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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Imponente Zambeze!

















Por Artur/Leiria
Vem esta listagem a propósito de tanto se ter falado acerca do acidente em Mopeia, onde morreram todos aqueles jovens do exército português! Soube dessa desgraça só agora, através dos nossos blogues e isso veio a despertar-me o interesse sobre o rio Zambeze. Vou tentar fazer este simples apanhado, sobre este imponente rio, porque o acho fascinante, assim como a sua influência na nossa história em África. Apercebo-me agora, que é o quarto maior rio de África com 3520 km de comprimento, que nasce na Zâmbia corre para o oeste, desce para sul em Angola, faz de fronteira na Namíbia, Botswana, corre outra vez na Zâmbia, corre no Zimbabwe e atravessa Moçambique em toda a sua largura, e, vai desaguar no Indico - sendo o maior rio de África que lá desagua. Venho a saber também que, as impressionantes Cataratas, Vitória, que são consideradas umas das maiores maravilhas de África, são pertences deste majestoso rio, além das Cataratas de Chuvana junto à fronteira de Angola e as Cataratas do Ngonye na segunda passagem na Zâmbia junto a Sioma.
São duas as imponentes barragens eléctricas que o Zambeze alimenta, as primeiras em Kariba e as segundas as de Cabora Bassa em Moçambique, no distrito de Téte. No aspecto geográfico este rio é a veia aórtica bem no coração de África, que se comprime nas gargantas formadas entre montanhas em vários locais no seu percurso, ou se espraia nas grandes planícies no tempo das cheias, substanciando vida à flora vegetal e animal... Criando ainda um visual panorâmico que extasiam - olhos com a sorte de o verem - com toda a sua beleza e explendor! Historicamente falando, teve um impacto negativo para nós, portugueses! Claro, que se tivéssemos políticos à altura, no então e sempre, a narrativa hoje, de tudo quando foi português em África seria no seu total, com uma aliciante diferença! Acreditávamos, que para validar o que passaria a ser nosso ao descobrir-se, aos olhos dos europeus, bastaria a colocação dum padrão a servir de marco e bandeira, quando, o que na realidade nos  interessava era o comércio com os povos nativos e não as terras circunvizinhas às feitorias do comércio de então. Contudo como houve sempre a ganância – do mais olho que barriga – nada mais se fez sobre a exploração dos terrenos apadronados, na ilusão de que ali ninguém mais tocaria… Até que vem um Livingston, entre outros, rio abaixo explorando-o, concluindo  afinal, que os portugueses nada fizeram em prol dos povos indígenas adjacentes ao sumptuoso rio, e que os tais padrões nada quereriam dizer quanto à apropriação de tão bastas terras. Daí, advêm o nascer dos dias negros da nossa história, ao tentar-se em vão defender, o por nós tão ignorado - Mapa Cor-de-Rosa! Aqui-del-rei que os ingleses nos vão roubar as terras de África, entre Angola e Moçambique!? Tentamos negociar e, até militarmente resistir a um ultimato que nos foi feito pelos nossos, supostamente, maiores aliados desde que Portugal se conhece(!?) Cria-se a 'portuguesa' que é o choro do fracasso, com o ‘contra os canhões marchar, marchar’ de Alfredo keil… Não hajam dúvidas que fomos sempre um povo inerente ao fadário do Fado, onde choramos porque não temos e choramos também, porque não temos mais do muito que já temos! - Ah sangue árabe e cigano, que nos vais correndo nas veias e que alimentas, politicamente, cabeças ocas!
Desculpem o ter fugido um pouco ao assunto do grande rio, que não tem culpa. Todavia, este rio, logo ao entrar - na terra da boa gente - é rodeado de montanhas mais uma vez. Aí, foi criada a imponente Cabora Bassa, que tem uma beleza e um valor imprescindível, para as pessoas que vinhamos amando, mas que acabamos por escorraçar numa guerra, onde a politica sem substância se ia arrastando, criando assim uma amargura desnecessária; basta de total incompreensão, a tão boa gente!…
Vejam só, algumas fotos captadas do valioso Google, por mim inseridas a confirmarem a beleza e até a imponência dum rio que, até vidas de jovens heróis não soube poupar, porque alguém na posição de comando jamais o soube compreender…

Paz às suas almas!

2 comentários:

  1. Parabens pela execelente pesquisa, é um trabalho com cabeça tronco e membros. Esclarecedor.
    Como que em busca de seu ninho,no aconchego dos dias de Inverno na procura do mar.
    Acreditem que me têm aqui.
    Porque aqui nasci, a uns escassos metros de um Rio D´ouro, num mês de Janeiro.
    Os rio são eternos.
    A quem os ama jamais os esquece.
    A irresponsabilidade dos mandantes humanos, é a eles, que se lhes deve atribuír todas as responsabilidades.
    Não fossem as cheias nos rios e as suas àguas estaria podres e o seu leito imundo. Os invernos rigorosos, contrariam as intênções e propósitos daqueles que assiduamente os maltratam.
    Reconhecido como homem do rio, e do mar, uma vez mais felicitar-te pelo excelente e irrepreensivel trabalho.

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  2. Obrigado Valdemar pelas tuas palavras de encorajamento! A semente, que na minha simples forma de ver e procurar as coisas, vou atirando, vai caindo em mentes raras mas férteis! Não fôssemos nós, um punhado de verdadeiros homens e que teima-mos em continuar a sê-lo, nada disto valeria a pena!… Vejo que és homem do mar e do rio, que valorizas a grandeza e a utilidade dum rio tal como o Douro que te viu nascer. Sabes, abastadamente, dos afazeres que concernem as lidas inerentes às fainas do mesmo, tais como: pesca, transporte nos veleiros rebelos e dos batelões, usados no labor da angariação das areias. Segundo o que li algures,num jornal, talvez tivesse sido essa a razão, descontrolada, com certeza, no angariamento da mesma para que os pilares da ponte de Entre-Rios perdessem o suporte necessário, para a manter na sua verticalidade, contrário aos efeitos da física, que não mais o permitiu, ruindo sem que a tragédia pudesse ser evitada…
    Gosto do rio quanto possa, já como miúdo de escola, usava sempre um rio imaginário aquando no esboço dum desenho de paisagem… Fui criado junto a um, pequeno hoje, mas grande na altura da minha meninice. Lá fiz de tudo o que uma criança pode fazer com um rio, o que ainda hoje me apraz relembrar! Oh quem me dera os tempos idos, cheios de simplicidade e inocência de garoto que jamais voltarão…
    Um abraço!

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