*~*~*~*~*
Quando partimos para Moçambique, em 1965, levávamos connosco dois Cristos. O primeiro era Marinheiro e muito mais antigo que eu. O segundo era Grumete da escola de Setembro de 64 e podem vê-lo aqui acima.
Quando em Maio passado lhe enderecei uma carta e a mesma não me foi devolvida, parti do princípio que a tinha recebido e não quis participar do nosso encontro-convívio em Aveiro. Agora sei que isso não é verdade, pois vive num lugar completamente diferente daquele para onde remeti a carta.
Ontem enviou-me um mail comunicando-me que tinha descoberto os nossos escritos na internet e queria saber mais coisas a nosso respeito. Diz ele que, na sequência de uma cirurgia ao coração, ficou com a memória bastante afectada e há muitas coisas de que não se lembra já. Não admira, pois a mim acontece-me o mesmo e não passei por qualquer cirurgia. É o tempo que não pára de correr e cria barreiras intransponíveis entre o passado e o presente. Nada de mais, é natural.
Vou enviar-lhe algumas fotos a ver se consegue ajudar-me a identificar alguns dos camaradas, de quem não recordo nem nome nem número. Não tenho grandes expectativas, mas nunca se sabe.
Sem comentários:
Enviar um comentário