Zé Torres e os pombos-correios!

Dá para perceber?

O Zé Torres, hoje em dia, vive uma vida complicada. Não sei se por culpa dele ou do mundo que o rodeia, mas não é isso que me trouxe até aqui.

Ele foi jogador enquanto as «canetas» lho permitiam. Depois foi treinador enquanto houve alguém que acreditou nele. Mas também fez outras coisas na vida. E uma delas foi criar pombos-correios e competir em provas de Columbofilia.

Um certo dia, enquanto treinador do Varzim, um jornalista perguntou-lhe de que modo ele conseguia motivar os jogadores para jogar nos limites. E a resposta que ele deu merece ficar para a história do futebol luso (ou «Bola Indígena», como lhe chama o Rui Santos). Ora então oiçam-na:

»»» Como devem saber eu crio pombos e participo em provas de columbofilia. No início não conseguia ganhar prova nenhuma, mas depois de muito magicar sobre o assunto descobri uma solução que me deu muitas alegrias. Daí em diante foi só coleccionar taças.

Não precisa perguntar que eu explico, disse ele ao ver os olhos do jornalista brilhando de curiosidade.

Como as provas eram sempre ao domingo, eu prendia os pombos (machos) numa gaiola, separados das fêmeas, desde a terça-feira anterior e depois entregava-os no camião da Columbófila sem os deixar aproximar das pombas. Logo que eles eram soltos, a centenas de quilómetros de casa, voavam sem parar até chegar ao meu pombal, só a pensar em desenferrujar o prego.«««

Depois desta insólita revelação foi uma risada geral. E eu que estou preocupado com a táctica a adoptar para o jogo do próximo sábado, em Alvalade, pensei que talvez o JJ pudesse seguir o exemplo do Torres.

Quem sabe dava resultado!

Atenção que terça-feira já é hoje!