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domingo, 20 de fevereiro de 2011

A «Jersey» da ordem!

A título de comentário à mensagem anterior, do Agostinho Verde, vou acrescentar meia-dúzia de ideias sobre este assunto. Embora me considere um profissional do ramo têxtil, estaria mais à-vontade para falar de tecidos (pesados, leves, feitos com fios finos ou grossos, de fibras naturais ou sintéticas, em pontos de sarja, cetim, tafetá ou gabardine, etc., etc.), que era o meu ramo, do que de malhas, assunto de que pouco percebo. Mas comecemos pelo princípio, pelo nome.
A palavra Jersey, nome dado a uma das ilhas do Canal da Mancha, "supostamente" deriva da palavra latina «caesarea» que poderia ser traduzida de maneira simples por «ilha de César». Isto leva-nos a crer que a ilha seria desabitada (ou pouco habitada) antes das invasões dos romanos que lhe terão posto o nome. Há também quem defenda que o nome deriva de uma palavra nórdica (viking), mas pouco se sabe sobre este assunto. Os interessados podem clicar aqui e ler o capítulo «Etimologia», porque melhor que isto não encontrei nas minhas pesquisas.
Como é que o nome da ilha foi dado a um estado e cidade americanos é fácil de perceber, deve-se à colonização inglesa que seguiu processo idêntico com muitas outras cidades americanas. Num certo sítio começava a nascer um povoado formado por colonos ingleses, originários da cidade A ou B, e era-lhe atribuído o nome da sua terra de origem, precedido da palavra "new" (como New Jersey), de modo a dar-lhes a ideia de continuarem na sua terra. E também porque inventar nomes não é pêra doce.
Como é que o nome foi dado a um certo tipo de malha (malha jersey ou meia malha) já é mais difícil de explicar. Há, no entanto, quem acredite que essa designação provém do facto de ter sido na Ilha de Jersey que se desenvolveu o negócio das malhas (indústria pobre e de baixo investimento) em grande escala. Este tipo de malha é a mais barata e resistente, facto que deve ter levado à sua escolha para confeccionar a "camisola" usada pelos marinheiros para os proteger do frio. A mim parece-me lógico e aceito-o como suficiente explicação.
Falar de malhas, feitas em máquinas circulares ou rectas, parece-me não ter qualquer sentido aqui, mas se houver curiosos que queiram levar as suas pesquisas mais além, podem sempre consultar o dicionário têxtil que podem encontrar aqui.  Ou descobrir o que outros bloguistas dizem sobre este assunto.

4 comentários:

  1. Como a minha saida da Marinha foi feita sem tempo para me despedir de quem quer que fosse, incluindo do fardamento, não me foi possível trazer nada dessas fardas, mas acreditem que fiquei com saudades do Jersey, era uma peça de roupa muito jeitosa.
    Um abraço
    Virgílio

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  2. Para mim, era um saco importado da Tailândia, mas que dava geito no mês de Dezembro!

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  3. Só uma pergunta! A foto é homenagem, ao saudoso (Manel Cristo)?

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  4. A foto do Manel Cristo, meu camarada da CF8, foi a única que encontrei de Jersey vestida!

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