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segunda-feira, 28 de março de 2011

Geração do à rasca e também do panasca...

Na manifestação do à rasca
Ali junta da Rotunda
Depois daquela borrasca
Ninguém quis a minha bunda

Apesar de ser honesto
Naquela grande confusão
Dar o corpo ao manifesto
Era a minha grande paixão

Mas, como tudo na vida
Nada protege os panascas
Tornou-se numa falsa partida
Esta meta dos arrascas

Procurei por todos os cantos
Esbracejei como um safado
Torci o corpo em relâmpagos
Mas não deu resultado

Não havia militares
A farda desapareceu
Para o azar dos azares
Outros, pescavam como eu...

Esta Lisboa de outrora
De fartura, deu em crise
Procura, parece que agora
Já não há quem precise?

Dos arrascas, caramba
Não colhi nada de sonho
Do Parque Duarte VII, sem desalma
Até ao Conde Redondo

Fui até à Assembleia
O Decreto saiu ali, aprovado
Mas, levar no cú, que ideia
Começa a ficar muito caro

Há muitos com essa veia
Mas é preciso ser deputado
Fora disso, a coisa pouco rabeia
Passa a ser complicado

Onde é que eu ouvi disto?
Repugna-me esse falhanço
Porque, qualquer ministro
Concorda com o balanço

Conclui, que são mais os paneleiros
Que a gente que se diz honesta
Então, sem olhar a terceiros
Entram todos na mesma festa

E, isto não tem fim, nem termo
Cada vez, alastra-se para pior;
Mesmo dentro do governo:
Quem será o homossexual maior?

Vim embora desconsolado
Mas vou manter-me sempre cortez;
Vou lavar o cú e perfumá-lo
Para ter mais sorte  noutra vez...

Estou velho, pouco valho
É fraca a minha carcaça;
Porque, também do meu rabo
Ninguém o quer, nem de graça...

TIC

5 comentários:

  1. Ó Amigo Verde, esta está de gritos como se dizia no nosso tempo, não faço ideia onde vais descobrir estas «pérolas» mas são mesmo «preciosas».
    Valha-nos estas preciosidades para aliviar as tensões que do dia a dia.
    Um abraço
    Virgílio

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  2. Poesia deste calibre merece o Prémio Nobel!
    Valdemar Alves

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  3. Quase de tudo te aconteceu?
    Nessa grande manifestação
    Se lá foste, a pena, não te valeu
    Foi lá que descobriste tua paixão?

    Homem apaixonado procura,
    Para o seu amor encontrar
    Para que serve esta bravura
    Se mais enrascados vão ficar?

    Não será bem assim,
    Apenas estou a brincar
    Apanhar uma rosa no jardim
    Para ao seu amor levar.

    Vale, sempre, a pena lutar,
    Para defender seus ideais
    Mal os outros não tratar
    Antes lutaram os mediavais.

    Amigo verde os teu versos estão o
    máximo. Um abraço
    Eduardo.

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  4. Até eu fiquei de boca aberta.
    Por esta é que eu não esperava!
    Valha-me a Santa Engrácia!

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  5. Já pregava o velho cura
    Lá do alto do seu altar
    Quando se bebe à fartura
    Acaba-se sempre a cambaliar

    Como é que uma casta tão verde
    Foi cometer essa asneira
    Procurando matar a sede
    E apanhar a Borracheira

    A conta cheirou-te a esturro
    Não tinhas poeque reclamar
    Quem não respeita o Burro
    A factura tem de pagar.

    Acabada a linda brincadeira
    Partilho também a tua mágoa
    Agora em vez de vinho e bagaceira
    Passa para a minha e bebe àgua.

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