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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Comentando: O apelo ao Santo António

Enterrai-os bem no fundo
Esses falsos patriotas
Para acabar neste mundo
Esse bando de idiotas

Que de bandeira sobe a urna
Sinal de valor e lealdade
Enfiai-lhe o mastro na bunda
Local da sua heroicidade

Se houver dificuldade na cova
Por causa dos eternos ajustes
A ideia já não é nova
Dai-os a comer aos abutres

O Sto António não tem culpa
Dessa grande e raivosa matilha
Juntam-se todos em catadupa
Formam uma falsa família

Para eles há sempre de tudo
Fartos de gozo, dinheiro e alegria
Para os pobres é um canudo
Vão morrendo de fome e agonia

Vamos vivendo assim...
Meus amigos, até quando?
Os piratas deste jardim
São todos do mesmo bando...

2 comentários:

  1. Formidável ! ... . Meu caro Verde, como sempre, estou atento à tua veia poética e, sobretudo, quando passa do imaginário para o real . No entanto, e se não te importas, só queria dizer que, alguns deles, certamente, nem funeral mereciam, isto, em relação ao tradicional, e quanto aos abutres, apesar de não ser uma espécie da minha simpatia, penso que, por norma, não se comem uns aos outros, mas, se estiver enganado, talvez se conseguisse reduzir o respectivo número, dada a possibilidade dos vivos poderem ficar envenenados em conseqência dos mortos .

    Um abraço

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  2. I
    Nem queria acreditar
    Dois de o ter comentado
    O nome de Agostinho Citar
    E ela estava aqui públicado.
    II
    Abutre que tanto abunda
    O Agostinho acaba de o dizer
    Merecia ver enfiado na Bunda
    Um ferro em lume a arder.
    III
    A falta de inspiração
    Talvez efeito da Festa
    Talvez uma boa razão
    jugar fora o que naõ presta

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