Através da história, o elemento mais fortemente identificativo de uma cultura nacional sempre foi a Religião. A cultura de um povo, ou de um conjunto de povos, integra, certamente, outros elementos, mas foi e ainda é, quase sempre, o mais vinculativo. Trata-se de um elemento tão forte que, não poucas vezes, Cultura e Religião se identificaram e se confundem.
No mundo dito ocidental, ou de influência ocidental, esta identificação é hoje cada vez menos visível. Bem pelo contrário, o movimento é de contínua ruptura. O processo tardio de uma laicidade sadia e enriquecedora acabou por dar lugar a um laicismo cada vez mais agressivo e destrutivo. Mesmo assim, o peso da herança religiosa na vida social e colectiva ainda está vivo, e vivo continuará. Basta ter em conta o número de festas religiosa que dão nome e justificam grande parte dos feriados portugueses.
Ao contrário do que aconteceu e acontece nas sociedades ocidentais, pode dizer-se que nos países islâmicos a identificação entre Cultura e Religião tende a recuperar, senão mesmo a aumentar, o peso que já teve no passado. Em muitas dessas sociedades, o poder político é dominado pelo clero; o texto base da organização política é o livro do Corão; o sistema penal é a "sharia". Hábitos e costumes, desde a alimentação ao vestuário, são fortemente condicionados ou limitados por critérios religiosos.
Vem isto a propósito do que está acontecendo nalguns países europeus, a pretexto da chamada "questão do véu". A França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha e o Reino Unido, entre outros, acolhem, por via de imigração "generosa", fortes comunidades islâmicas, cujos membros já usufruem, quase todos, da nacionalidade do estado que os acolheu. Independentemente do país de onde vieram, todos eles têm aproveitado a riqueza e os privilégios da sua nova "casa", sem, aparentemente, fazerem qualquer esforço visível pela sua integração nas novas comunidades em que se instalaram. O espírito de tolerância que encontraram permite-lhes não usufruir apenas de uma liberdade religiosa total, mas continuar a viver sob os moldes culturais em que sempre viveram, incluindo no que toca ao vestuário feminino. Os "niqabs" e as "burkas" vêm-se multiplicando nos espaços públicos das cidades europeias, e isso aconteceu, surpreendentemente ou não, depois do 11 de Setembro de 2001, sugerindo uma espécie de tentativa de afirmação ou cultural que é, no mínimo, corajosa, mas pode trazer alguns perigos.
Invocando motivos, nem sempre coincidentes, e sob pressão de grande parte da opinião pública, os governos dos diferente países estão a dar sinais, cada vez mais visíveis, de caminharem para a proibição da utilização pública de um tipo de vestuário que tapa a face de quem o usa. Além de outras, são duas as razões mais invocadas: uma, que se escuda nas ameaças à segurança, e merece toda a compreensão; outra, que invoca o princípio da laicidade do Estado e é, pelo menos, muito discutível.
No mundo dito ocidental, ou de influência ocidental, esta identificação é hoje cada vez menos visível. Bem pelo contrário, o movimento é de contínua ruptura. O processo tardio de uma laicidade sadia e enriquecedora acabou por dar lugar a um laicismo cada vez mais agressivo e destrutivo. Mesmo assim, o peso da herança religiosa na vida social e colectiva ainda está vivo, e vivo continuará. Basta ter em conta o número de festas religiosa que dão nome e justificam grande parte dos feriados portugueses.
Ao contrário do que aconteceu e acontece nas sociedades ocidentais, pode dizer-se que nos países islâmicos a identificação entre Cultura e Religião tende a recuperar, senão mesmo a aumentar, o peso que já teve no passado. Em muitas dessas sociedades, o poder político é dominado pelo clero; o texto base da organização política é o livro do Corão; o sistema penal é a "sharia". Hábitos e costumes, desde a alimentação ao vestuário, são fortemente condicionados ou limitados por critérios religiosos.
Vem isto a propósito do que está acontecendo nalguns países europeus, a pretexto da chamada "questão do véu". A França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha e o Reino Unido, entre outros, acolhem, por via de imigração "generosa", fortes comunidades islâmicas, cujos membros já usufruem, quase todos, da nacionalidade do estado que os acolheu. Independentemente do país de onde vieram, todos eles têm aproveitado a riqueza e os privilégios da sua nova "casa", sem, aparentemente, fazerem qualquer esforço visível pela sua integração nas novas comunidades em que se instalaram. O espírito de tolerância que encontraram permite-lhes não usufruir apenas de uma liberdade religiosa total, mas continuar a viver sob os moldes culturais em que sempre viveram, incluindo no que toca ao vestuário feminino. Os "niqabs" e as "burkas" vêm-se multiplicando nos espaços públicos das cidades europeias, e isso aconteceu, surpreendentemente ou não, depois do 11 de Setembro de 2001, sugerindo uma espécie de tentativa de afirmação ou cultural que é, no mínimo, corajosa, mas pode trazer alguns perigos.
Invocando motivos, nem sempre coincidentes, e sob pressão de grande parte da opinião pública, os governos dos diferente países estão a dar sinais, cada vez mais visíveis, de caminharem para a proibição da utilização pública de um tipo de vestuário que tapa a face de quem o usa. Além de outras, são duas as razões mais invocadas: uma, que se escuda nas ameaças à segurança, e merece toda a compreensão; outra, que invoca o princípio da laicidade do Estado e é, pelo menos, muito discutível.
Amigo Verde
ResponderEliminarNão tenho conhecimentos sobre estas tradições respeito-as nos seus Países de origem, mas quando vão para outro Pais terão de fazer um esforço para serem integrados, e não é tapando a cara que o vão conseguir, sabemos lá quem se esconde debaixo dessas burkas?
Costuma-se dizer que em Roma sê Romano
Um abraço
Virgilio
Sou 100% a favor da proibição de andar de cara tapada.
ResponderEliminarQuem tapa a cara é bandido e lugar de bandido é na cadeia.
Tenho dito!!!