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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mudaram-se os tempos, ficaram as vontades!

Por Artur/Leiria
Transcrevo na íntegra este artigo encontrado na Net de José Viseu, que vem ao encontro da minha forma de pensar, que penso tenha primordial importância para os admiradores deste grande estadista! Queiramos ou não, foi um homem que marcou Portugal e os portugueses com uma política austera. Todavia, talvez a mais apropriada para a época incerta que Portugal ia atravessando e que infelizmente continua no mesmo impasse!


"O irregular e promíscuo funcionamento dos poderes públicos é a causa primeira de todas as outras desordens que assolam o país.
Independentemente do valor dos homens e das suas intenções, os partidos, as facções e os grupos políticos supõem ser, por direito, os representantes da democracia. Exercendo de facto soberania nacional, simultaneamente conspiram e criam entre si estranhas alianças de que apenas os beneficiários são os seus militantes mais activos.
A Presidência da República não tem forca nem estabilidade.
O Parlamento oferece constantemente o espectáculo do desacordo, do tumulto, da incapacidade legislativa ou do obstrucionismo, escandalizando o país com o seu procedimento e, a inferior qualidade do seu trabalho.
Aos Ministérios falta coesão, autoridade e uma linha de rumo, não podendo assim governar, mesmo que alguns mais bem-intencionados o pretendam fazer.
A Administração pública, incluindo as autarquias, em vez de representar a unidade, a acção progressiva do estado e a vontade popular é um símbolo vivo da falta de colaboração geral, da irregularidade, dada desorganização e do despesismo que gere, até nos melhores espíritos o cepticismo, a indiferença e o pessimismo.
Directamente ligada a esta desordem instalada, a desordem financeira, um ciclo vicioso de males nacionais. Ambas as situações somadas conduziram fatalmente à corrupção generalizada que se instalou…"

Do livro “ COMO SE LEVANTA UM ESTADO” de ANTONIO OLIVEIRA SALAZAR

É isso. Os tempos são outros, mas na verdade este homem tinha razão. E para o provar aí temos exactamente o mesmo procedimento dos políticos de hoje. E nós cá estamos para o provar. Mal vai o País, que ainda não compreendeu o que à distância de mais de meio século foi dito, reflectido e previsto. Eu que não admito a falta de liberdade que então todos nós sofremos, tenho que dar a mão à palmatória...e dizer: afinal Vossa Excelência tinha razão. Não temos ninguém que esteja à altura para levar este Pais para a verdadeira liberdade, económica, financeira, justiça, educação e autêntica Paz. Somos um Povo sofredor que ainda não compreendeu os seus verdadeiros desígnios como Nação e como Povo. Vossa Excelência tinha razão. Dou a mão à palmatória. José de Viseu

2 comentários:

  1. Mesmo na mouche!
    Não podias ter escolhido melhor!
    Agora se percebe a razão de se ter entregue o país a tal tirano.
    O problema é que depois de dominada a situação, ele e os seus correlegionários formaram a sua panelinha (agora diz-se tacho) para viverem à grande e à custa do Zé Povinho!
    Assim também não dá! Então qual será a 3ª via?
    Haverá um Salazar com mentalidade de sueco?

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  2. Quanto ao que dizes, nem mais comandante!
    Na verdade, Salazar esteve tempo a mais, mas no fundo libertou o país da dívida inglesa, que vinha do tempo das invasões francesas, com a pobreza do país, do povo e a dele. País sempre pobre, mas deixou-lhe ouro às carradas, para os que nos dias de hoje possam estoirar à vontade, (se é que ainda existe algum). Livrou-nos da guerra mas não da fome, mas livrou-nos dela!
    Porque acreditou que as estradas e praias deveriam ser sempre públicas, correu com uns quantos americanos que queriam amarfanhar praias no Algarve, como estes sempre fizeram à volta das ilhas das Caraíbas e lagos na América e Canadá, onde se pode ler hoje: “private, no trespassing”.
    Manteve com a sua política, um Portugal heróico que o pôs com ajuda do Eusébio no mapa, doutra forma seriamos castelhanos ainda! Infelizmente a perda das possessões da índia foi a punhalada que mais o afectou fisicamente! Certo que, muitas coisas que fez não foram dignas de louvor! Hoje, o que os da agora vão fazendo serão dignos disso? Duvido!
    Foi homem que não aceitou o progresso desencadeado que se vinha a notar no resto da Europa, talvez porque ao ser ultra-conservativo, até o progresso lhe devia ter metido medo!?. Por essa altura era caduco, uma ‘Oliveira velha’, que provavelmente tinha receio da mudança, se é que ao acaso o deixassem mudar! Provavelmente, por princípios ou por ter medo, optou por não se ter tornado rico, por isso, ser pobre, obrigatoriamente talvez, foi o seu lema!
    Roubaram-lhe a ponte, limitaram-lha as estátuas, mas não esquecer que os tempos mudaram mas as vontades são as mesmas, para muitos hoje, se lhe retribuíssem tudo o que lhe tiraram não seria mais do que um dever porque tudo o que ele fez, bom ou mau, fê-lo pela pátria que tanto amava. Portanto a César o que é de César…
    Portugal, está como está, bem, mal, não sei!? Não fossem os dinheiros vindos da CEE se calhar as estradas seriam hoje um pouco mais e melhores do que as mesmas do seu tempo! (…)
    No presente são mais os que estão bem na vida, mas não esquecer que os outros estão ainda menos bem, porque são mais a comer à custa dos que não comem nada… Por isso, inevitavelmente, continuamos a ser um país de emigrantes a mitigar o pão amassado pelo demónio por esse mundo fora da diáspora!
    Quando poderíamos ser um povo rico de tudo, e até de alegria…

    Ano Novo Feliz para todos!

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