Ernâni Lopes, consagrado Professor Doutor da Universidade Católica, e notável ex-Ministro das Finanças, infelizmente falecido na semana passada, numa entrevista que concedeu em tempos ao Jornal O SOL, fez a seguinte declaração:
«Portugal está a definhar.. Nunca vi nada assim. A última década foi historicamente esvaziada. Viveu-se um tempo sem garra, sem substância e sem verdade, com tentativas de ilusionismo político, numa atitude vulgar e interesseira, vazia e sem horizontes».
Em crónicas anteriores temos verberado a política dos governantes socialistas deste País, que em vez de emprestarem com dignidade e honradez à governação o maior empenho, verdade e justiça, o tem feito, antes pelo contrário de maneira interesseira, em alguns casos mesmo sem aquela substância que com tanto vigor Ernâni Lopes sublinhou não só nas suas entrevistas como nos livros da sua autoria. Se me derem licença eu acrescentaria ainda que à substância em falta há que acrescentar a corrupção, o decréscimo de carácter que se nota nos vários figurantes da política portuguesa, o desinteresse pelo futuro do País e muito principalmente pelas gerações vindouras a quem estes governantes deixam um testemunho rasca e um testamento invulgarmente cheio de dívidas, encargos financeiros incomensuráveis, que nem em cem anos os nossos filhos e netos poderão liquidar.
Por isso são de lamentar as declarações de um primeiro-ministro impreparado, sem habilitações programáticas e não sei mesmo se institucionais, que diariamente tem declarado pomposamente que tudo está bem na planície nacional. E como sabemos não só não está bem, como não sabemos, aonde vamos parar. Quando uma sumidade como Ernâni Lopes e outros consagrados economistas dizem e afirmam com todas as letras que PORTUGAL ESTÁ A DEFINHAR, que a política económica do País é uma mentira, que podemos nós leigos na matéria, pensar desta "conjectura" socialista, megalómana e traiçoeira, que uma maioria relativa pôs à frente dos nossos destinos? Claro o mesmo que políticos honrados, sérios e que nos dizem a Verdade e nos afirmam nas entrelinhas, para estarmos preparados para o pior.
E o pior começa agora.
Acrescente-se ainda que o pior é que nós perdemos a fé nestes governantes e quem perde a fé não pode perder mais nada, como diria o filósofo Siro se ainda estivesse entre nós. «Nunca vi nada assim» e isso é uma Verdade que não tem qualquer contestação.
José de Viseu
Sim Amigo Carlos,mon Alzheimer me pertuba o calendario e eu queria bem dizer 23/01/2011.Como o Natal se aproxima, que melhor prenda que ter um ex-combatente como nosso chefe Supremo.
ResponderEliminarPra nossa raça governante nao é o futur do Pais que conta,mas sim o deles e familia.
Eles foram capazes de construir uma ponte em 17 horas e rebentar uma économia em 36 anos.Abandonem a tristeza em votando ALEGRE.Nos aqui vamos lançar Marine LE PEN
ex-fuzo
Estes artigos de opinião serão sempre bem vindos, porque como bem diz o Valdemar há um número significativo de portugueses que continua sem querer fazer o que ainda não foi feito, dando à Democracia o empurrão, que afinal merecia, retirando-a do atoleiro em que a fizeram cair, um pouco depois de 74!
ResponderEliminarApenas um reparo, porque este título bombástico "NUNCA VI NADA ASSIM", colocá-lo-ia um pouco lá para trás, nas décadas de cinquenta, sessenta e inícios de setenta. E será muito fácil para mim explicar o porquê, tim-tim por tim-tim... E com factos, se necessário!
Para sermos honestos exige a verdade que digamos o seguinte:- « Todos nós nos queixamos de que o poder político democrático no nosso país em resultado das eleições cai sempre nas mãos dos mesmos e é verdade, só que isso acontece, porque nós, os votantes, recusamos mudar este estado de coisas, ou porque somos conservadores, ou por outras razões que serão válidas, mas que nos responsabilizam...
Quanto a isto, também poderia dizer em grande formato "NUNCA VI NADA A SSIM", só que não tenho o direito de o fazer, porque o voto é livre e assim deve continuar a sê-lo, pensando para mim que há dois graves problemas nisto tudo e que passo a referir:- Este nosso povo recebeu com aplausos a Democracia, mas em 30 anos ainda não conseguiu dar, oferecer, o que a Democracia EXIGE, porque é disso que ela vive e precisa! Como "ainda não fizemos aquilo que devia já ter sido feito", sucedeu não um milagre, mas o DEFINHAMENTO do nosso sistema democrático e por culpa do COLECTIVO, uma palavra que também explica muito das nossas insuficiências.
Não sei se contribui com algo de jeito, mas acreditai que foi nesse sentido que "pus os pés a caminho"...
PIKÓ
Este nosso amigo que respeito
ResponderEliminarCom a sua voz tridente
E que fala com seu jeito
Aponta como combatente
Um traidor e cobarde
Que deixou de ser valente
Pois com tanto alarde
Com o código vigente
Para ser preso já é tarde...
Os que morreram por culpa sua
Na Guiné, Moçambique e Angola
Ponham este criminoso na rua
Que nunca vergou a mola
Forçou alguns a serem órfãos
Que depois viveram de esmola
Enquanto o poeta sem calos nas mãos
Cantarolava ao som da viola...
Irremissível esta gente
Também de fraca bitola
Não serve para presidente
Quem muito sofre da tola...
Bravo poeta ! Es o melhor de março 62!
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