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terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Mal-Amado!

O nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros deu uma entrevista ao Expresso, no passado fim de semana, meteu os pés pelas mãos e fez asneira. Arrasou o governo do seu chefe, pediu um novo governo de coligação e avisou o país que poderia ser necessário abandonar o euro. Não podia ter feito borrada maior.
O Sócrates, se bem o conheço, não tem outro caminho a não ser substituir a besta que assim o desacreditou. A pressão para que o governo seja remodelado é grande e eu acredito que ela vai acontecer, mais dia menos dia. E o Amado bem pode começar à procura de novo emprego. Um onde se faça mais Bem-Amado.
Por outro lado ele devia saber tão bem quanto eu que um governo de coligação não é solução nenhuma. Tudo o que os políticos querem e fazem, é repartir os tachos que há (e criar mais alguns para o efeito) pelos amigos. Pensam neles próprios em primeiro lugar e depois no Partido, como meio de os ajudar a conseguirem o que pretendem. E como todo o mundo sabe, o que há é pouco para dividir entre todos, mesmo tratando-se de um partido só. Não é, portanto, possível nem nunca será, fazer com que um governo de coligação funcione neste país.
Mas a pior asneira, na minha opinião, ainda foi a referência à eventual saída do Euro. Eu estou convencido que o Euro está para os portugueses como o inferno está para os pecadores, uma vez lá entrados não se pode sair nunca mais. Imaginem só qual seria a cotação da nossa nova moeda se tivéssemos que abandonar o Clube dos Ricos por razões de falência. Para não falar no insustentável custo da emissão dessa moeda.
Só para fazermos um pequeno exercício matemático, vamos supor que o BCE estabelecia um valor de 0.25€ como cotação da nossa nova moeda. Como pagaríamos a "enormíssima" dívida externa, de repente multiplicada por quatro? E os juros que valor atingiriam? Sim, porque a dívida é em Euros e Dólares que teriam que ser comprados ao câmbio estabelecido para pagar aos credores. É certo que poderíamos aumentar as exportações, mas como pagar aquilo que importamos, aos preços a que todos os produtos, desde a energia aos automóveis, passando pelos artigos farmacêuticos e de consumo, nos seriam oferecidos? Nem é bom pensar nisso! A única solução é continuar com o Euro, por muito que isso nos custe. Por muitos sacrifícios que nos exijam será sempre melhor que sair (digo eu).
Ou seja, o homem disse asneira e da grossa. E vai ter que pagar com língua de palmo! 

2 comentários:

  1. Sou um «inimigo» declarado da moeda «Euro»,mas por uma razão muito minha, não me entendo com esta moeda e seu «filhotes os tais cêntimos», mas concordo que enquanto nos suportarem na U.E. a melhor solução é aguentar o Euro, por muitas saudades que eu tenha do nosso Escudo, quanto á entrevista do Amado, tenho o Expresso aqui ao meu lado, e ainda só vi a primeira página, realmente os que os Políticos dizem já não me aquece nem arrefece, embora sofra as consequências dos seus actos.
    Um abraço
    Virgílio

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  2. Vamos esperar para ver como acaba esta história.

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