Mulheres nos Fuzileiros. Sim ou Não?

Há alguns anos atrás levantou-se a polémica sobre este assunto. Deveria abrir-se a possibilidade de concurso de mulheres ao Quadro dos Fuzileiros? A pergunta era pertinente. Se havia mulheres nas Forças Armadas, inclusivé na Marinha, porque não nos fuzileiros.

De imediato se levantaram vozes contra, vendo dificuldades em tudo, desde a partilha da caserna e casas de banho, até à possibilidade do sexo ocasional e gravidez indesejada.

Mas houve também quem fosse a favor e por razões óbvias. Marinheiro gosta de mulher. E de mulher bonita, de preferência. Partindo do princípio que todas teriam cerca de 20 anos e seriam sujeitas a uma inspecção rigorosa antes da sua admissão, é de crer que não deixariam entrar qualquer "croio".

Imaginem se os adeptos do sim conseguiam levar a deles avante. Num pelotão de recrutas, formados a granel, com a farda colada ao corpo depois de um mergulho no "Malagueiro", o Monitor de serviço gritava:

- Atenção; sentido; pela direita... perfilar!

E quando o recruta "macho" vira os olhos para a sua direita, dá de caras com os bicos das mamas do recruta "fêmea" que forma à sua direita, empurrando o tecido do fato-macaco para cima. Começa a sentir um formigueiro dentro das calças e teme ver o "marmanjo" pôr-se em sentido. Por seu lado, o monitor dirige-se para o lado da formatura para controlar o alinhamento. Põe-se ao lado do primeiro recruta da primeira secção e grita:

- Peito para fora, queixo para cima, costas direitas!

E vê aparecer, aqui e ali, um peito mais saliente que o outro. Como não dá para ver se estão ou não correctamente perfilados, inclina a cabeça para a sua direita e espreita pela retaguarda da formatura. A mesma coisa, uma quantidade de traseiros rechonchudos com o tecido do macaco colado à pele tapando por completo os "cus-sumidos" dos recrutas do sexo forte.

Começa o tal formigueiro a incomodá-lo também, esfrega os olhos e regressa à frente da formatura, antes que a coisa saia do seu controlo. E grita:

- Pelotão; olhar... frente! Direita... volver! Ordinário... marche!

E enquanto o pelotão marcha a caminho da caserna para tomar banho e mudar de roupa, vai pensando se não seria melhor acompanhá-los e garantir que não se misturam debaixo do chuveiro e começam a ensaboar as costas uns dos outros. Sim, porque há o risco de alguns meses depois ter um pelotãozinho de bébés-fuzileiros à sua responsabilidade.

Bem, chega de divagações. Deixem-me voltar à realidade. Ocupar o "bestunto" com estas coisas logo pela manhã pode complicar-me o dia.

Não tenho a certeza, mas parece-me que os adeptos do "Não" levaram a deles avante e não permitiram a entrada de mulheres nos Fuzileiros. Talvez tenham decidido bem, pois não sei o que aconteceria na Parada da Escola de Fuzileiros sempre que por lá desfilassem umas "fuzileiras" como estas que podem ver aqui abaixo.