foice o ouro e os diamantes
Continuamos sujeitos a brutos
A história tudo clarifica
E acabará por dar razão
Culpando aquele que a danifica
Como grande traidor à Nação...
vim até aqui..
ResponderEliminarfazer uma visita
e ler eu vivo com as palavas
nao gosto de falar de politica nem creio em empostores
se voces gostam de poesia visitem meu site
abraço a todos parabens ao poeta
"vila franca"
braulio!!!
Tive sempre a impressão que depois do Salazar ter caído da cadeira abaixo, Portugal nunca mais se encontrou... E as minhas dúvidas foram agora desvanecidas com a história da velhota morta em casa há 9 anos... Valha-nos saber que há ainda um organismo nacional que continua a zelar "p'la saúde" de todos os portugueses e o qual nos devemos sentir orgulhosos... AS FINANÇAS!... Porque sem "esse monstro burocrático" nunca a nossa existência seria reconhecida em Portugal e nem a tal senhora seria descoberta tão cedo.
ResponderEliminarValdemar Alves
Quanto ao íntegro comentário do - de lá longe Valdemar - foi como tiro no muge!
ResponderEliminarÉ graças às Finanças, que os pançudos politiqueiros, que só vêm números relacionados com o ($), e, é por causa destes, que têm que nos agraciar com números, em vez de nomes… pura vilanagem!
Valha-nos o nosso dinheiro, para que possamos alimentar os algozes que grassam este nosso planeta azul a abarrotar de almas pobres…
Mesmo, mesmíssimo, em frente da minha guarida habitacional, uma senhora que fazia vida de ermitã, que como animal nocturno, só se conseguia ver nos dias de São Nunca à noitinha; é descoberta pelo carteiro, pela estranheza da acumulação do correio e, mais tarde, pelo nauseabundo cheiro que se fazia sentir.
Claro que, como à portuguesa, as finanças entraram logo em campo uma vez que a desditosa, não tinha “next of kin”, lavando, pintando, desinfectando… a casinha para que depois de ser vendida, como hienas, “share the spoils”
Mundo cão… não haja dúvidas.
Saúde!
Pois é, o sr. Pedro Mota tem 43 anos
ResponderEliminarpor isso entendo o seu branqueamento ao ditador Salazar. Quem viveu numa ditadura como foi o meu caso e o de milhares de portugueses, decerto não troca um pingo de liberdade por todas essas coisas boas que e senhor relata. Vivemos tempos difíceis, é verdade, devido a maus governos e à conjuntura global. Mas vivi-os outrora ainda mais difíceis, sem um Serviço Nacional de Saúde, sem quaisquer apoios sociais, com uma agravante, não podia "piar", senão pela calada da noite, a PIDE vinha-me buscar.
É um jovem, desejo-lhe um mundo melhor assim como almejo para os meus netos. Mas creia-me, a liberdade é o melhor bem que um povo pode ter.
Com os cumprimentos de
Manuel Correia Fernandes