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quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Crise e a Escola de Fuzileiros!

A crise tem destas coisas. Hoje, por causa dela, fui parar à Escola de Fuzileiros. Ora vejam como a coisa se passou.
- Eu não acredito! Laranjas a 55 cêntimos aqui na Póvoa e eu pago-as a 1.05€ lá perto de Setúbal que é a terra delas!
- Pois é! E para as trazer até aqui ainda pago os transportes, com o gasóleo ao preço que está, mais as portagens, etc.. Isto é para a senhora ver o que eu faço pelos meus clientes.
- Que saudades eu tenho cá do norte! Lá em baixo está tudo pela hora da morte!
Esta era uma conversa que desbobinavam duas senhoras numa Frutaria onde entrei para comprar algumas frutas cujos preços, vistos através dos vidros da montra, tinham chamado a minha atenção. São os efeitos da crise, comprar onde é mais barato, que ali me fizeram entrar.
A conversa ia-se desenrolando entre as duas senhoras e de repente ouvi mencionar "Alfeite" e "Vale de Zebro". Aproveitando a oportunidade de estarmos os dois a meter a mão no mesmo tabuleiro da fruta, dirigi-lhe a palavra.
- Desculpe-me, mas ouvi mencionar a palavra "Vale de Zebro" e isso mexe comigo. Quem é que a senhora tem para aqueles lados?
- Tenho o meu filho que no próximo mês de Outubro acaba o curso. Anda lá naquele curso de onde saem todos esfarrapados, mas é uma alegria para ele. Em casa até toma banho a ouvir o hino e as outras músicas dos fuzileiros.
- Pois eu também fui fuzileiro. Eram outros tempos, a Guerra do Ultramar, era mais complicado. Fico contente por saber que há outros filhos da nossa terra que continuam por esse caminho.
- Também lá tenho um irmão. Já está nos fuzileiros há 22 anos e foi ele que levou para lá o meu filho.
- Estou a ver que vim comprar fruta e me esbarrei com uma família inteira de fuzileiros!
- E com muito orgulho. Se soubesse o que o meu filho passou para entrar nos fuzileiros...! Não foi nada fácil. E ele tem um orgulho naquela farda que só visto! Agora só sonha com o momento de receber a boina quando o curso acabar, em Outubro.
- Folgo em saber isso, minha senhora e até à próxima.

3 comentários:

  1. O mundo é pequeno para os Fuzileiros, em qualquer parte nos aparece um, ou que já por lá passou ou ainda continua, sempre com aquele orgulho de ser ou ter sido Fuzileiro, há um agente da PSP aqui na Figueira, sempre de cabeça rapada, quando à civil de tichert sem mangas exibe uma tatuagem no braço do emblema dos Fuzileiros, como é um porreiraço como pessoa um dia ao passar por ele perguntei-lhe: Afinal o SR.É agente da PSP ou Fuzileiro? Respondeu-me que era as duas coisas, fardado era PSP, à civil, era Fuzileiro, e foi um amigo que arranjei! Viva os FUZILEIROS!

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  2. FUZILEIRO NAS 3 FRENTES DE COMBATE EM ÁFRICA: José Coisinhas, Sargento-mor, Fuzileiros

    Alistou-se no Corpo de Tropas de Pára-quedistas em 1958, ainda a guerra não rebentara. Passou por todas as unidades de ‘Páras’ no Ultramar. Foi mobilizado para Angola em 1963. Fez mais três comissões: duas em Moçambique e a última na Guiné, entre 1971 e 1973, onde chefiou o Comando Operacional de Cufar, que abrangia praticamente tudo o Sul da Guiné, a mais difícil zona de combate para as tropas portuguesas.

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  3. Olá Manel!
    Donde é que tu conheces o Sargento Coisinhas?

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