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sábado, 28 de agosto de 2010

Alguns contrastes de legalidade e licitude!

Nem sempre existe correspondência entre a legalidade e a licitude moral do comportamento humano. Este desajustamento vai-se intensificando progressivamente com a aprovação e a promulgação de diplomas legislativos diametralmente opostos aos princípios morais e éticos pelos quais se rege ainda a maioria dos portugueses. E, paradoxalmente, é em nome da liberdade, da igualdade e do progresso civilizacional que se têm tentado justificar esses graves dislates que atravessam o coração das pessoas e esbarram nesta sociedade de poucos valores.
Apesar de alguns apoiarem e saudarem a recente promulgação da lei referente ao chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo, considerando-a como um importante marco histórico, a verdade, porém, é que ela vai certamente contribuir para um perigoso retrocesso na estrutura social. Tratando-se de um problema fracturante, como já foi reconhecido, a referida promulgação, em vez de potenciar unidade e de fomentar a coesão, vem antes contribuir para aumentar tensões e acentuar clivagens.
No pensamento confuso e turbulento de muitos, há flagrantes contradições. Como é sabido, desde há muito tempo que se vem contestando a estrutura familiar, que tem a sua raiz fecunda no casamento celebrado entre duas pessoas de sexo diferente, argumentando os seus opositores de que ele, mais não é do que o cumprimento de meras formalidades inimigas da celeridade e da simplicidade desejadas. Por isso, muitos têm infelizmente optado pela conhecida união de facto, já consagrada legalmente entre nós, a qual nos confere a possibilidade, quando isso lhes convier, de se descartarem facilmente da sua situação.
Pelo contrário, essas pessoas que são portadoras de orientação sexual diferente, como agora se diz, reivindicam o direito de serem equiparadas àquelas que têm o seu casamento reconhecido pela autoridade civil. Também os impulsionadores da elaboração de tal lei se orgulham pelo êxito final, por terem assim contribuído para a felicidade das pessoas, esquecendo-se de que nem tudo o que apetece ou dá prazer é susceptível de cobertura jurídica e nem sempre comporta essa felicidade que muito se apregoa, que mesmo entre casamentos naturais, quantas vezes se evapora. Duvido, pois, que tais casamentos, venham a tornar-se num autêntico mar de rosas. Todavia, me parece haver aqui férrea vontade de encobrir, politicamente alguém que, de certo modo goste de saborear os cortejandos de homossexualidade, ficando assim, isentados da censura imoral de tais actos que a maioria da sociedade repugna e detesta em grande escala.
Na senda do “avanço ético”, outros interesses se começarão já a perfilar no horizonte dos chamados progressistas, designadamente a adopção de crianças por parte de casais do mesmo sexo e a tão propalada eutanásia como processo, segundo erroneamente afirmam, de conferir dignidade ao termo da existência.
Tudo isto é um chocante retrocesso e uma afronta inqualificável para a estrutura moral e ética da família, que irá ter, sem dúvida, consequências muito nefastas para as gerações mais jovens.
Por isso e sem prejuízo do respeito que todos nos merecem, os cristãos, particularmente e mesmo muitos que professam outras ou nenhumas religiões, jamais poderão abdicar do seu honrado património valorativo, ficando indiferentes, numa atitude de criminosa passividade, perante os desafios que têm pela frente, nestes tempos em que forças tenebrosas tentam cobrir de poeira a sua esperança numa sociedade melhor e com valores verdadeiramente sãos.
Da podridão nada se aproveita! A não ser a de João Moutinho que nada tem de podre, mas de perfeita sanidade!
A.T.Verde

2 comentários:

  1. Amigo Verde
    Nada mais posso acrescentar ao aqui descrito, a não ser o meu total acordo, e APOIADO, em maiúsculas para não haver duvidas.
    Um abraço
    Virgílio

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  2. Percebo amigo A.Verde as preocupações e até reconhecemos que para lá das inquietações, que aparentemente todas as pessoas mostram ter, nunca as sociedades chegaram muito perto da perfeição!
    Também será verdade, que já nas antigas civilizações, que fizeram história e por isso chegaram até nós, havia sinais de graves desvios!...
    Bem, mas o que lá vai lá vai, sendo verdade que esta criatura que se chama Homem e que teima em cometer erros velhos, como muito bem diz o Valdemar, havendo até quem diga - os mais cépticos - de que a espécie humana veio criar os maiores desequilíbrios no planeta, porque será o maior predador a habitar o mesmo! Bem, este tipo de raciocínio que já vi esplanar, levar-nos-ia à negação da evolução natural da vida na Terra, um raciocínio irreal e que não tem objectivo prático, por não ser realista.
    O Homem é um ser inteligente e muito controverso, poderíamos dizer, mas seguramente será muito mais que isso!... É optimista por natureza, mas tem fases negativas que não o favorecem nada e talvez por isso tem oscilações que variam entre o positivo e o negativo e com mais frequência do que seria desejável...
    Há contudo um pormenor que sendo um facto nos dá toda a esperança que será sempre bom mantermos. Referimo-nos ao EQUILÍBRIO que acabou sempre por imperar, vai-se lá saber porquê, mesmo nos piores momentos da Humanidade!
    Depois e só para terminar, parece-nos que seria útil para a nossa felicidade possível, não tentarmos transportar sobre os nossos ombros tantos problemas que uns e outros vão criando, primeiro porque não iremos ser capazes de os resolver, depois porque tem sido uma constante o ressurgir do tal equilíbrio que tem funcionado em todas as ocasiões!
    Um grande abraço para o nosso bom amigo Verde! Gosto do tema!
    PIKÓ

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