Ontem voltei a sair de casa logo pela manhãzinha. Destino, Terras Altas Transmontanas, na zona de Montalegre. O dever chama, poderia eu dizer, mas de facto trata-se mais de passeio que de trabalho. Carregar a mala de ferramentas ou o computador de um irmão mais novo que trabalha como técnico de comunicações e passa os dias a calcorrear os montes, garantindo a necessária assistência aos equipamentos de rádio dos parques eólicos que cobrem as cristas dos montes. Ele garante o funcionamento do serviço e eu garanto-lhe alguma companhia para não andar sozinho por sítios tão ermos.
Quando assim acontece, fica o trabalho de pesquisas (do pessoal da CF8) em suspenso. Mesmo assim as coisas não param, pois há sempre alguém, empurrado pela minha impaciência, que vai fazendo qualquer coisinha. O António Páscoa tinha reconhecido um dos nossos camaradas numa das fotografias que publiquei há dias e disse-me que sabia onde ele morava e que se ocuparia de o localizar.
Ontem, enquanto íamos subindo lentamente uma das encostas da Serra do Barroso, tocou o meu telemóvel. Atendi e, embora com alguma dificuldade pela má qualidade da ligação, tive uma conversa com o Margato, o tal da fotografia, a quem o Páscoa tinha fornecido o meu contacto. Trocamos uma série de informações rápidas e prometemos continuar a conversa mais tarde e em melhores condições.
É mais um a engrossar a lista dos "já encontrados", diminuindo o número dos desaparecidos. E tem mais, ele prometeu que na sua próxima viagem aos Açores, onde diz ir com alguma frequência, vai à procura do Pepe, o nosso camarada açoriano que mora em Vila Franca do Campo.
Só boas notícias!
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