Por Artur/Leiria
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Chamar-lhe sargento Vitorino não é fazer-lhe justiça, porque afinal, foi este senhor, por seu livre desejo, passado à reserva com a patente de Primeiro-Tenente. Descontente, porque a idade não lhe permitia acesso ao oficialato superior; mas contente porque aos 52 dois anos de idade era senhor dele mesmo; feliz e contente por poder retornar à sua vida das origens. Pinheiros, sua terra de adopção, por conveniência de matrimónio; bem perto da sua natal; de nome Barosa.
Nos meus escassos dias para convivências, tive o privilégio de me associar num restaurante vizinho com o casal, aí conversamos amenamente sobre o tempo de marinha. Reconfirmo mais uma vez que, é homem de convicções e princípios, com um senso forte acerca do que esta lógico e moralmente correcto.
Vive ainda o sangue do comando a que ele se regozija de ter sido um dos bons, com o seu carinho e respeito para os seus subalternos e não só. Aqui sou eu mais uma vez a concordar, ou não fosse eu conhecedor de seu carácter… homem vivido de vida, onde se evidencia o conhecimento desta, com os seus impasses, problemas e, tudo o que de bom ela nos partilha.
Vive quase, paredes meias, com sua filha e filho, casados, que bem junto os soube manter, ou não fosse a sua digna e bem latente apreciação pela conservação do agregado familiar.
Homem que me marcou; grato lhe fico para sempre, pela oportunidade que me dá em o ter como um verdadeiro amigo!
Oxalá o 2010 nos traga as mesmas venturas do 2009, que ainda se faz sentir, para mais uma vez nos abraçarmos…
Bem-haja Tenente Vitorino!
Bem o podes dizer amigo Artur Leiria. O sargento Vitorino "é assim que o recordo porque era esse o seu posto na Comp. nº 2 de fuzileiros" foi o homem mais humano e mais integro de todos os que me cruzei, enquanto estive na Marinha.
ResponderEliminarDurante a recruta e ITE em Vale de Zebro, houve também uma homem que ainda hoje recordo. Era o cabo Candeias.
O seu relacionamento com os recrutas era excepcional.
Ao sargento Vitorino tive a sorte de o rever nos nossos dois últmos encontros e em minha opinião, continua o mesmo Homem sábio e de bom trato, tal como a imagem que tenho dos idos anos de 1962/65.
Quanto ao cabo Candeias, depois de 1962 nada sei a seu respeito.
Mas este dois homens ficaram na minha memória por bons motivos.
Salustiano da Silva Candeias (Mar. FZE Nº 5786) seguiu para Angola no DFE5.
ResponderEliminarA necessidade de aumentar as tropas em Angola fez uma sangria desgraçada na Escola de Fuzileiros, no ano de 1963. Com a saída dos Destacamentos Nº 4, 5 e 6 (todos de rajada), foi preciso deitar mão a todos os efectivos disponíveis. Foi aí que nem o Candeias escapou. Ele, como bom instrutor que era e franzino de saúde, estava talhado para ficar na Escola para sempre, mas a p... da guerra ditou as suas leis...