Por Artur/Leiria
Um dia de sol radiante, entre muitos que sobejam nestas memoráveis paragens do tempo que já lá vai de todos nós, o qual teima em deleitar-nos com esta tão sublime vivência! Não fosse a foto, mostrar o contraste existente entre o preto e o branco, poderíeis dizer que, não era nada mais do que invenção minha.
Sim, o dia estava lindo e, mais lindo se tornou porque, um dos elementos fundamentais da cena não é mais nem menos que a Bolinha para o Tintinaine, ou a Pompeia para o Leiria. “Desculpa Carlos mas emoções e sentimentos são pertences de quem os tem…”
Alguém, não se sabe quem, está desafiando a actriz (Bolinha), desta cena estática, bem congelada no tempo e no espaço! Mas ela, como é do nosso conhecimento, logo que não fosse uma guloseima como oferenda, estava-se marimbado para tais assanhamentos e banalidades!
Aí, bem juntinho ao refeitório, era território por ela bem demarcado, e porque era bem dela, dali ninguém a tirava e, se ela falasse, teria dito: “só se levassem, o seu corpo sem vida, caso contrário, voltaria logo!” Sim, fazia ronda voluntária a outros territórios, porque mandava queria e podia. Ou não fosse ela a nossa bem estimada mascote!
Barris a granel, da pinga que nos apaladou os fartos repastos; próprio das forças militares de elite! Eram estes (barris), componentes integrantes da cena que dizia respeito aos elementos de faxina na preparação da culinária do rancho!
O descascar da batata era cenário bem comum naquele mundo da Bolinha/Pompeia… que era também nosso na preparação dos já referidos apetitosos manjares!
Em frente, bem ao fundo e à esquerda, o dormitório, lugar das tão necessárias e reparadoras dormidas do labor da tropa e das eventuais boémias de tão castiça marujada!
Mas aí, foi também o palco de peripécias bem aliciantes, ricas de humorismo! Quem não se lembra, de tanto rir à gargalhada, quando um Mateus, que Deus tem, com o membro viril excitado, erecto e bem exposto, surpresa, talvez, para alguns espectadores ainda sonolentos duma noite de extravagancia?!
Tudo isto por causa do resultado do excesso de fluído armazenado, o qual biologicamente requeria, uma expulsão rápida e completa, o Mateus dizia, ao caminhar para o balneário: “abaixa a cabeça”!
Outras vezes, para quebrar a monotonia da repetição, lá vinha o homem, do bem avolumado membro, bem escuro de pele, descalço até ao pescoço a marcar passo: um dia com botas, outro dia com o capacete, ou outros utensílios da faina da guerra, dependurados na sua virilidade hormonal! Cenas vivas, de tão saudosa vivência, que jamais esqueceremos…
Lá bem do mesmo lado da caserna tínhamos o herói da “flatulência”!
Homem que não lembro quem foi, por isso, é preciso, sem vergonha, pôr o dedo no ar e dizer bem alto: “fui eu”. Pergunto agora amigo, como conseguias tu e a toda a hora, replicares como se fosse música, usando os teus tão bastos e escoantes gases e dizias, quando um colega se descuidava: “isso é uma vergonha dum p…., não é p…., nem é nada", e tu ao mesmo tempo a musicar: "pum, pum, purum, pum, pum…" e sempre pronto para mais!
Impressionante! Ainda bem, porque as boas maneiras não se queriam a morar connosco; de maneira nenhuma, cá agora?
Outras peripécias, que se sabe terem existido, ficam para alguém contar, (não quero de maneira nenhuma puxar todas as sardinhas às minha brasa, ou vice-versa), porque vocês também precisam de comentar.
Foi em frente deste ditoso lugar (caserna) que, muitos e agradáveis eventos se desenrolaram! Foi aqui, também, na formatura para se decretar os afazeres do dia-a-dia, que ao recordá-lo, tem sido inspiração para algumas narrativas que, fazem parte do meu atrevimento, algures nos blogues tais como: “sapato na panela”, “madrinhas de guerra” e o artigo sobre o Peniche, entre outros…
Por detrás da caserna, como deverão lembrar, havia a vedação onde ocasionalmente, iam aparecendo algumas moçoilas nativas que, a cobro duns magros trocos emprestavam os seus corpos, não era bonito mas era “o cumprir,” de parte a parte, das necessidades físicas e biológicas.
Do lado direito, vê-se a torre de comando, chamo-lhe torre, porque a hierarquia militar exigia que o trigo ficasse separado do joio, os ali bábas separados dos ladrões por isso os alojamentos tinham que ser diferentes!
Tudo isto é sinónimo das classes privilegiadas de sociedades de trazer por casa! Onde o sangue azul, que se por acaso o fosse, nem lagartos seriam, porque o destes é bem vermelho.
Todavia, para não esquecer que no nosso Portugal, de tantos soldados e marinheiros heróis, é também terra basta de doutores, sem descrédito aos verdadeiros, porque os outros são da mula ruça!? Mas isso são contas de outros rosários!
No lado esquerdo da foto, que não se vê nesta inserida, existia a enorme mata que serviu como palco das corridas em formação, logo após o toque a levantar, onde praticamente esta era feita em cuecas e, se fazia ainda com os olhos meios fechados por causa do sono intenso, que de forma alguma não nos queria abandonar!
Lógico, que falo por mim e por alguns mais, certamente.
Nota final: Curiosamente o computador pregou-me uma agradável surpresa e, é o Carlos a fazer-me uma chamada de atenção, sobre isso. Coloquei a foto, depois de inserida no blogue, à espera que lhe juntasse o texto, na barra “task” em baixo e, não é que sem meias medidas: zumba, lá vai ela sem este texto, que lhe é inerente, bem agarradinho ao rabo sem eu ter mandado! Atrevida! São coisas desta vida, bem cheia de surpresas que certamente vamos vivendo com amor!
Ai se o Serafim Galguista lesse este post ...!
ResponderEliminarTal e qual.
ResponderEliminarUm relato preciso do nosso companheiro Leiria.
Bos recordações amigo.
Um abraço