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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Zé Alves, um fuzileiro e amigo

Falar do Zé Alves é também falar de um amigo de quem se gosta e que nos acompanha para qualquer lado. Foi do DFE4 e fez comissão em Angola (1963-65). É um dos camaradas que faz parte do grupo que se reúne com frequência em Encontros de Camaradagem e almoços da praxe: Almada, Vitorino Santos, Eu e outras vezes o Periquito e o Tony mais as respectivas mulheres. Além disso, o Alves foi um dos pioneiros do processo de criação da Associação de Fuzileiros e chegou a integrar os seus órgãos sociais, trabalhando afincadamente. Tem participado em todas as Comissões organizadoras dos Encontros do DFE4 com agrado e entusiasmo. Mas comecemos pelo princípio:
José Moreira Alves é natural de Picôto, freguesia da Batalha, distrito de Leiria e nasceu a 28 de Maio de 1939. Foi aluno da Fragata D. Fernando II e Glória.
Em 23 de Novembro de 1956, alistou-se na Armada, com a idade de 17 anos e o número de ordem 11 933.
Em 18 de Dezembro de 1958 partiu em missão para a Índia. Embarcou no paquete Pátria para integrar a guarnição do N.R.P. João de Lisboa, em missão na Índia, mas que se encontrava em reparação no Porto de Durban (África do Sul). A rendição foi assim antecipada e seguiu depois o seu destino a bordo do “João Lisboa” como 1º grumete artilheiro. Esteve em Goa, Damão e Diu, embarcado nas lanchas de fiscalização Sirius, Vega, Antares e finalmente no Aviso N.R.P. Afonso de Albuquerque.
Em Março de 1961, regressa a Metrópole a bordo do paquete Índia, via canal Suez. Uma vez no Corpo de Marinheiros foi destacado para a Escola de Artilharia e frequenta o curso atrasado do 1º grau de artilheiro, findo o qual foi promovido a Marinheiro Artilheiro.
Em 1962 foi frequentar o 3º Curso de Fuzileiros Especiais e é nomeado instrutor. Em Fevereiro de 1963 segue para Angola integrado no DFE-4, chefiando a esquadra de atiradores, composta pelo Cruz/moço de Quelfes e Álvaro Abreu.
Terminada a comissão, regressa com o DFE4 a Lisboa a bordo do N.R.P.S. Gabriel em Março de 1965.
Na Escola de Fuzileiros, após ter frequentado com aproveitamento o curso de sargentos, foi promovido a 2º Sarg.; em 1966 é nomeado para integrar o 7º Destacamento de Fuzileiros Especiais, ao comando de uma Secção, com destino à Guiné em 30 de Junho de 1966, a bordo do N.R.P. Diogo Gomes. Participou em vários operações de risco e numa delas foi atingido por uma bala tendo em consequência sido evacuado por Helicóptero para o Hospital Militar de Bissau e, posteriormente, para o Hospital da Marinha em Lisboa. Aqui voltou a ser operado - por mais de uma vez. Por proposta da Junta de Saúde Naval, foi incapacitado para o serviço activo.
O DFE-7 foi um Destacamento de eleição, distinguido colectivamente com a mais alta condecoração, e com vários louvores a nível individual, merecendo bem um tratamento especial em futuras abordagens do tema. O próprio Alves foi condecorado ao seu serviço.
Em Maio de 1971, o Alves passou à Reforma Extraordinária com o posto de 1º Sargento e ao abrigo do D L 43/76 foi considerado D.F.A.
Depois, ao abrigo da legislação vigente, promovido ao posto de Sargento - Mor.
O José Alves mora na margem Sul, no Barreiro, uma das cidades e zonas residenciais que, a par de outras, como Almada, Corroios, Santo António da Charneca, Cova da Piedade, Lavradio, Quinta do Conde, Alcochete, Coruche, Montijo, Seixal, etc , existe maior concentração de pessoal da “Briosa.”Naturalmente que tal concentração permite maiores oportunidades de encontros. Há no entanto uma forte ligação ancestral à terra natal, onde alguns têm uma segunda residência, e

daí as suas deslocações e permanências temporárias na terra onde nasceram.
Para terminar, o Alves, com a alcunha do gorila quando aluno na Fragata D. Fernando II e Glória por causa de ser tão peludo e do pacaça no DFE-4, por causa do vício da caça é um bom amigo e camarada. É uma pessoa extremamente sensível e talvez por isso bastante emotiva. Teve a sorte, diga-se merecida, de encontrar a sua cara-metade, a Rosa, que é uma mulher fantástica e um casal que se completa. Gosto muito de ambos.

Um grande abraço ao Alves e um beijinho à Rosa Álvaro














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