Se, falando de merda
Surge aquele que não gosta
Tal como, comendo erva
Tudo acaba em bosta
A merda é uma riqueza
Mas todos fogem dela
Até a mais bela pureza
Por dentro, não vive sem ela
Metê-la nos bolsos, esquisito
Tapam o nariz do mau cheiro
Se calhar não foi bonito
Mas circulou no corpo primeiro
É ditado destas gentes
Já dizia a minha avó:
Primeiro, passa pelos dentes
Antes de fazer-se cócó
Se o verbo é cagar
Que mania do calão!?
Quer digam cócó ou defecar
Vai tudo dar em cagão
Neste mundo traiçoeiro
Onde ninguém quer a caca
Vivemos nesse atoleiro
Fugindo da merda à socapa
Cagando do cimo dum muro
Ficando com o cu à espreita
Cagalhão mole ou duro
Bate em baixo é merda desfeita
Se cagar fosse bonito
Tornar-se-ia em boas obras
Traríamos de qualquer sítio
Nos sapatos, meias-solas
Pûs-me a cagar às escuras
Para ninguém me ver o cu
Estava olhando as minhas curvas
Quando reparei estavas lá tu
Se valesse dinheiro, quem caga
Meio mundo estava rico
Mas o cagar não vale nada
Eu sou pobre e pobre fico...
BRAVO AMIGOS!
ResponderEliminarIsto é a verdadeira poesia à Portuguesa, até d, uma coisa mal cheirosa conseguem fazer versos maravilhosos! Boa continuação!...
Aquele abraço
Agostinho: reformado paga imposto
ResponderEliminarTabalhador imposto tem de pagar
Ainda para não pagar imposto
Vamos ter de deixar de cagar
II
Filosofiando o cagar
não haverá grande perda
aos politícos lhe pintar
A cara cheia de merda.
III
A merda que nos desnorteia
que nos põe-nos o cú arder
Mandar a merda para a cadeia
E ainda mandá-los a lá comer