Como sabem (estou a dirigir-me aos meus camaradas fuzileiros) uma praça que estivesse de serviço tinha sempre um guarda-costas para o proteger. Das três praças que estavam de serviço de guarda em qualquer posto e se revezavam, fazendo serviço de sentinela, durante vinte e quatro horas seguidas, havia uma "de serviço", outra de guarda-costas e a última a descansar. Era assim na minha Companhia e parece-me que em todo o lado se fazia o mesmo.
O Brandão, que podeis ver na fotografia acima era meu guarda-costas permanente. Na esquadra de que eu era chefe, ele era o grumete mais antigo e tinha, por isso, uma posição previligiada. Como era o mais forte de todos dava-me jeito chamar-lhe guarda-costas. Nem que fosse só para fazer de conta. Por casualidade, mora também em Aveiro e, sendo o convívio na sua terra, não tinha desculpa para faltar. Para garantir ao chefe a protecção necessária, está claro!
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