Quem nunca teve amargos de boca? Aliás, a vida é feita de amarguras e sem amarguras, ou não é verdade?
Há "amargos de boca" muitas vezes, sobretudo, se a vida que levarmos não é verdadeira, nem é vivida com ideal transcendente, com um objectivo bem firme. Não há que vacilar, não podemos ser "cana agitada pelo vento", caso contrário, seremos bons políticos, teremos poder de influências, poder económico, mas nada disto deixará de trazer muitos "amargos de boca".
O "amargo de boca" é sempre algo de desagradável, não desejável, é amargo, azedo, ácido, pode ser problema vesicular, renal ou algum refluxo de estômago, mau funcionamento digestivo. Estes amargos são possíveis e, se são regulares, têm de ser sujeitos a diagnóstico médico. No entanto, a expressão "amargos de boca" tem mais a ver com as amarguras da vida, a cruz que carregamos, os sofrimentos e as dores que nos acompanham. Ora estes amargos podem ser "dor de alma", "dor de corpo", dor da cruz que arrastamos no dia-a-dia do nosso viver, das arrelias e desgostos que nos acompanham e se intercalam com as alegrias e os prazeres da vida, da salivação stressada que faz secar a boca, a garganta e nos torna agressivos ou saciados da sede, alegres e expansivos.
"Amargos de Boca" podem vir das intrigas, da falta de lealdade, da infidelidade aos compromissos... é que, no fim, nunca basta o reconhecimento do erro. Não basta que eu peça desculpa quando já não posso dar algo ou voltar atrás para me corrigir. A minha consciência há-de trazer, por vezes, as amarguras ou as angústias das consequências do erro que cometi, e não tem mais volta a dar. Assim também há amargos da boca para quem ganha e para quem perde o campeonato, a taça, regional, nacional ou internacional, sempre ficam amargos numa derrota, como numa vitória pouco clara. É por isso que devemos pedir a Deus que não nos deixe cair nas tentações dos erros.
Este tema que me apraz apresentar-vos, tem uma relação muito forte com a enorme quantidade de “amargos de boca”que o nosso país atravessa. Enumerá-los aqui, seria uma lista interminável que, quando acabasse, teria de começar de novo, pois, entretanto viriam a público mais “amargos de boca”para registar nesta acta nacional que, “não ata nem desata” ou melhor, desata de que maneira e sempre para sufocar os mais desgraçados!
Sei que não preciso de trocar em miúdos estas minhas desilusões, pois todos vós sois conhecedores dos atropelos e convulsões que, erradamente, vão continuando nos caminhos da miséria, da lama, do egoísmo, do malabarismo político e de blasfémias dos nossos carrascos governamentais e outros que tentam em içar a bandeira da salvação a troco de cobardias, roubos e juízos imperfeitos que mais não parecem do que brincadeiras de crianças. Mas, sempre rodeados dum extenso rol de corsários, fazendo lembrar os tempos de outrora das grandes piratarias marítimas internacionais.
Os “amargos de boca” irão continuar para além daquilo que se vislumbra a curto prazo: sombras e nuvens negras que trarão chuva e ventos fortes, granizo e neve para nos atolar no imenso malagueiro que já é maior que este pequeno País…
“Papai, eu sou mau por dentro? Não, mas as camadas de maldade na sua superfície vão quase até o centro…” (Sabedoria de Hommer)
Às Armas! Às armas! Quem é que nos acode? Amargos de boca são traumas! Mais, a gente não pode?
Quanto mais diass passam por nós mais amargos temos, porque a sabedoria também nos provoca esses amargos de boca a que o artigo exemplarmente nos deixa ilucidados.
ResponderEliminarEsses amargos que são provocados em nós pela aprendizagem, só nos pode trazer felicidade.
Porque a histótia sempre se fará com os homens e que indiferentes a todos e quiasqueres amargos saibam dizer não às injustiças. e tudo fazerem para não pactuarem com elas.
O mais emblematico dos Capitaes do 25 de abril O.S.de Carvalho, diz que vai votar Manuel Alegre!Siga-mos seu exemplo e os amargos se dissiparao.
ResponderEliminarUm abraço,
Filipe