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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Carregar... apontar... FOGO!

Por mais que treinássemos não havia maneira de o tiro de salva que tínhamos que fazer no Juramento de Bandeira saísse bem. Em vez de um simples PUM, ouviam-se vários pum..pum...pum e, para piorar as coisas, havia sempre um atrasado que, após o silêncio restabelecido, ainda vinha com o seu "pum" final que soava como um trovão. Não quero ser má-língua mas acho que na maioria das vezes era o 16400 (Pencónis) esse atrasado de que falo.
Por essa razão, e por muito que isso custasse a aceitar ao Tenente Max Fredo, comandante da nossa recruta, foi decidido que não haveria tiro de salva no nosso Juramento. E assim, no célebre dia, quando toda a assistência tapava os ouvidos para os proteger do trovão que representaria o disparo de 300 espingardas Mauser ao mesmo tempo, ouviu-se um simples "CLIC".
 Pensem nisso e na tremenda humilhação por que passaram todos os filhos da minha escola, enquanto assistem ao video-clip que vos deixo aqui.

4 comentários:

  1. O Max Fredo foi juntamente com outros um dos nomes mais badalados na EF... Mas já não me lembro porquê (?!).
    Valdemar Alves

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  2. O Maxfredo e o Pascoal Rodrigues foram os primeiros oficiais comandantes dos Cursos de Fuzileiros quando a Escola abriu em 1961.
    O Pascoal Rodrigues fez o curso de Rangers em Inglaterra e veio, com o posto de 2º Tenente, chefiar os primeiros 2 ou 3 cursos de Especial que deram origem aos primeiros 4 Destacamentos de Fuzileiros Especiais.
    Saiu para Angola como comandante do DFE4, no início do ano de 63, por supostamente ter sérios desentendimentos com o Maxfredo que comandava a recruta da Escola e era já 1º Tenente.
    Este acabaria também por deixar a Escola ao comando do DFE1 em 1964, primeiro a actuar em Moçambique.
    Este oficial ficou conhecido por ser muito militarista e por andar sempre acompanhado por um grande pastor alemão, completamente negro, chamado Taifun. Uma vez, por vingança, apanhámos o cão e esfregámos-lhe no cu um desperdício encharcado em aguarraz. Foi um espectáculo ver o cão correr pela parada, em grande acelerado, para trás e para diante, com a língua de fora e a ganir como um desalmado.
    Depois escondeu-se debaixo daquelas casas de pré-fabricado que havia ao pé do lodo e ninguém o tirava de lá.
    Se o Maxfredo nos apanhava nessa altura estávamos feitos ao bife. Felizmente ninguém se chibou.

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  3. Como te lembras disso tudo! Obrigado Tintinaine.

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  4. Muito bem!..grande memória tem o
    Tintinaine.Relata o passado(40 anos
    e picos), como se fosse o ano passado.Quero no entanto ajudar na
    história e fazer uma pequena correção.O curso que o Cte Pascoal
    Rodrigues foi tirar a Inglaterra com as Praças Claudino,Santinhos e
    Piçarra(a quem já chamaram de os 4
    maginificos),foi o Royal Marines.
    Posso acrescentar,que o Cte P.R.
    era oriundo do Colégio Militar,
    passou ainda pela Academia Militar
    e só depois a ENaval.Nunca foi da
    classe FZ.Comandou o DFE 4 Angola e
    após o regresso,foi colocado na EN
    como intrutor infantaria.Quando
    esperava voltar aos fuzileiros foi
    colocado a comandar um Patrulha que
    nunca saiu a barra.Desiludido com
    a situação bateu com a porta.Foi para o Brasil trabalhar onde julgo
    ainda hoje estará e bem.
    Espero que gostem deste complemento
    Abr.Fuzo MFA

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