Sem este animal para me carregar, a minha vida em Lourenço Marques não teria a mesma piada. Ter a liberdade de sair do Vale do Infulene a qualquer hora do dia e regressar a qualquer hora da noite era coisa a que não se podia atribuir um preço. Correr a cidade inteira, do Alto-Maé à Baixa ou à Polana, percorrer os bairros de palhotas, como o Xipamanine, Chamanculo ou Avenida de Angola, voar pela marginal até à praia do Miramar ou Costa do Sol, não havia dinheiro que pudesse pagar.
E perder os penduras pelo caminho? Essa nem vos conto, pois teria que confessar-me um borrachola incurável, coisa que não era verdade. Mas, de vez em quando, perde-se o controlo da coisa, não é verdade?
Asneira foi quando cismei ir até à Machava, a corta-mato, por entre os campos de amendoim, e rebentei com o motor da máquina. Pura estupidez por entre os vapores do álcool. Bem cara me ficou a brincadeira!
OLÁ AMIGO CARLOS!
ResponderEliminarEsse burro era rápido, mas coitado o que ele sofreu nas mãos d,um dono que não lhe dava descanso,nesse tempo o que nos passava pela cabeça de imediato se metia em execução era-mos uma espécie de Sócrates a governar um País cada vez mais enfraquecido e aguenta burro que o dono dá ordens!
Velhos tempos,belas voltinhas heim!
Um grande Abraço