Por daniel oliveira, jornalista.
Um episódio está a aquecer o Parlamento. Nada tem a ver com os deputados. A semana passada um colaborador do grupo parlamentar do PSD foi apanhado em flagrante delito, às sete da manhã, em pleno acto com uma amiga que não trabalha na Assembleia. A coisa pode parecer apenas interessante contada assim. Mas é muito mais do que isso. O acto aconteceu na sala do plenário. Infelizmente, a interrupção não terá permitido ao arrojado casal levar a fantasia até ao fim. Há sempre um empata.
Antes que a coisa saia na imprensa e comecem as condenações morais, quero deixar clara a minha admiração pelos pecadores. Porque respeito quem faz tudo para cumprir uma fantasia. Porque deram um contributo para a dessacralização do poder, aproximando assim aquele órgão de soberania das verdadeiras preocupações dos cidadãos. E porque, por uma vez, aconteceu qualquer coisa realmente interessante naquela sala (infelizmente não consegui saber qual foi a bancada escolhida). Só lamento que, como de costume, quando realmente alguma coisa de construtiva começa ali a ser feita, seja deixada a meio. O meu abraço aos dois. Próxima aventura: Palácio de Belém?
Parabéns ao intrépido casal porque:
a) Por uma vez que seja, a AR foi verdadeira e matematicamente paritária;
b) Demonstrou cabalmente que neste País a política é fodida. E que de deputado a de putedo pode ir, literalmente, um pintelho, pese embora não ter sido esse aparentemente o elenco desta (des)feita;
c) Às sete da matina já exibiam um ritmo e um grau de actividade que os mais dos deputados habitualmente nem às sete da tarde atingem;
d) Demonstraram que poder é bom enquanto dura, mas há que saber sair de cima quando o tempo de outrem sobrevém ao nosso;
e) Depois de lhes reprovarem o acto na generalidade, tiveram a decência e o bom-senso de passar à especialidade em sede mais recatada;
f) Forneceram o exemplo acabado de como, em Democracia, quaisquer coitados podem aceder sem restrições ao órgão máximo da representação popular (Coito dos Santos novamente na Educação, já!);
g) Demonstraram ainda, para gáudio de uns e vexame de outros, que naquela vetusta sala continua a haver quem use mudar de posição conforme as conveniências do momento.
Tenho dito.
E esta hein?
E tu, do outro lado do Atlântico, como é que soubeste disto? E eu aqui tão perto de nada sabia!
ResponderEliminarO Daniel é um rapaz bem disposto e soube usar o seu sentido de humor para nos oferecer esta prenda bem escolhida para a ocasião.
Acredito que os amantes matutinos terão escolhido o assento do lider parlamentar do PS para levar a cabo o seu ataque ao último reduto amoroso. Como é já sítio bastante emporcalhado ninguém notaria os sinais daquela luta ou eventuais resíduos da batalha travada.
O Parlamento serve para tudo
ResponderEliminarExcepto para o povo defender
Aproveita todo o cabeçudo
Para às sete da matina sexo fazer.
Serão os amantes parlamentares
E a nova classe dos políticos
Lá aonde só fazem disparates
E só falam em altos gritos.
É triste mas é verdade
Nesta classe fedorenta
Já vivemos da caridade
Políticos são tormenta.
Ó Filho da Escola, vais desculpar-me mas fartei-me de rir com o Comentário do carlos e veio-me logo há ideia, mas que grande alcobiteira (no bom sentido) tão longe e sabe sempre as coisas primeiras que nós e algumas interessantes só as chegamos a saber graças a ele.
ResponderEliminarTens um concorrente de peso. O Valdemar Alves também não para de surpreender. Muitas vezes sabe as coisas primeiro que nós.
Quanto ao Paralamento o Eduardo diz tudo.
Continua que a gente adora.
Há e já agora parabéns ao Carlos ele espicaçou as hostes e aí estão de novo os comentadores com grande operacionalidade.
O Carlos tem cara nova
ResponderEliminarCom a Águia a seu lado
Com amor à camisola
Por todos ès estimado.
Já me tinha apercebido
Mas não o tinha comentado
Não estejas aborrecido
Estamos todos do teu lado.
Perguntam vocês como conseguimos saber as coisas, cá na diáspora, antes de vós
ResponderEliminarRapazes nesta aldeia global onde vivemos, e, que no fim se reduz à “Cabana Junto à Praia “ do José Cid, estamos tão pertinho, tão pertinho, que se vocês escutarem com atenção irão ouvir o acto sexual em referência na canção… Portanto, esta virtualidade quase corre à velocidade do pensamento, e assim nos traz “conectados”, como marionetes de feira! Já não é hoje em dia: o eu cá tu lá… agora é o tudo cá! É ou não filho da escola de “Dow Under?” Que é o que os ingleses dizem dos australianos, como que a dizerem – “aqueles lá de baixo”, olhando claro, que se pressupõe que se está em frente do globo da terra.
Se não fosse esta nova forma de comunicação jamais poderíamos viver sentimentos destes, onde vocês todos não seriam mais do que uma ténue vaga nas nossas recordações que tenuemente continuaria a dissipar-se, o que já seria muito…
Bendita internet, como alguém dissera…!
Não importa o sítio ou feitio
ResponderEliminarNa assembleia ou em morros
Quando lhe pega o cio
São autênticos cachorros
Assim, essa cambada
Arranja sempre desvios
Para fazerem marmelada
Terão ainda subsídios
Aprovaram leis do aborto
Casamentos homossexuais
Ficará isto mais torto
Com estes irracionais
Que dentro da assembleia
Fornicam em termos tais
Que nos dá a ideia
De serem mesmo animais
Deste ou daquele partido
Já não há que admirar
Depois do acto concluido
De certeza, irão continuar...