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sábado, 10 de outubro de 2009

Silvino Branco!

O nome se calhar não vos diz nada. Mas se vos disser que era o 16400, o famoso Pencónis, já vos lembrareis dele. Era o «cromo» do 2º Pelotão da 1ª Companhia da minha recruta. Não se passava um dia sem uma boa gargalhada, por causa dele.
Rapaz instruído, menino mimado, habituado a que lhe resolvessem todos os problemas em casa, tornou-se um graneleiro mal ingressou na Marinha. Não tinha jeito para nada, não lavava a roupa nem passava a ferro. Felizmente a sua família era de Lisboa e logo que teve direito a licença, carregou com tudo para casa e a mamã resolveu-lhe o problema.
Foi uma permanente dor de cabeça para o sargento responsável pelo nosso pelotão, o Bicho. Viu-se aflito para o aturar até Setembro de 62, quando acabou o ITE, que terminou sem aproveitamento. Depois foi corrido da Marinha e ingressou na Força Aérea, onde parece que foi muito mais bem sucedido que na Marinha. Recruta e Especialidade feitas, saiu Cabo Especialista.
A partir deste ponto, nunca mais ouvi falar dele. Se alguém o conhecer ou souber o que foi feito dele de 1963 para cá, deixe aqui um comentário.
E se algum dos filhos da minha escola tiver uma fotografia onde se possa ver a cara dele, agradeço. Please!

2 comentários:

  1. Amigo Tintinaine
    Neste post, fala dum Camarada que se destinguia pela sua postura diferente na maneira de proceder.
    Lembrei-me que nos anos 1965/66, também havia lá na Escola de Fuzileiros um Camarada, que tinha a alcunha de Alcapone, era também uma Figura, conhecida de todos, em especial porque dizia-se que já tinha frequentado mais que uma vez o curso para fuzileiro Especial e teria sempre chumbado, mas não desistia,e também porque era um bocado corcunda.
    Correu a notícia que teria morrido em combate. Entre vários trabalhos que tive, um deles foi na Torre do Tombo que nesse tempo era no Palácio de São Bento, certo dia estava eu á porta de entrada, que fica no cimo da escadaria, em frente á casa da Guarda, quando vejo a subir a dita escadaria uma figura que era igual ao Amigo Alcapone, pois não era igual, era ele mesmo, pois fui falar com ele, ainda cheio de duvídas, pois se tinha morrido não podia ser ele, mas era, e trabalhava mesmo ao meu lado, no apoio à Assembleia Nacional, como se chamava nessa època.
    Estive nesse trabalho pouco mais de um ano, e a partir daí, foi mais um contacto que se perdeu.

    Um abraço

    Virgilio Miranda

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  2. São figuras como estas que fazem a nossa história, a dos fuzileiros.
    Sem eles a coisa perderia grande parte do interesse e fascínio com que a recordamos.

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