Por Artur Leiria
Curiosamente quando estou a trabalhar é quando a inspiração me suscita escrever, só que no momento não o posso fazer e quando chego a casa as ideias sumiram! Mas lá consegui hoje preservar algumas, deste meu discernimento exposto aqui. Este artigo hoje, é muito em especial dedicado ao nosso famigerado Carlos e ao seu controverso “Tintinaine!”
Assume-me que este nome teve o seu princípio pelo simples facto de que no ano 62, do terceiro quartel do passado século de Nosso Senhor Jesus Cristo, recentemente extinguido e passado à historia; rico de histórias inerentes a estes nobres e galhardos rapazes fuzileiros! Ocorre-me à ideia, que o 16429, Manuel Silva, cheio de vida e galhofando, como o estou lembrando, expressou-se alto e bom som, que era o Twenty nine, dizendo: - “ I am twenty nine”.
Contudo, nesses anos regidos pelo outro senhor, aquele a quem roubaram a ponte e que nas escolas tinha quadros alusivos à formação de bons cidadãos, boas famílias e com ditos tais como: “Tudo pela, nada contra a Nação” – “Se soubesses quanto custa mandar gostarias mais de obedecer”, etc., etc. Mas o que mais me impressionava, era ele na sua foto, mesmo por cima do quadro, que estava sempre de vigia a olhar para mim, seguindo-me até com os olhos, quando me mudava na sala dum lado para o outro. Ora este senhor que morreu pobre porque casou com o Amor da Pátria e não com os seus bens, como fazem os de agora! Que nos livrou da guerra! Que nos tirou da miséria das dívidas com a miséria! Merecia estátuas do tamanho de castelos para uns, e que se deixe estar quietinho onde está, para outros… Era aguerrido contra os ingleses que o espezinharam sempre, muito em especial quando estes exigiam, sempre que lhes era pedido, um porco em troca dum chouriço.
Talvez por isso, o inglês não era currículo nas escolas em desprimor para o francês. Eis aí, a razão porque eram poucos os versados nesta língua. Hoje infelizmente, com o impacto da internet, desgraçadamente tornou-se na língua universal! Este “anglo saxon (nismo)”; língua prenha e multifacetada de adultérios e masturbações, onde não se escreve o que se diz, ou diz o que se escreve, que nem sequer serve para lavar os pés à língua lusa de suma pureza!
Desculpem este meu desencadear, mas logo haja um corajoso que persista e leia até ao fim, nem tudo foi em vão.
Tintinaine, era o que foneticamente soava aos ouvidos dos mancebos colegas, do colega em causa(!?) Então, o twenty nine foi alcunhado de Tintinane, o que num nome tudo é aceite e apreciado, talvez até elevado, a uma outra dimensão onde se denota um acarinhamento mais aconchegado…
Em alcunhas somos patentes de topo de lista, que quando pega não larga! Cá agora? Como exemplo, nos açores temos: as famílias “Água de Alto,” hoje apelido próprio derivado do mesmo nome usado como alcunha.
Quem não ouviu falar daquela história passada com um individuo de conhecimentos modestos, que ao registar uma filha recém-nascida na conservatória do registo civil e quando lhe perguntaram que nome queria dar à cachopa depois do Maria, este, mantendo-se pensativo por algum tempo, por fim disse:
- Olhe: prante-lhe Ana. Pronto, lá ficou a pobre rapariga com o nome: Maria Prantelhana… (?!)
É sabido que, o português, é dum carácter único, duma singeleza impressionante, cheia de contrastes, que como exemplo: corta-se um dedo para não se ir à guerra, mas ao ir-se, e, logo ao ver-se o sangue do colega ao lado, este torna-se num jovem pujante de força e coragem, onde o seu latinismo entra em acção; defendendo heroicamente o corpo caído e esmorecido do camarada!
Somos, ou não somos diferentes? Que até em nomes não se foge à regra!
Um abraço a todos!
Há um Verde e um Maduro.
Quem duvidar que amaine.
Cheios de sangue puro!
Disso o Artur está seguro.
Ainda um Carlos “Tintinaine”.
Se não tivéssemos a sorte de ter tido o Mateus por companheiro na CF2, não existiria nenhum Tintinaine.
ResponderEliminarEle que em inglês só aprendeu a dizer "Kiss me plesae", "Will see you tomorrow" e "Bye-bye" juntou-lhe um Twenty nine, pronunciando tudo à moda de Santa Bárbara de Nexe.
O Mateus era o maior!
Quero dizer ao amigo Leiria que na minha vida profissional tive a sorte de encontrar uma senhora, já idosa na altura, com o dito nome de Prantelhana da Conceição.
ResponderEliminarAo saber da história da origem deste nome, fiquei com curiosidade em saber a sua origem e a senhora respondeu-me que foi exactamente como se conta. Quando o seu pai a foi registar e o funcionário do Registo lhe perguntou qual o nome da criança elhe respoudeu-lhe prante-lhe Ana. Mas o mais curioso é que a senhora foi sempre chamada de Ana e só soube que tinha aquele nome quando tratou dos papéis para o casamento.