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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Hoje encontrei o meu padrinho!

Padrinho é quem nos dá o nome, não é?
Pois, eu que todos conhecem por Carlos «Fuzileiro», assim fui baptizado por um filho da escola e filho da minha terra que, no dia em que assentou praça na Armada, se cruzou comigo na Parada do Corpo de Marinheiros, chamando por mim em altos gritos - Carlos, Carlos, Carlos!
Como, no grupo que me acompanhava, ninguém se chamava Carlos, ficámos a olhar para ele sem perceber a quem se dirigia. Ele já estava enfiado dentro da famosa farda de aluminio e com a carecada da ordem, o que fazia com que todos parecessem irmãos gémeos e dificultava o reconhecimento. Mas, de repente, fixei-me nas suas feições e reconheci-o. Era um dos meus colegas de estudos que conheci na Póvoa de Varzim, quando para cá vim estudar.
Contou-me nessa altura que tinha decidido também alistar-se como voluntário, pois terminados os estudos (Curso da Escola Comercial) e sem perspectivas de emprego, lhe pareceu o melhor caminho a seguir. Depois foi escolhido para fuzileiro e lá seguiu a trajectória que todos bem conhecemos. Estou a falar-vos do Octávio Aguiar, 17093 ou 8721 como preferirem, portanto aluno da Escola de Setembro de 1962.
Hoje, à hora do almoço, ia eu a caminho da Escola dos Sininhos buscar o meu neto mais novo, quando dei de caras com ele, vindo pelo passeio fora na minha direcção. Como sabia que ele se tinha casado com uma sueca e tinha residência fixada na terra dela, fiquei admirado de o ver ali. Em cerca de 15 minutos que estivemos à conversa contou-me toda a sua vida, desde esse dia em que nos cruzámos no Corpo de Marinheiros, última vez que o tinha visto.
Fez parte da CF4 que esteve em Angola de 1964 a 1966, depois foi emigrante em França, conheceu lá, em Paris, a sueca com quem se casou e acabou por casar-se e acompanhá-la quando ela decidiu regressar ao seu país de origem. Lá viveu e trabalhou até ao ano passado, altura em se reformou e decidiu retornar a esta terra que é aquela onde nasceu.
No fim da nossa conversa fiz-lhe a pergunta que se impunha - onde raio tinha ele ido desencantar o nome de Carlos! Diz que não se lembra, nem do nome nem de me ter encontrado naquela altura. Como eu estava de passagem pelo Corpo de Marinheiros, a caminho de Moçambique, nunca mais nos cruzámos até hoje.
É assim a nossa vida, feita de encontros e desencontros!
E o Carlos ficou!

3 comentários:

  1. Com essa agora fiquei baralhado, então o teu nome não é mesmo Carlos?
    Desde que comecei aqui nestas lides cibernéticas que de todo o lado te chamam Carlos, deduzi que seria esse o teu nome de B.I..
    Um abraço
    Virgilio

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  2. Pois é! Na Marinha ninguém me conhece por outro nome e poucos sabem a verdade a respeito do assunto.
    Coisas da vida!

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  3. Se já se passaram tantos anos, e tudo isso o vento levou, porquê ainda tanto receio (Tintinaine)?
    A resposta é facultativa!
    Sou um dos que sabe.

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