Acabamos de sair do luto decretado pelo Governo em homenagem a José Saramago, mas a goleada aos coreanos e o nosso rico S. João garantem que a festa segue dentro de momentos. PS e PSD preparam-se para estragar a festa (e as finanças) dos utentes dos SCUTS Norte, mas é na festa de S. João que os nortenhos devem procurar inspiração para reagir a tamanha injustiça.
S. João, S. João, dá-me tu inspiração
Para ver se em três penadas
Consigo encontrar a solução
Nem que seja às marteladas!
Saramago:
Não é santo, mas é popular na esquerda onde (?) tanto militou. Na hora da sua morte, merece o respeito e lamento de todos, mas o Governo socialista entendeu que o país devia observar luto nacional durante dois dias, só para continuar a ganhar protagonismo que é o seu forte… Em vivo, quase todos o deploravam. Depois de morto, todos o queriam. Até a Câmara de Lisboa… lhe estendeu o tapete. Sabe-se lá com que intenções!?
Não deve ser fácil reunir consenso sempre que um Governo decreta um luto por razões semelhantes, mas a pergunta que aqui se deixa há muito quem a faça: um dia que desapareça mais um vulto da cultura, da política, do desporto ou da economia desastrosa portuguesa, que ainda por cima tenha sempre respeitado e amado Portugal em palavras, actos e omissões, vão decretar uma semana de luto? O que é nacional é bom? O que é Nobel é ou não?
Resta-nos afirmar que, Saramago, por incompatibilidades diversas, deixou o seu país e instalou-se em Lanzarote, Canárias, Espanha e, para lá levou quase todos os seus bens e patacos que o Nobel merecido ou não, lhe foi atribuído pela Organização Sueca.
Aqui, na minha óptica, existe um contraste que não aprovo e discordo pelo seguinte: se o Nobel é um prémio de muitíssimos euros, além da Honorabilidade prestada ao Insigne Escritor, a viúva Pillar, se queria trasladar os restos mortais para Portugal, tinha possibilidades económicas para o fazer; não era necessário que o Governo malabarista tivesse contribuído com um avião da Força Aérea para esse efeito, pois, não se tratava de nenhuma patente general deste país, mas de homem que, além do prestígio que o Nobel lhe granjeou, era sim, um cidadão português como tantos outros que, mortos em combate ou no seu trabalho de emigrantes, nunca ou poucos tiveram a esmola de ser trasladados para as suas terras de origem.
Que me perdoe a sua viúva, mas, em lugar de chamar-se Pillar, deveria chamar-se de “pilhar”, pois, além da herança do falecido, conseguiu, sem culpa formada, sonegar ou pilhar a Portugal mais uns milhares de patacos, porque o Governo não tem óculos que suprimam a sua grande miopia. Não quero de forma alguma que considerem isto como uma ofensa, mas pensem se existe, de facto, algo de racional no meu pensamento.
Selecção: Como de costume, de bestas a bestiais em 90 minutos. Uma selecção que iniciou o jogo só com jogadores nascidos em Portugal deu sete pontapés certeiros na crise, quando muitos treinadores de crónicas e de bancada já vertiam lágrimas por Scolari e preparavam luto nacional e um avião da Força Aérea para a trasladação dos seus ossos, visto que, estando em terras africanas onde abundam os abutres, ficariam despojados das suas carnes… Em futebol, o que é nacional é bom? O que vem de fora… é ou não?
Sacanagem:
Assino por baixo o alerta de Rui Rio. Com chip ou sem chip, as desculpas para portajar só a Norte é que são “cheap”ou desculpas baratas.
Com as armas que a democracia lhes confere, os utentes das novas SCUT com custos têm obrigação de fazer ouvir a sua voz de revolta por estarem a ser alvo de tão flagrante injustiça e descriminação nacional. Sem esquecer que o pior é “baixar a bolinha”, criando mais um procedente. A seguir só poderá ser pior.
Porque estamos na altura dos Santos Populares, ninguém levar a mal que se diga, como no título, nem que seja à martelada!
(Semi-transcrito e adaptado por: ATVerde)
Sem comentários:
Enviar um comentário