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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Robalos Gregos!?!?

Este robalo foi pescado na foz do Rio Vouga, vulgo Barra de Aveiro, um robalo não residente, ou seja, que vive no mar, ao contrário dos residentes, que vivem para montante da foz, muitas vezes junto dos molhes, entre as pedras. É mais claro do que estes e assim pode distinguir-se muito facilmente dos robalos de aquacultura que enchem as bancas em todo lado. Já os residentes são iguais no aspecto aos de “aviário”. Como distingui-los então? Os robalos de aquacultura são mais moles, têm gordura no ventre e por vezes ainda ração nas tripas.


Feita a apresentação do bicho, vamos à caldeirada que, com o tempo, evoluiu de receita de família para um misto de outras saboreadas, sobretudo com a introdução de pimento e rodelas de limão, etc..

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O texto acima não é da minha autoria, nem é minha intenção dar-vos lições de Zoologia ou receitas de Culinária. Serve apenas como introdução para vos contar aquilo que, hoje, me vai na alma.
Lembram-se daquele fulano que ia pela rua fora e alguém que se cruza com ele lhe diz - Olá filho da terra?
Este fulano que não reconheceu quem desse modo o saudou, pôs-se a magicar na razão de tal saudação:
- Chamou-me filho da terra. Que quereria ele dizer com isso?
- Pensando bem, filho da terra é um caracol!
- Um caracol tem cornos!
- Ai o grande filho da mãe que me chamou «cornudo»!
Comigo passou-se coisa semelhante. Acordei a pensar que hoje joga o Benfica.
Onde? Em Matosinhos.
E o que há em Matosinhos? Um porto de pesca.
E onde há um porto de pesca há peixe para vender.
E eu, sempre que vou comprar peixe, compro «Robalos». A minha mulher prefere salmão, mas isso é outra história e fica para outro dia.
Na última vez que fui à lota de Matosinhos comprar peixe e fui apreçar os robalos, pediram-me 15€ por um kilo. Fui andando e vendo o que havia em exposição e, de repente, caiem-me os olhos num cabaz cheiinho de robalos, encimados por uma pequena placa que apregoava 7.50€ / kilo. Perguntei se era verdade e responderam-me que sim. Voltei atrás e fui ter com o primeiro vendedor, dizendo-lhe:
- Então você está a vender o robalo a 15€ e ali o seu vizinho do lado está a oferecer-mo a 7.50€? Como é que isso pode ser?
- Aquilo são robalos gregos, amigo! Se é aquilo que quer volte lá e compre.
Não entendi o que ele quis dizer, mas também não quis dar parte de fraco e vim-me embora sem comprar qualquer robalo. Mais tarde dirigi-me a uns amigos, aqui na Póvoa, especialistas nessas lides, e questionei-os obre o assunto.
- Eh pá, isso não tem nada que saber! São robalos de «aquacultura», peixe de aviário!
Estou sabendo!

4 comentários:

  1. Vou mandar-te o meu endereço por e- Mail e se tiveres a Arca frigorifíca cheia para despachares alguns, pois que a minha está a baixo de meia e com esta crise de reformado não perspectivo possibilidade económica para a encher. Foi no momento Certo. Enquanto isso lá vou continuando a comer meia sardinhita salgada enquanto o estômago a for tolerando, e como o Verão não está longe, vou continuar a comer os meus peixinhos de água doce do meu Rio Douro. Fica combinado depois envio-te o meu endereço. Um Abraço

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  2. Amigo Tintinaine
    Já lá vão bastantes anos, recebi um convite para ir á Exponor a Matosinhos a uma exposição de material ligado ao meu serviço, com sempre fazia quando saía em serviço, levei comigo alguns meus colaboradores, finda a visita, regressámos a Oeiras, pelo caminho parámos em Espinho, para tomar uma bica, pela decoração da casa vi que era dum Benfiquista, entrei na conversa com o proprietário, mas o Homem estava desconfiado que fossemos alguns Portistas no gozo, e estava com má cara connosco, aí recorri ao Maurício, que é sócio do glorioso e pedi-lhe para mostrar o cartão, o Homem quando vê que éramos mesmo Benfiquistas, abriu o coração, e foi um fartão, desde: que o Estádio da Luz era uma Nação, e o maior desgosto da vida dele era ter um filho Portista,foi a maior lição de Benfiquismo que alguma vez pensámos ouvir, passados muitos anos ainda hoje quando estamos juntos falamos nisto e rimos um bom bocado.
    Um abraço
    Virgilio Miranda

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  3. Conversa de aquário hein?
    Com que então são gregos, lá está o povo a falar no usual calão, quando deveria dizer de imediato, que era peixe de aquário! Sendo assim nem a própria Net nos pode ajudar caramba…
    Se colocares na barra de pesquisa do Google: “peixe Grego”. “Sorry, no matches found,” seria talvez a resposta.
    Mas nestas coisas como o nosso/vosso tempo sobeja, por portas e travessas consegue-se tudo o que é resposta para se chegar a conclusões concretas.
    Ou não fôssemos nós todos, marujos de água doce agora, como o Virgílio.
    Gostei da tua historieta, Comandante!
    Essa do caracol, eu explico, pensei em publicá-la antes mas agora, que espantaste os pardais nada a fazer, mas vai neste comentário:

    Um homem era mesmo cismático e alguém que o sabia ao passar por ele vai:
    “Bom dia senhor maltês” o homem pára, volta-se para trás e cisma.
    “Maltês? Maltês é um gato!
    Um gato? Um gato é um bicho!
    Um bicho? Um bicho é um caracol!
    Caracol! Caracol tem cornos!
    Tem cornos… tem cornos…
    Filho da p… chamou-me corno”

    Saúde anti-cismática, comparsas!

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  4. Cada um comentou a minha história à sua maneira e, para que ninguém se zangue, não vou responder a nenhum dos três.
    Mas só vos quero dizer que acordei a pensar no Benfica e adormeci de novo a sonhar com o hat-trick do Angelito.
    Se Deus, lá em cima, gostasse de futebol, tinha guiado a bola mais vezes para dentro da baliza, porque o rapaz trabalha que se farta e merecia ter feito dois hat-tricks (pelo menos)!

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