As guerras e os factos a elas associados não podem nem devem ser esquecidos. Algo de mau as provocou e algo de bom se terá que aprender com o acontecido. Guerras provocam a morte, a pobreza e o sofrimento de muita gente e há que falar nelas e registá-las nos anais da História para que os vindouros aprendam a lição e não caiam nos mesmos erros.
Aconteceu assim com a nossa «Guerra Colonial» que durou 13 anos e decorreu no período da minha juventude. Eu fiz 17 anos em Março de 1961, exactamente o mês e o ano do início da guerra em Angola com todas as atrocidades que ali foram cometidas. Em Março de 1962 alistei-me na Marinha e fui parar à Escola de Fuzileiros para ser treinado para a guerra. Apenas 6 meses mais tarde já estava a caminho de Moçambique para participar nessa guerra que tantas dores causou ao povo português.
E aconteceu assim também, em muito maior escala, na II Guerra Mundial que lentamente vai caindo no esquecimento e começando a levantar dúvidas na mente das pessoas que não foram testemunhas desses factos. Há quem defenda agora que as atrocidades atribuídas aos nazis, os campos de concentração e outras coisas mais, são pura ficção e uma invenção dos judeus para se armarem em vítimas e tirarem partido disso.
Claro que não estou em posição de provar quem tem razão nesta disputa, se os que acreditam no Holocausto ou os que defendem que ele nunca existiu, mas de uma coisa tenho a certeza, foi a mania de grandeza do Hitler e dos seus apoiantes que pôs meio mundo a ferro e fogo, provocando com isso a morte de muitos milhões de pessoas.
Eu, pessoalmente, acredito que o Holocausto aconteceu de facto. Com mais ou menos milhões de mortos, famílias destruídas e as mais vergonhosas sevícias praticadas sobre seres humanos, tudo aquilo aconteceu na altura em que eu nasci e marcou-me para toda a vida. Cresci a ouvir falar na guerra e sofri ainda com a miséria do pós-guerra que afectou também Portugal. Ávido pela leitura, elegi como um dos tópicos principais a II Guerra Mundial e a História dos Campos de Concentração Nazis. Lia tudo que me vinha parar à mão e procurava livros que me dessem mais informação sobre o assunto.
Recentemente, oriundo do Brasil, recebi um documento de alguém que luta para neutralizar uma ideia que começou a correr mundo sobre a não existência do Holocausto. Se não estou em erro, cabe ao "ayatola" do Irão a responsabilidade pelo espalhar dessa notícia. Ele fez isso para desestabilizar Israel e todo o mundo judeu e para tirar importância à causa judia. Mas isso são as armas da guerra psicológica travada entre muçulmanos e judeus e que teremos que saber interpretar à nossa maneira.
Bem, retomando o fio da minha história, esse documento que recebi do Brasil trazia algumas fotografias, iguais a milhares de outras que circulam pela internet, e que aqui vou publicar para dar o meu contributo a esta causa. Diz o Leiria (e quem sou eu para o desmentir) que o nome "Silva" que carrego tem origem judia e, quem sabe, é isso que me faz acreditar que tudo que li sobre o Holocausto é a mais pura verdade!
Também eu nasci com o decorrer da segunda guerra mundial e quando ela terminou em quarenta e cinco tinha eu dois anos de idade, e desde que comecei a perceber e a registar alguma coisa jamais esqueci aqueles tempos de fome e miséria e o que me contavam as pessoas mais antigas inclusive alguns soldados que combateram na guerra 14 a 18.
ResponderEliminarPois sabe-se que de 39 a 45 haviam armas muito mais mortiferas e quem se pode esquecer do cemitério marítimo do Canal da Mancha.
Até esse fulano de Santa Comba disse então que nos livrava da guerra e não da fome e assim aconteceu. Nunca me poderei esquecer quando ainda em 1960 as pessoas idosas enfermas nas suas camas como foi o caso do meu avô paterno sem nunca receber um tostão de subsidio ou reforma. Vivendo da exclusiva caridade dos filhos e que os de bom coração aquilo que precisam para dar aos seus filhos, levavam para os seus Pais, por serem pessoas idosas e doentes . Isto passou-se em minha casa.
Sempre em todos os tempos tentam esconder essas verdades históricas, tal como acontece nos dias de hoje, a exemplo Iraques, Afeganistão, Líbia, Síria etc.
Continuam a serem os mesmos senhores com a necessidade de fabricarem armamento e o vender que continuam a matar com o esconderijo, em nome da liberdade e direito dos cidadões dizem eles. Quando dentro dos seus próprios país as liberdades deixam muito a desejar.
Isto é o que se chama uma reportagem de choque, devia esta tua mensagem ser de leitura obrigatória nas nossas escolas secundárias, talvez saíssem de lá Jovens com mais realismo sobre o que tem sido o Pais e o Mundo.
ResponderEliminarUm abraço
Virgílio
Estou de acordo com o Valdemar.
ResponderEliminarEu que nasci em 1941 ainda me lembro de em casa dos meus pais se falar em racionamento dos bens essenciais, o que não fazia muito sentido porque nem para isso havia dinheiro. Eu que nasci e cresci no seio de uma familia numeroso e de parcos recuros, sei quanto os meus pais sofreram para alimentar não só os filhos mas os pais deles que, sem quaisquer recursos e sem forças para trabalharem, se entregavam aos filhos para que os tratassem como pudessem até ao fim dos seus dias. Vi os meus avós terminarem os seus dias em casa dos filhos, um para cada lado porque ninguém os podia tratar juntos. Confesso que foi um drama que me marcou significativamente.
As guerras deixam sempre um rasto de miséria e destroçam familias que não tiveram qualquer culpa.
São dramas que temos a obrigação e o dever de evitar. Por isso acho que este tema que o nosso amigo Tintinaine aqui nos traz faz sentido e não deve nunca ser esquecido.