A população mundial atingirá os 7 mil milhões neste ano. Quando os nossos netos forem adolescentes haverá mais mil milhões de seres humanos e quando chegarem ao auge da sua capacidade de trabalho haverá mais mil milhões – 9 mil milhões de pessoas a viver no Planeta dentro de 40 anos. Um acréscimo de 200 vezes a população portuguesa. Isto são dados estatísticos que normalmente não falham…
Não se perspectivam alterações significativas nas sociedades de consumo que, por todo o Mundo, pressionam a produção de energia a níveis assustadores. O desastre ambiental está à vista de todos, mas o ser humano não é capaz de ver mais que um dia de cada vez. Nas próximas décadas, uma parte do Mundo continuará, durante uns tempos, mergulhada e inundada de águas pluviais, enquanto noutros locais arderá em incêndios loucos e devoradores a que quase nada escapa e, simultaneamente acontecerá noutros sítios precisamente o contrário. É, pois, o Mundo que temos, que construímos ou que nós próprios danificamos com os nossos procedimentos erróneos do ambiente que conspurcamos.
Somos avós e são as nossas almas que ardem quando pensamos no Planeta que vamos deixar aos nossos netos. Queremos ser optimistas e acreditar que as próximas gerações serão mais inteligentes que a nossa e as que nos precederam. Queremos acreditar que a Ciência será capaz de ajudar a Natureza a defender-se da ambição do ser humano e a curar as suas grandes falhas.
Porque, quando o calor aperta e a temperatura sobe, vemos o país onde nascemos ou habitamos a arder de norte a sul, os governantes, os autarcas, os bombeiros, os populares a trocarem acusações – o ministro a deitar água na fervura – e nós sabemos, dado a experiência de anos anteriores, que nada ou pouco mudará.
E, abandonados, quase sós
Que os socorros não tardem;
Porque no fogo dentro de nós
São as nossas almas que ardem!
Tens toda a razão,amigo VERDE!
ResponderEliminarHá um Ministro que aparece a lamentar perdas humanas, a vêr o que antes era verde transformado em cinzas, com governantes assim nada mudará! Para o próximo ano faz-se mais uns empréstimosinhos para enfiar nos bolsos dos banqueiros e nas suas contas, certamente não vai ser para prevenir, ou castigar severamente os incendiários!
Até quando nós deixamos que isto aconteça?
Um abraço