Na visita que eu (Verde) e o Carlos fizemos ao Valdemar, em Sebolido, houve uma altura em que ele nos brindou com a água pura e cristalina duma fonte que o viu nascer, pois, fica pertinho da sua casa, virada para o Rio Douro e para Nascente, donde vem o sol doirado que dá luz, brilho e magnificência aquelas terras encantadoras…
Vou falar-vos doutra fonte. Já o havia de ter feito para ficar mais ligado ao nosso encontro realizado em princípio de Junho, mas tudo tem uma ocasião e, sendo assim, só agora chegou o momento…
“Uma lenda portuguesa conta um episódio que nos dias de hoje merece ser reflectido. Com a devida vénia, vou recontá-la, com alguma liberdade, sem, como espero, ferir o essencial e também a própria consciência de quem, por ventura ou desventura, esteja nestas circunstâncias ou noutras similares. Em tempos que já lá vão, numa pequena aldeia de Portugal, um lavrador muito pobre estava a trabalhar num monte, procedendo ao amanho de lenhas para sua utilização nas tarefas de confecção culinárias. Perto dali, havia uma pequena fonte. Muito cansado do trabalho penoso que estava a fazer, foi beber um pouco de água. Depois de saciar a sede, quando se dirigia novamente para o trabalho, ouviu uma voz:
- Sempre que vieres beber desta água encontrarás três moedas de vintém.
Surpreendido, viu três moedas junto à nascente. Mas a voz impôs-lhe uma condição:
- Não digas nada a ninguém.
Recorde-se que, nesses tempos, três moedas de vintém eram suficientes para alimentar uma família. Nos dias seguintes, voltou a beber na fonte e lá encontrava as três moedas. A partir de certa altura, deixou de trabalhar, para espanto de toda a aldeia. A sua esposa, também ela intrigada, um dia perguntou-lhe:
- Há semanas que não vais trabalhar. Onde arranjas o dinheiro que trazes para casa?
Depois de muita insistência, acabou por confessar de onde vinha o dinheiro. Porém, no dia seguinte, quando chegou junto da fonte, não encontrou moedas. E assim sucedeu, sempre que foi aquela fonte”.
Nos nossos dias, a fonte fica mesmo à beira duma estrada. São dezenas de pessoas que diariamente ali vão refrescar-se, sobretudo nos meses quentes.
Esta lenda faz-nos lembrar todas aquelas pessoas que, tendo poucos rendimentos, não têm sabido aproveitar os subsídios que a solidariedade social, do Estado ou de Instituições, lhes são atribuídos. Em vez de aproveitar esta ajuda para melhorar as suas condições de vida, na grande maioria dos casos, deixam de trabalhar.
O mais preocupante é o facto de que nesta quantidade de pessoas que se deixam arrastar por estas situações, estarem na idade activa. Se continuassem a trabalhar sempre iam ganhando algum dinheiro, mesmo que precisassem de alguma ajuda suplementar. Habituam-se a não trabalhar, confiados que os subsídios nunca acabam e, em muitos casos sobrecarregam as instituições que generosamente oferecem refeições, vestuário, etc. Algumas destas instituições, dado o número sempre crescente de pessoas que a elas recorrem, atravessam sérias dificuldades, vendo-se limitadas nas ajudas que prestam.
A desculpa de que não há trabalho, não colhe a opinião pública, porque, existem áreas que vai havendo onde trabalhar. Haverá, isso sim, falta de vontade… Temos licenciados a trabalhar em serviços que não são ligados ao que aprenderam mas, são um exemplo de quem quer trabalhar. A referida fonte, qualquer dia, vai esgotar a sua água cristalina e depois, conduzir-nos-á para a grande aridez de um deserto quase interminável onde todos morreremos de sede…
É um regalo na vida
À beira da água morar
Quem tem sede vai beber
Quem tem calma vai nadar
Nem sempre uma cara linda
Traduz encanto no mundo
Há mil fontes de água límpida
Cheias de lodo no fundo…
(Verde)
Mais uma linda História e uma Lenda para no final servir para alertar mentes que possam estar adormecidas.
ResponderEliminarO Comodismo é a pior doença que o ser humano pode deixar vencer-se por ela.
Quem se habitua e faz a vontade ao corpo jamais ele quererá obedecer a uma regra fundamental.
Quem vive a expensas de alguém é parasitário.
Sério e homnrado é aquele que vive do que produz e não sugando alguém.
Fala a sabedoria popular que tão ladrão é o que rouba, como o que fica à porta.
Estas situações são facilitadas e criadas porque quem devia se interessar pelo direito fundamental do País e da Produção.
Mas quem aufere esses vencimentos muitas das vezes são os menos culpados há muita gente empenhada em que funcione assim, porque isso dá-lhe bons empregos e direitos a auferiem ordenados chorudos, fazendo a seu belo prazer o que querem.
Gente que é paga para não trabalhar!!! Só tem um rumo mental: quando a Fonte secar e se calhar seca mais cedo que o previsto irão optar pela marginalidade.
De pequenino se torce o pipino.
Tenham vergonha!!! Quem ganha e está apto para o trabalho tem de trabalhar e há tanto para fazer. Assim houvesse justiça e vontade dos politícos, que na procuram de mais um voto criam e aplaudem estas injustiças.Sou a Favor totralmente de um Rendimento de Reiinserção Social dando-lhe todas as condições mas só a quem justificadamente o merecer.
Não a este negócio Chinise.
Estes sim os principais responsáveis.
Se era este o comentário desaparecido aí o tens de volta.
ResponderEliminarHá certas alturas em que o «Blogger» está indisponível por razões técnicas, mas logo que entra de novo em serviço actualiza-se automaticamente. Normalmente nada se perde.