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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ninguém vai acreditar!

Passei o dia a correr atrás do Manel Ferreira. Ninguém vai acreditar, mas mesmo assim vou tentar dar-vos uma ideia das voltas que dei em perseguição deste Cabo Fuzileiro que teima em escapar-se-me por entre os dedos. Mal estendo a mão para o agarrar, afasta-se mais uns quantos quilómetros. Parece um jogo das escondidas.
Ontem tinha falado com o Rafael que me deu 3 pistas. O dono de um café em Alcafache, um marujo que mora em Mangualde e outro que mora em Almada. Qualquer um deles, supostamente, saberia dizer-me por onde anda o nosso amigo Ferreira.
Ainda ontem, consegui falar com os dois da Beira Alta, sem resultados concretos, embora se tenham posto à minha disposição para me ajudar nas buscas. O de Almada não consegui contactar por estar ausente de casa.
Hoje de manhã, antes que me fugisse, agarrei-me ao telefone e, à segunda tentativa, apanhei-o. Atendeu-me da melhor maneira possível e deu-me uma pista que comecei a seguir de imediato. Segundo ele, há na Associação de Fuzileiros 3 pessoas que pertenceram à CF8, conhecem o Ferreira e me podem ajudar nas pesquisas, o sargento Egas Soares, o Pinto e um amigo deste que era da mesma aldeia do Manel Ferreira. Dei um pulo de contente, tinha encontrado a pista certa, finalmente.
Números de telefone não havia, de modo que contactei a Associação de Fuzileiros. Atendeu-me um gravador avisando que estão fechados para férias e só reabrem a 1 de Setembro. Mas fornecia um número para onde ligar em caso de urgência. Liguei, mas quem me atendeu não sabia nada de Pintos, nem coisa parecida.
Em desespero de causa, decidi contactar o Mário Manso que, por estar ligado à Associação há tanto tempo teria que saber quem era este Pinto e ter o seu contacto. Não me enganei, deu-me um número de telemóvel para o qual liguei de seguida. Fui dar ao Pinto errado. Não sabia nada da CF8 nem do Ferreira nem coisa parecida. Avisou-me logo que era um fuzileiro da nova geração, que nunca fez qualquer comissão e portanto não entendia a minha conversa.
Voltei para o Mário Manso reclamando do contacto que me tinha dado. Pediu desculpa e foi à procura do Pinto certo, que acabou por encontrar. Nova ligação, desta feita para o José Arnaldo Pinto, grumete fuzileiro da CF8 que me deu a identificação do seu amigo, José Carlos Azevedo, supostamente filho da terra do Ferreira. Disse-me que o Zé Carlos era da aldeia de Videmonte, na Guarda e deu-me um número de telemóvel para o contactar, dizendo-me que do Ferreira não sabia nada, nunca mais o viu desde que regressaram de Angola.
Fiquei de pé atrás, pois tinha quase a certeza que o Ferreira não era da Guarda, mas sim de Viseu. "Pas de probleme", tinha o número do Zé Carlos, era só ligar e ouvir as notícias da boca dele. Assim fiz e tive sorte, pois me atendeu ao primeiro toque. Mas a minha sorte terminou aí, porque do Ferreira também ele não sabia nada. Confirmou-me ser mentira que os dois fossem da mesma terra e, tal como o seu camarada Zé Pinto, nunca mais lhe pôs a vista em cima depois de levar baixa da Marinha. Disse-me, no entanto, estar convencido que o Manel Ferreira é de Nelas ou Mangualde, coisa que condiz com as informações até agora recolhidas.
E depois desta tremenda empreitada que me custou umas horas de trabalho e uns quantos euros de telefone, estou, de novo, no ponto de partida. E agora? Que fazer?
Voltei a ligar ao Rafael e contei-lhe todos os passos que dei e o desânimo que começava a invadir-me. Lá me foi consolando como pôde e, a título de despedida, disse-me que mora da Cova da Piedade um sargento escriturário, chamado Pereira, que deve conhecer e saber por onde anda o nosso tão procurado Ferreira. Só não sabe como encontrar este sargento, não tem um endereço nem um telefone para começar.
Vou ter que encontrar alguém que me ajude a localizar este Sargento Pereira. É a única pista que tenho e tenho que segui-la.

3 comentários:

  1. ENA PÁ!!!Isto é mesmo carolice, teimosia e amôr à camisola, olha se a PJ procurasse assim os corruptos deste pobre País, e os fizessem repôr os milhões desviados, dava logo para aumentar as precárias pensões em 200%!
    De qualquer modo estás a fazer um belícimo trabalho, tens mais um para perseguir, vai à caixa de correio, pode ser que à procura de um encontres meia dúzia, como o caso, FIGUEIRA da FOZ!

    Um grande abraço e boa sorte!

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  2. Certo dia,em Abril ou Maio de i966,
    entre as onze e as doze horas em Metangula, as coisas estiveram complicadas entre mim e esse Ferreira que procuras,isto porque esse ex fuzileiro era o homem que quando estava de cabo de dia gostava de abater o gado corcunda barbaramente com um barrote na fronte,em vez de lhe dar um tiro como era tradacional.Como não gostou da reprimenda de um grumete marreta,respondeu entre outras coisas que na sua terra Viseu que tambem o fazia daquela forma o que me levou a supõr que teria sido vaqueiro.Por isso tens raão,o Ferreira que procuras é de Viseu ou do seu concelho.
    um abraço

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  3. Nunca vi coisa assim
    Á procura dos camaradas
    Muita paciência sem fim
    Pelas saudades desejadas

    Se alguém não procurar
    Os convívios terminam
    É bom confraternizar
    Procuras não desanimam

    É um prazer encontar
    Quando se procura
    Não vale apena chorar
    Mesmo que seja amargura

    Não chorar digo eu
    De alegria se chora
    Chora-se por que morreu
    Nesta vida já não mora

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